Algures no caderno:
Oi, você sabia que no mundo, apesar de morrer muita gente em acidentes nas estradas e nos incêndios, outros pela seca que assola uma boa parte do mundo, outros pelas doenças que a cada dia que passa parecem mais perigosas, o suicídio está entre as primeiras principais causas de morte no mundo? As estatísticas indicam que a cada 40 segundos, uma pessoa no mundo se suicida. Loucura, não é?
Gostaria de poder dizer que esta é uma história com um final feliz, mas não é, e não é sobre heróis, sobre fantasias, aventuras excitantes ou romance.
Eu sou Helena, e esta, é a minha história de Suicídio…
Eu não vivi com os meus pais, bem, não com os meus pais biológicos, fui adoptada por um senhor, Afonso é o seu nome, e quando eu tinha cinco anos, ele e sua mulher Mariana, que tinham se separado, voltaram a se entender e passamos a morar juntos, com os três filhos que eles já tinham.
Descobri que sou adoptada aos meus seis anos de idade, e cresci lidando bem com isso, parecia um detalhe pouco importante, porque eu tinha a quem chamar de mãe, pai, ou irmãos. Eu não tinha uma vida perfeita, mas acho que essa era a melhor vida que alguém adoptado poderia ter.
Acontece que, quanto mais o tempo passava, quanto mais eu crescia, menos normal eu era, deixei de ser uma adolescente comum, mas esse, foi apenas o começo, o começo de um fim sem volta.