Capítulo 42: Lorena...Apreensiva com esse almoço, fui o caminho todo em silêncio.Com o olhar fixo do lado de fora da janela, sinto a mão quente de Zayan pousando sobre a minha mão e imediatamente o olhei.— Não se preocupe, vai ficar tudo bem!— Não sei não! A sua mãe nunca vai aceitar...O seu olhar escureceu.— Ela não é a minha mãe! — exclamou tirando a sua mão da minha coxa e segurou firmemente o volante, com o maxilar cerrado.Não compreendo, o motivo para Zayan ficar tão bravo. Confesso que isso me deixa ainda mais tensa com esse almoço.Ele deu um longo suspiro, parou o carro no estacionamento e olhou fixamente para mim— Me perdoa amor! Fui muito rude! Já chega de segredos entre nós! Hoje vou te contar os meus motivos para não considerar aquela mulher, minha mãe e o meu passado obscuro!— Está me assustando!— Eu não quero te perder, Lorena, promete que independentemente do que eu te contar, não vai me abandonar!— Zayan...— Promete?— Eu prometo!Não tem como não prometer,

Capítulo 44: Lorena...Esforcei-me para ser o mais natural possível diante da presença arrogante de Dapnhe.Disfarçava com uma troca de roupas nas mãos.— Isabella sujou a roupa de sorvete!Passei por ela e fui até a garotinha.— Mamãe, estou com sono!Quando essas palavras saíram de sua boca, a mulher pareceu encarnar.— O que disse Isabella? — indagou.— Lorena agora é a minha mamãe!— Nunca mais diga um absurdo desses, entendeu? Essa mosca morta nunca será a sua mãe, não passa de uma empregadinha e...— Senhora! Ela é apenas uma criança, seja mais compreensiva!Um nó formou-se em minha garganta.— Pra você é muito conveniente, não é? Quer se aproveitar disso para conquistar o meu filho, não duvido nada que tenha mandado elas te chamar assim!— Não briga, vovó!Troquei Isabella rapidamente e a mulher saiu segurando a menina pela mão, mesmo dizendo que queria ir comigo.Fui até o closet, peguei o diário e escondi atrás no cós do meu short.Não imaginei que esse relacionamento causar

Capítulo 46: Lorena...O quarto, que antes era refúgio, agora parecia uma jaula. As paredes, parecem se fechar sobre mim, cada centímetro ecoando a turbulência que toma conta da minha mente. A cabeça fervilha, uma tempestade de pensamentos que se chocam uns contra os outros, sem trégua. Cada lembrança, cada palavra dita, cada olhar trocado com Zayan, agora parecia tingido por uma nova e dolorosa perspectiva.O coração, ah, o coração... ele não apenas chora, ele se rasga em pedaços. A dor dessa descoberta é lancinante, um corte profundo que deixa um vazio onde antes residia a confiança. Como é possível que o homem que eu confiei entregar o meu coração, aquele em quem depositei toda a minha fé e esperança, tivesse escondido algo tão grave? A mentira sobre a mãe de suas filhas estar morta foi um golpe duro, mas a revelação de que ele teve um caso com a própria madrasta... essa era uma traição que desmoronava os alicerces de tudo o que eu acreditava.A mente, está em uma busca incessante

Capítulo 48: Gisa Silva...A luz do entardecer reflete nos vidros da entrada do hospital. Os carros passam apressados e eu desço do ônibus com uma pequena bolsa simples, cabelos presos olhar atento.Todo o hospital tem o mesmo cheiro antiséptico medo... e promessas. Algumas compridas, outras não. Nunca gostei de lugares assim, mas hoje eu tinha que vir.Não sou do tipo que visita, que demonstra, que chora em público, mas ele está aqui. O homem por quem meu coração insiste em bater mais forte, mesmo quando eu ordeno o contrário.Meu nome é Gisa Silva, 42 anos e 1, 67 de altura.Não costumo contar muito de mim para ninguém; aprendi cedo que abrir o peito é o mesmo que oferecer um alvo ao inimigo.Finjo ser uma pessoa fria e distante. Uso óculos grossos, roupas discretas, nada que chame atenção e o meu cabelo vive preso. Por trás disso, tem alguém que quase ninguém conhece. Apenas minha irmã conheceu, minha única ligação com que fui um dia. O resto eu enterrei lá atrás, aos 16 anos quand

Capítulo 50: Zayan...Eu mereço cada segundo dessa dor que corrói o meu peito dia após dia.Passei os últimos dias trancado em um quarto de hotel, sozinho. Com as cortinas fechadas, o ar-condicionado pingando no silêncio, e eu deitado, encarando o teto como se ele tivesse alguma resposta para essa dor. No entanto, ele nunca responde...A única coisa que ouço é a minha própria respiração e a lembrança dela indo embora. A mulher que transformou a minha casa num lar, que deu às minhas filhas algo que eu não conseguiria sozinho; colo, doçura, amor e felicidade. E que agora está longe, por minha culpa!A verdade veio como uma maldição. Um caso com Daphne, um erro estúpido, um momento do passado que eu tentei enterrar, esquecer e fingir que nunca existiu. Porém, ela descobriu e da pior maneira possível. Foi como assistir um lindo castelo desmoronar pedra por pedra diante dos meus olhos. A sua rejeição, doeu mais do que eu imaginei... Ela me olhou como se eu fosse um estranho... e aquele ol