Sofia ficou em silêncio, contrariada.
O prestígio da Dona Almeida e o dinheiro de Nicanor seriam dela, mais cedo ou mais tarde. A pressa é inimiga da perfeição, por isso, desta vez, ela decidiu engolir sua impaciência.
Nicanor já fazia algum tempo que não voltava para casa durante o dia. Ao entrar na familiar mansão, sentiu uma estranha mistura de familiaridade e novidade.
Dizem que a saudade apimenta as relações, e talvez fosse por isso.
— Serena, cheguei. — Chamou ele, atravessando o jardim com passos leves e entrando na sala de estar.
As plantas no jardim estavam bem cuidadas, e a decoração interna continuava impecável, revelando o bom gosto e a dignidade dos donos da casa. Tudo isso era graças a Serena.
Nicanor queria abraçá-la e dizer — Muito obrigado, querida. — mas, ao olhar em volta, não viu nenhum sinal dela. Ele então se dirigiu à empregada que estava trabalhando, — A senhora saiu?
Normalmente, àquela hora, Serena estaria em casa.
As empregadas se entreolharam, sem saber ao