Esse capítulo foi um sacoooooo escrever, não gosto do Ian, e vocês?
SAMANTHA VASCONSELOSUm mês se passou, e confesso que já dói muito menos.Estou encarnando um personagem que está muito longe da minha realidade. Fingir até que se torne verdade certo?Mas estou cansada de apenas fingir estar bem. Eu quero ficar bem.É cansativo pensar antes de falar, fingir sorrisos, levantar da cama e ir trabalhar. É tudo muito cansativo. Quando seu emocional não está alinhado, parece que nada funciona.Nunca mais permitirei que alguém tenha tal efeito sobre mim. E essa é uma promessa. Estou perdida dentro de mim mesma, e não sei como me reencontrar. Como me descobrir. E tenho me sentido muito imatura, sem saber que rumo tomar.Fui promovida à Diretora de Comunicações. Fico muito feliz. Ou o máximo que eu consigo em minhas circunstâncias atuais.Me sinto patética, mas acolho todos os meus sentimentos, não é porque não quero sentir que o sentimento vai passar. Sentir é bom. Significa que estamos vivos.Após receber todas as instruções e felicitações de Louis, ligo pa
SAMANTHA VASCONSELOSVou para casa e fico de molho até dar a hora de sair.Assim que coloco os pés na boate, percebo que Dom está aqui, meus olhos foram magneticamente atraídos para ele, que também me vê ali. levanta as sobrancelhas e faz aquela cara de babaca usual, quase posso ouvir ele falando: “sempre estive certo”, respiro fundo e sigo Luna até a mesa dos amigos dela, que é do lado da dele.Laura vai imediatamente cumprimentá-lo, e por incrível que pareça, suas feições abandonam aquela expressão de rei do mundo. E assumem um olhar quase fraternal.Interessante.Laura grita e acena para que eu vá até eles, eu balanço a cabeça freneticamente dizendo não.Mas ele olha em minha direção, ensaio meu melhor sorriso, e lá vou eu.Chego perto e ela grita:— Vocês já se conhecem né?Faço que sim, e Dom, por Deus, se inclina e me dá um beijo na bochecha. Sinto uma onda de eletricidade percorrer meu corpo.Ele cheira maravilhosamente bem.— Oi – diz.Permaneço em choque, e ele dá um sorrisin
SAMANTHA VASCONSELOSDormimos o dia todo, Luna chega para nos fazer companhia à noite, nos arrumamos e saímos para jantar em um restaurante que Laura escolheu. Dormimos todas na sala, feito adolescentes, e passamos o domingo sem fazer nada.Nesse tempo que Laura está passando aqui, vejo Dom com frequência. Com tanta que acabo me acostumando com ele, e o pior: adoro essa versão dele.Percebo que o estou encarando quando ele me chama, meio apreensivo.— Samantha?— Hm?— Semana que vem é a festa de abertura da minha nova loja aqui na cidade. Se quiser vir, está convidada.Não sei o que responder e absolutamente não esperava por isso.— Hmmm, Dom Fraser me chamando para uma festa? — provoco. — Eu não perderia por nada.Ele toma um gole de sua bebida e abre um sorrisinho debochado, e definitivamente, surpreso.— Ótimo — diz ele. — Vou colocar seu nome na lista.Ele pega as chaves no balcão.— Vou embora. Tchau, meninas.Ele deposita um beijo na bochecha de Laura antes de sair.Ao longo da
SAMANTHA VASCONSELOS Eu não sei se deveria retribuir. Em teoria não. Mas só em teoria porque assim que a boca dele encosta na minha, o que sinto é fome. E urgência. Ele se afasta o suficiente para dizer: — Isso não muda nada. — Nadinha – respondo. Ele me levanta e me coloca entre suas pernas, de frente para ele. Segura meu cabelo com força, enquanto me puxa em sua direção. Agarro sua camisa. Seu corpo está quente em minhas mãos frias. Eu não queria fazer comparações, mas acho que é impossível. Enquanto beijar Ian é reverente, certo e leve. Mas Dom é fogo, e está me consumindo por inteiro. Ele segura meu rosto e me beija com ferocidade, e então desce pelo meu pescoço, me fazendo amolecer totalmente. Se eu achava que as coisas eram intensas com Ian, foi porque eu não conhecia Dom Fraser: ou melhor, não havia sido beijada por ele. Entendo agora por que vive rodeado de mulheres. Além da beleza, esse ar misterioso e a pose de bad boy, Dom sabe exatamente o que fazer para
