Capítulo 152
Quando o coração é dividido entre o amor e a obrigação, a dor se torna inevitável.
O sábado amanheceu tranquilo, mas o coração de Julian estava inquieto.
Ele estacionou o carro em frente à casa de Ariadne e olhou para o relógio. 10h da manhã.
Com suas chaves entrou e estranhou o silêncio.
Subiu os degraus apressadamente, ansioso para vê-la.
— Vida! — chamou, batendo levemente na porta.
Nenhuma resposta.
Ele franziu a testa.
Girou a maçaneta e entrou. O quarto estava escuro, apenas uma fresta de luz entrava pela cortina mal fechada.
Ao se aproximar da cama, um sorriso brincalhão surgiu em seus lábios.
— Ainda na cama, amor?
Esperava que ela resmungasse algo ou puxasse os lençóis de forma preguiçosa, mas o que encontrou o fez perder o sorriso na mesma hora.
Ariadne estava completamente encolhida, coberta até a cabeça.
— Vida... — ele se abaixou ao lado da cama e puxou o lençol devagar.
Ela não resistiu.
Quando finalmente conseguiu ver o rosto dela, o peito dele se apertou.