Demorou muito tempo a acalmar-se. Para o conseguir, mordeu as costas da mão até esta sangrar. Quando se levantou e voltou para o quarto, Alejandro já tinha terminado o duche e estava sentado à janela, a fumar. A expressão sombria do seu rosto não era muito evidente sob a luz quente. De facto, esta suavizava-lhe o rosto. Ela ganhou coragem e pegou na carta de divórcio. "Escrevi-a ontem à noite em casa. Já o disse antes, só quero o bebé. Por favor, peço-te, assina isto".
Alejandro virou-se para o lado e olhou para o acordo que ela tinha na mão. O seu olhar percorreu o braço dela. Ficou chocado quando viu a mão ensanguentada dela. "Não sou eu que te estou a enlouquecer, tu é que te estás a enlouquecer a ti próprio. Larga o papel e faz um penso na ferida. Preciso de algum tempo para pensar".
Ela soltou um suspiro de alívio quando ele não explodiu. Colocou o papel num local mais próximo dele. Depois, pegou no estojo de primeiros socorros e sentou-se na cama, limpando e ligando a ferida. E