ISSO MUDA TUDOSAMANTHA VASCONCELOSSubimos na moto e voltamos para a cidade.Enquanto viajamos, me sinto estranha e a maneira como as coisas aconteceram também. Ele pareceu tão urgente, quase um adolescente, nem tirou nossas roupas direito.Com certeza fui só mais uma das conquistas de Dom Fraser, mas não vou me arrepender, já que foi muito bom pra mim. Mas o nó na garganta e vontade de chorar por me sentir usada não passam.Acho que todos querem se sentir especial.Ele para em um restaurante para comermos e ao contrário do que imaginei, comemos tranquilamente, sem muita conversa, mas ele é muito tranquilo.Fazemos a viagem de volta e vou agarrada nele, sem pensar muito. Dom para a moto em frente ao meu prédio, a desce para me ajudar, ele guarda meu capacete e tira uma mecha de cabelo do meu rosto.— Nos vemos a noite – dá um beijo na minha bochecha.Ele sobe na moto, espera eu entrar e vai embora.Subo e me jogo na cama. Horas depois sou acordada por uma Laura louquíssima.— Por que
IAN MCDOUGALLConforme ela falando, percebi como foram os acontecimentos em sua perspectiva.Tudo dói, ficar longe dela dói. Olhá-la agora, linda nesse vestido e não poder tocá-la, dói. Estar ao seu lado e não ser o seu homem, dói.Eu abri nossa vida para Rose, mesmo sabendo de suas intenções, e ela acabou sendo minha melhor amiga nesses últimos dias. Dói precisar dela para superar Samantha, não parece justo.Mas além disso tudo, o que mais dói, é saber que ela encontrou refúgio nos braços de outro homem. E porra, tinha que ser o Dom. Como? Quando?Olho para Sam, sem palavras e me sentindo errado de muitas maneiras. Seus olhos estão cheios de lágrimas, que ela bravamente contém.Vejo uma única lágrima escorrer por seu rosto, tão pequeno e delicado. Mostrando sua vulnerabilidade, e a dor que causei a ela diante de minhas escolhas imaturas e egoístas.E paraliso. Eu não sei o que fazer ou dizer para ela.Olho para o lado só para a ver correr em direção ao Dom, eu queria gritar para ela
SAMANTHA VASCONSELOS— Você acredita em mim se eu disser que estava com saudade? – ele pergunta, muito perto do meu rosto.— Essas palavras nem combinam com a sua personalidade – respondo.Ele solta uma risada muito gostosa, e o acompanho porque, por um momento, sinto que somos só os dois de novo.Ele me solta, ajusta o terno e sussurra em meu ouvido:— Mas é verdade – ele olha para as minhas amigas. — Com licença, meninas.Meu sorriso imenso é substituído pelo frio na barriga quando encontro o olhar de Ian sobre mim. Me viro para o outro lado e sinto um peso no meu estômago. É sério, parece que eu vou vomitar.L e L percebem isso com certeza, porque se levantam de forma sincronizada e dizem ao mesmo tempo:— Banheiro.Assim que entramos, Laura diz:— Você tem que se acalmar! Ele não pode ver que te afeta assim, parece que você levou um soco!— E o Dom? Meu Deu, Sam! Ele está muito na sua – fala Luna.— Meu Deus, eu estou tão ferrada.— Sem essa, eu quero te ver bem, óbvio que quero
DEDICATÓRIA:Para todas as garotas que tiveram uma grande paixão, mas que jamais permitiram que o sentimento pelo outro fosse maior que o amor que sente por si mesma. Continue perseguindo seus sonhos! Existe um Dom esperando por vocês em algum lugar. ***CAPÍTULO 1SAMANTHA VASCONSELOSHoje é domingo e pra variar, acordei cedo, decidi sair para correr, uma coisa que sempre gostei de fazer, ajuda a reorganizar os pensamentos e me sinto livre. A sensação do vento batendo no rosto, meu corpo em movimento, queimando toda e qualquer caloria – e ansiedade presente em meu corpo, ouvindo música super alta, é tudo pra mim.Quando estou nesses momentos – descabelada e suada, e claro, focada em não morrer por falta de ar, costumo ficar alheia a todos que passam por mim, estou estragada demais para sequer pensar em cumprimentar alguém conhecido, mas não pude deixar de reparar, embora tarde demais, no homem giga