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    A mulher à porta estava com o rosto inchado, provavelmente de tanto chorar. Se os cabelos não fossem raspados, rentes à cabeça, provavelmente estariam desgrenhados. A senhora negra não era alta, era obesa, possuía grandes olhos castanhos, normalmente muito belos, mas agora devastados pelo sofrimento, trajava um vestido colorido que deixavam à mostra suas grandes panturrilhas maltratadas pelas varizes. Sua voz geralmente tão deliciosa de ser ouvida, devido o forte sotaque baiano, era puro desespero e terror:

    - Cibele, por favor, diga que Maicon passou a noite em sua casa! Eu TENHO que estar vivendo um pesadelo! Diga que ele está aí! Dêxe eu entrar!

   

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