- Alô. – Atendo o celular ainda dormindo.
- Feliz aniversário, filhinha. Tudo de maravilhoso na sua vida. – É a voz da minha mãe do outro lado da linha.
- Desculpa mãe. Acabei de acordar. O que falou mesmo? – Sento na cama e me estico um pouco sentindo meus olhos inchados pela sessão de choro.
- Você esqueceu seu aniversário de novo, para variar. Quatro de novembro, o dia que nasceu, Annalucia. – Ela solta
um suspiro desanimado. – Acorde as crianças, vamos tomar café juntos.
- As crianças estão na casa da Mônica e eu não estou para comemorações. Desculpe mãe. – Falo com a voz embargada. Sei que vou começar a chorar novamente.
- O que aconteceu? – Ela pergunta direta.
- Samuel e eu nos separamos, mãe. Ele foi embora de casa. – As lágrimas descem livremen