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Merda. Mil vezes.

Pisco e resolvo que é melhor conter a língua do que tentar dar qualquer explicação sem sentido e mentirosa. Noah está na porta da minha casa me encarando como se eu tivesse sofrido um acidente, ou algo do tipo. Afinal, posso sentir uma solitária gota de sangue escorrer pelo pescoço e se encaixar no espaço da clavícula.

— O que faz aqui? – Pergunto franzindo as sobrancelhas sem direito algum de tal gesto. Não sou eu quem deve questionar. Ele me percorre de novo com os olhos profundos e sérios e os fixa em meu roto. Dessa vez, Noah finge pisca como eu e repuxa o canto da boca revelando as covinhas fofas.

— Você recebeu o cartão, certo? Eu disse oito horas. – O loiro responde e tenta espiar além de mim pela fresta que mantenho aberta, para dentro da minha sala bagunçada numa recente cena de luta. Me coloco a sua frente de modo a impedir seu campo de visão do interior da casa e forço um sorrio.

— Sim. A propósito, você não preci

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