CAPÍTULO 02

[KILLIAN WHITE]

Depois de procastinar na cama, tomei um banho demorado e me arrumei para começar o dia.

Então desci para tomar o café da manhã. Coisa que quase nunca faço. Mas hoje com toda certeza, precisarei de um pouco de cafeína.

Suspirei quando cheguei a mesa e vi apenas mamãe e Ethan tomando o café da manhã.

Então meu pai já estaria na empresa nos esperando. Que ótimo.

— Bom dia, filho. — minha mãe cumprimenta.

— Bom dia, mãe. — sentando na mesa e me servindo de um café forte, respondo.

— Noite difícil, Ethan? — pergunto ao meu irmão, Ethan, ao notar ele com uma grande garrafa de água em mãos.

— Depois da cagada de ontem, acho que eu precisava de umas e outras.

— Olha a boca, Ethan!

Aperto a xícara em minhas mãos ao pensar que ainda terei que enfrentar o meu pai por causa da última missão.

Porra! Eu estava fodido.

— O pai de vocês não estava nem um pouco contente, quando saiu hoje pela manhã — minha mãe diz. E pelo tom, acho que estou mais do que fodido. — Tentei convencê-lo de que você agiu certo, Kill, mas não adiantou.

— Nem em um milhão de anos eu vou me arrepender de ter feito o que eu fiz.

Levo a xícara a boca e tomo um longo gole do café.

— Eu sei. E você agiu certo, filho. — ela deposita uma mão em cima da minha. — Você é um homem bom, tenho orgulho disso.

Sorrio para ele em agradecimento.

— Nossa, isso está me dando mais dor de cabeça ainda. — Ethan diz, revirando os olhos.

Olivia tira as mãos das minhas e sorri para Ethan.

— Ah, está com ciúmes, meu amor? Você também é um homem bom. Não precisa ficar assim.

— Eu? —pergunta.

E eu rio, pois pela cara dele, já sei que vai dizer algo para sacanea-lá.

— Ah, mamãe, acho que você não diria isso se soubesse o que eu fiz com aquelas pobres garotas ontem...

— ETHAN! — ela o repreende. Totalmente chocada. Ou inojada. Não sei. — Arrrg! Não precisava dessa visão no café da manhã.

Ela balança a cabeça. E toma do seu café, antes de dizer:

— Você deveria se casar e me dar netinhos. Na verdade, vocês dois me decepcionam nesse quesito.

Rimos. Já acostumados com nossa mãe pedindo para que tenhamos muitos filhos. Sendo que nenhum de nós dois ao menos somos casados. E nem temos a pretensão em nos amarrarmos a alguém.

— Deus me livre! Nem por um decreto!

— Ainda bem que nasci no tempo antigo. Deus me livre desses homens de hoje em dia, que só pensam com a cabeça de baixo.

Ela revira os olhos, frustrada. Nos fazendo rir novamente.

— Você deveria ter feito uma filha, quem sabe ela não se casaria logo e te daria netos. —digo.

— Vocês dois já me dão preocupações de mais. Se tivesse mais uma filha para me preocupar, teria que viver a base de remédios.

Nós três rimos. E por um momento esqueço a tensão que estava minutos antes. O que não dura muito, já que Olivia diz:

— Agora andem, vocês tem uma reunião com o pai de vocês.

O clima de repente fica tenso novamente.

— E se eu disser que estou doente? Talvez...

Eu o corto.

— Com essa cara de que bebeu todas noite passada? Você acha mesmo que conseguiria enganá-lo? —rio.

— Vocês não estão indo para a forca, meninos. É apenas o pai de vocês. Não se preocupam atoa.

— Fala isso porque com a senhora ele é só sorrisos. Agora veja como ele fala com a gente no serviço. —Ethan diz.

Nosso pai é o homem mais rigoroso que existe quando o assunto é trabalho. Pois ele construiu e alavancou a White Security do zero, sem ajuda, sem dinheiro. Apenas com o esforço e inteligência.

Então ele não admite erros. Mesmo que seja erros de seus filhos. Na verdade ele disse uma vez: "Vocês mais do que todos, devem dar o bom exemplo. Então façam as coisas direito."

Desde que entramos na adolescência estamos juntos com ele, aprendemos tudo o que poderíamos aprender. E isso nos deu o título de elites.

Somos considerados os melhores guardas-costas de todo país. Só gente importante, bilionários e elite, nos contratam. Temos o luxo de escolher com quem trabalhar. E nenhuma missão é impossível para nossa empresa.

De repente, um celular toca.

Minha mãe olha no visor e diz:

— Seu pai está ligando.

Ela pega o telefone e me entrega. Já sabendo que com toda certeza, é para saber o porque não chegamos a empresa ainda.

Então pego o celular.

— Pai?

— Já viu que horas são? —ele diz, nervoso. — Por que você e seu irmão ainda não estão na empresa?

— Chegaremos aí em alguns minutos.

— Seja rápido. Precisamos conversar. —ele suspira. — E além do mais, estou aguardando suas desculpas, e já adianto que elas devem ser convincentes.

E desligou... Oque significava que eu não iria gostar nada da nossa conversa.

Meu pai raramente perde o controle quando se trata dos filhos, mesmo sendo rigoroso. E eu tenho um orgulho imenso em relação a ele.

Walter White, ou Sr. Withe, como é chamado pelos funcionários, sempre foi um homem bom, centrado e disponível. É um diplomático nato, e sempre tenta atender aos interesses dos seus clientes de forma profissional, eficiente e prática.

Cresci observando cada um dos seus passos e admirando o homem que chamo de pai. E manter o orgulho que ele tem de nós, é importante para mim.

E precisava esclarecer as coisas.

— Melhor irmos logo.

Meu irmão diz, já levantando da cadeira enquanto pega a chave do carro. E eu também levanto, indo até o chaveiro pegar a chave da minha moto.

— Boa sorte, meninos. —mamãe diz.

— Vamos precisar. —respondo dando um beijo em sua testa.

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Estaciono a moto em frente a empresa e sigo para a sala do meu pai.

— Bom dia, senhor.

Felicia, a secretaria do meu pai me cumprimenta.

— Bom dia, Felicia. —respondo.

— Seu pai está esperando por vocês.

Ela olha para o meu irmão, que se aproxima.

— Bom dia, senhor...

— Sem essa de senhor, querida! —ele chega ao lado de Felicia e deposita um beijo em sua bochecha.

— Certo. Então, bom dia para você, Ethan.

— Espero que seja mesmo um bom dia.

Eu também espero.

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