Sonhos e Pesadelos

“Eu não digo uma palavra

Mas ainda assim, você tira o meu fôlego e rouba as coisas que eu sei”

— Beatriz! — Me chama fazendo eu abrir os olhos, e dar um pulo da cama. Era tudo um sonho? 

— E-eu já vou! — Anuncio me enrolando no lençol, a meu Deus que vergonha. Estou toda suada, descabelada e com a respiração ofegante. O que ele vai pensar? E se ele tiver ouvido eu gemer o nome dele!? — O-oi, precisa do que? — Pergunto quando abro a porta, ele está com um sorriso amplo enquanto morde o lábio inferior... É agora que eu saío correndo?

— Já são quase 23h, não vai mesmo querer sair? — Questiona descendo os olhos em meu corpo, aperto mais o lençol e olho para o chão. Não consigo evitar a coloração vermelha em meu rosto, mostrando o quanto estou envergonhada.

— Só me dá meia hora. — Peço rápido fechando a porta sem ouvir sua resposta. Me escoro na porta e suspiro fundo, frustrada e feliz. Não sei direito. Estou feliz por não ter transado o meu tio, mas frustrada pelo mesmo motivo. Não consigo dizer o quanto eu estou me odiando nesse momento.

Vou até o meu closet e pego uma calça jeans rasgada nas coxas em tom de azul claro, uma blusa branca e curta, um casaco preto na cintura e faço uma maquiagem leve. 

Saío do quarto e já dou de cara com Noah, ele me observa e desvia os olhos para o celular. Fingindo não estar olhando, ou isso é coisa da minha cabeça e ele só olhou por olhar... Estou ficando louca.

— Vamos onde? — Pergunto descendo as escadas logo atrás dele.

— Não sei, Gosta de ir aonde? Parque, restaurante ou cinema? — Pergunta e eu encaro o chão por alguns segundos, tentando me decidir entre esses três. Gosto de cinema, mas é mais para coisa de casal. E eu não quero ficar horas sentada ao lado dele, me sentindo constrangida. — Quer saber!? Vamos no parque e depois no restaurante, pode ser? — Questiona com um sorriso, faço que sim e caminho ao seu lado até a saída da casa. Pareço um robô, não consigo nem falar direito na sua presença.

Assim que chegamos perto já conseguíamos ver as luzes coloridas. Montanha russa, roda gigante e vários outros brinquedos que me davam medo. Sim, eu tenho medo de altura, medo de cair lá de cima. 

— Vamos em qual primeiro? — Pergunta Noah voltando com as pulseiras. Ele me encara e eu fico parada, quase que em choque. — Beatriz, o braço. — Murmura me fazendo esticar o braço. Meu Deus! Estou dando uma de idiota na frente dele. Preciso voltar aos eixos.

— Obrigada. — Digo vendo ele colocar a pulseira no meu pulso, o contato da sua pele com a minha me faz arrepiar.  — Eu tenho medo de altura... — Confesso, ele franzi a sobrancelha e me olha com um sorriso divertido.

— Vem ao parque de diversões e tem medo de altura? — Debocha me fazendo encolher e concordar. — Garota, pensei que você fosse diferente, mas me surpreendeu. — Fala me fazendo arquear as sobrancelhas, seu tom de voz saiu com um pouco de malícia, ou foi impressão minha?

— Como assim? Não entendi. — Resmungo me colocando a andar ao seu lado, em direção a algum brinquedo daquele parque imenso.

— Já sabe do que eu estou falando, não precisa fingir. — Sussurra em meu ouvido me puxando para a montanha russa. Fico tão confusa que nem percebo entrar no brinquedo em que morro de medo. Fingir? Ele está falando do sonho? Ah não me diga que eu "falei" o nome dele....

— Eu não sei do que você está falando. — Minto, mordo o lábio inferior sentindo seu olhar em mim. 

Meu coração parece querer saltar pela boca, não sei se é por estar no brinquedo, estar ao lado de Noah ou ter tido um sonho erótico com ele... O qual ele já sabe, ou pior. Ele deve achar que eu me toquei pensando nele... Meu Deus! Isso só piora.

— Tem certeza que não sabe? Não é muito comum ficar gemendo o nome do tio, e depois ficar toda descabelada e suada... — Seu tom de voz me faz arrepiar, ele sabe. E não parece irritado, pelo contrário. Está se divertindo com a situação, com a coloração vermelha das minhas bochechas. Estou morta de vergonha e não consigo olhar para ele agora.

Meu grito abafa meus pensamentos turbulentos, eu disse que odeio montanhas russas!! O pavor toma conta de mim, meu peito sobe e desce sem ritmo. Sinto minhas pernas tremendo igual minhas mãos, as gargalhadas de Noah me fazem ficar mais irritada ainda.

Ele entrelaça seus dedos aos meus e me faz o encará-lo, me dá uma piscadela com um sorriso de lado. Fecho meus olhos com força, já sentindo um pouco o pavor passar. Paro de gritar e tento colocar meus pensamentos no lugar, meu estômago com certeza já está todo revirado.

— Foi legal, não foi? — Pergunta assim que descemos, seu sarcasmo me faz revirar os olhos. Estou quase morrendo aqui, e ele vem perguntar se foi legal.

— Não foi legal! Foi horrível! — Digo ficando em sua frente, tentando voltar ao normal. Mas minha respiração ainda está ofegante e meu coração acelerado. 

— Pelo menos você parou de gritar que nem uma doida. — Brinca me fazendo sorrir, só parei porque ele segurou na minha mão... Mas Noah não precisa saber disso.

O vejo se aproximar e continuo no mesmo lugar, com meu coração acelerando novamente. Olho em seus olhos sentindo seus lábios perto dos meus,seu hálito roçando na minha boca é o que me faz ficar com mais vontade de beijá-lo... E ele sabe disso.

Oiie meus amores, tudo bem com vocês?💖

Gostaram do capítulo?💖

Noah mostrando que não é tão fofo quanto parece kkkkk auge.💖

Beatriz tendo sonho erótico e parecendo uma estátua é tudo pra mim kkkkkkkkkkkk💖💖

Esses dois... Aí Deus que pecado.😈Desculpas, mas eu Shippo kkkkk.💖

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