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    O barulho era constante e, em pouco tempo, o cérebro se acostumava com ele passando a ignorá-lo até que, sem nenhum aviso o ventilador de teto, ligado na potência máxima, começava a ranger como se estivesse cansado de girar no mesmo lugar e tentasse se libertar para conhecer o mundo. A inconstância desse novo rangido chamava a atenção toda para si, religando o cérebro para a existência do ventilador até que, sem nenhum motivo aparente, o rangido sumisse e ele voltasse a ficar constante e o cérebro novamente se acostumasse. Mesmo com o irritante aparelho ligado, o calor do quarto era insuportável e Lourdes ficava imaginando se as queimaduras nas pernas, braços, barriga e rosto de Irene emitiam calor o suficiente para tornar aquele quarto tão desagradável. Não existia outra explicação, era bem provável que sim, e a mulher loura de olhos claros olhava para o rosto arruinado da amiga com tristeza.<

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