FLORA Chega a hora de sair do trabalho e assim que me disperso das meninas, vejo o Christian me esperando.- Oi - ele diz assim que me aproximo.- Oi, aconteceu alguma coisa dessa vez?- Quero te fazer um convite.- Você vai fingir que nada aconteceu é isso mesmo? - Desculpa por ontem.- Você deveria pedir desculpas a você mesmo, olha a situação que você estava ontem Christian ... quem fez isso com o seu rosto?- Você vai querer ir comigo? - Você acha que eu sou o que? Christian... sério eu não consigo entender.- Você quer terminar?- Você prefere terminar do que me falar o que está acontecendo? sinceramente... - falo e saio da frente dele.- Não perai - ele vem atrás de mim e segura meu braço - eu briguei.- Isso é meio óbvio, olha sua cara.- Vamos la pra casa e a gente conversa.- Vou mandar menssagem pra minha mãe.◇◇◇Ficamos o caminho todo em silêncio até chegar na sua casa.- Pronto pode ficar a vontade pra falar.- Quer beber alguma coisa?- Não Christian, so fala.- Como

Flora Chegamos na casa dele e ele não diz nada so vai na direção do banheiro, ouço o barulho do chuveiro e quando desliga eu levanto e vou ate a porta.- Quando as coisas ao nosso redor vai deixar de ser uma mentira?- falo me aproximando da porta do banheiro que esta aberta.- A gente não vai brigar por um cigarro né? - diz enxugando o rosto e saindo do banheiro - Não - pego a carta que vi hoje mais cedo e entrego a ele, que quando ver do que se trata me olha assustado - Onde você achou isso?- Mais cedo, trouxeram ai na porta - Não mexe nas minhas coisas - fala indo pro quarto e começa a trocar de roupa- Eu sei o que isso significa - ele para de se vestir e vem na minha direção.- O que você sabe disso?- Eu sei de onde é, um dos meninos la da comunidade morreu e desenharam esse símbolo no peito dele, o que você tem a ver com essas pessoas? na nossa primeira conversa eu te perguntei se você era traficante e você falou que não era, eu não sei bem quem são essas pessoas, mas sei q

CHRISTIAN Assim que vejo ela indo embora e sabendo que ela nunca mais vai voltar, meu coração doi, eu sinto como se alguém tivesse massacrado meu peito, fico cego e desconto toda minha raiva nas coisas, pego tudo que vejo pela frente e saio quebrando.... como eu odeio a minha vida, odeio o que ela fez eu me tornar, pego meu capacete e minha chave e vou fazer a única coisa que eu consigo fazer bem feito na vida....Chego no lugar marcado no papel e o lugar esta bem barulhento, sinal que esta tendo uma festa.Subo as escadas e bato na porta.- Você quem é? - ele pergunta.- Papai Noel e com um presente pra você - ele me olha sem entender nada, tiro minha arma e dou um tiro na testa dele que cai logo em seguida, e alguém ver e grita, voz de mulher... quando eu vejo que a casa esta com no mínimo quatorze pessoas, e no papel so tem sete nomes, eles fizeram de proposito, eu não consigo raciocinar, so me vem a imagem da Flora com medo de mim e ela indo embora pra nunca mais voltar, so ecoa

Continuação…- Não mãe, você não é... sou eu que não sei fazer nada direito - nesse momento o Timtim começa a me cheirar e pular em cima de mim.- Você sempre faz tudo direito, eu que estou sendo uma péssima mãe, depois que seu irmão foi...- NÃO FALA DELE - ela se assusta com a minha reação - não fala dele agora, eu tô aqui mãe, eu que estou aqui no seu colo, eu que estou aqui com você, eu que estou lutando pela gente, eu que estou precisando de você mãe... eu.Ela não diz nada e começa a fazer carinho no meu cabelo, e passa um filme na minha cabeça, todas as coisas que já vivi, todas as coisas que eu já passei e sentir, todas as coisas que eu deixei de viver, todas as vidas que eu já tirei... todas as noites que ouvi minha mãe chorar e se lamentar , e ver ele ali na minha frente, respirando, falando, é como se um sonho tivesse se tornado realidade e ao mesmo tempo um pesadelo que só acabou de começar.Há doze anos atrás eu vi uma arma pela primeira vez na vida e ela estava apontada

CHRISTIAN Duas semanas se passaram, mas parece que foi ontem... eu olho pra frente e enxergo a Flora sentada na minha direção, os nossos olhares se encontram e ela desvia, e desvio também.Eu sei que ela não está bem, o olhar dela entrega isso, mas eu não quero incomodar ela, eu sei que com certeza eu toquei em algo sensível pessoal dela, e errei em não ter falado pra ela, mas ao mesmo tempo eu sei que se eu estivesse falado a gente não teria vivido tudo isso, chega até ser egoísta da minha parte privar ela disso. Mas eu não me orgulho do que eu faço, eu queria ter o direito de viver um amor igual qualquer outra pessoa, sem ter que me esconder, a minha realidade não é a que eu quero viver pra sempre. Eu vou fazer de tudo pra sair disso, mas jamais vou obrigar ela a passar por isso do meu lado, não é obrigação dela.Os valores dela não condiz com a realidade que é a minha vida... na verdade nem os meus, mas nem sei se tenho valores ainda... eu amo ela, e sei que vou amar por muito tem