Por dentro, o apartamento quase que vazio e escuro o assustou um pouco. Faziam tantos anos que não morava sozinho, que não se mudava, que a ideia de voltar aos tempos em que saiu de casa como um ratinho assustado pelo mundo lá fora o deixou extremamente melancólico.
As paredes estavam levemente descascadas, pintadas em um branco tão gélido e morto que o fizera se arrepender de não ter feito o básico antes de se mudar propriamente para lá. Mas o mais importante estava de pé: um colchão fofinho de uma cama de casal – onde dormiria sozinho -, alguns salgadinhos e doces para passar a noite, a internet que já estava instalada na maioria dos apês daquele bloco e... o banheiro funcionando. Ninguém precisava de mais do que aquilo por uma ou duas noites – o tempo em que levaria para que seus móveis co