༺ Amara Wild ༻O corpo de Enzo estremece, as estocadas finais se tornam mais rápidas, e profundas, um prenúncio do clímax que o domina.Um grito rouco escapa de seus lábios enquanto ele se derrama dentro de mim, a possessividade final marcando meu corpo. Ele se afasta lentamente, o olhar ainda fixo no meu rosto suado, retirando a camisinha como se descartasse uma prova do nosso encontro.No mesmo instante, sinto o toque de Pietro em meus pulsos. O metal frio das algemas se abre, libertando meus braços, mas não minha submissão.— Quero você de quatro, Amara — sua voz rouca e autoritária não é um pedido, mas uma ordem.Ainda ofegante, meu corpo reage antes que minha mente processe. Me posiciono na cama, a vulnerabilidade da postura acendendo ainda mais o desejo nos olhos que me observam.Ouço o rasgar familiar da embalagem de uma nova camisinha, e antes que Pietro me invada novamente, ele se abaixa, sua boca quente e úmida encontrando minha intimidade. Um gemido agudo escapa de meus láb

༺ Domenico Beltron ༻Levo a xícara aos lábios, o aroma forte do café preto invade minhas narinas. O gosto amargo desliza pela língua com a mesma facilidade que o sorriso nasce no canto da boca.Meus olhos passeiam pela sala de refeições onde meus irmãos já se acomodaram cada um com seu humor matinal peculiar.Luca é o primeiro a notar. Ele me observa com aquela expressão maliciosa, o pão parcialmente mordido entre os dedos, e então solta, com um riso abafado:— Pelo visto alguém acordou lembrando da noite de ontem, hein, irmão?Dou uma risada baixa, mantendo a xícara próxima à boca, como se ainda saboreasse mais do que apenas café.— Impossível não lembrar. Ela foi impecável... tão submissa... e completamente nossa.Luca morde o pão com mais gosto, mastigando devagar enquanto revira os olhos como se saboreasse a lembrança.— Ah, nem me fala. Só de imaginar já fico com vontade de repetir tudo de novo. A forma como ela se entregou... insana.Do outro lado da mesa, Enzo mantém a atenção

༺ Luca Beltron ༻Não consigo conter a fúria que me consome enquanto observo Serena ali, como se nada tivesse acontecido.Essa mulher retorna como um vendaval, bagunçando tudo o que tentamos reconstruir. Tem o dom maldito de desenterrar dores enterradas, como se o passado fosse um jogo onde sempre sai ganhando.Domenico permanece imóvel, mas o maxilar tenso o entrega. A raiva se sustenta no silêncio, prestes a explodir.Pietro caminha de um lado para o outro, transtornado. Enzo nem tenta disfarçar o desprezo no olhar.Ninguém aqui esqueceu as mentiras, os jogos sujos, a destruição que ela deixou para trás. E agora, pra completar, esse teatro sobre uma suposta gravidez.Lanço um olhar rápido para as escadas. Amara sumiu. Tentou manter a postura, mas vi nos olhos dela o vacilo. Aquilo a abalou. Por nossa culpa. A última coisa que queríamos era feri-la — mas Serena sabe exatamente onde atacar. Alimenta-se do desconforto.— É bom que ela se acostume — solta Serena, com veneno escorrendo na

༺ Amara Wild ༻Os três não dizem mais nada. As palavras se tornam inúteis diante do que emana de seus corpos, dos olhares carregados de promessas sujas, do silêncio que grita mais alto que qualquer frase de amor ou ameaça velada.Pietro inclina a cabeça e volta a me beijar com firmeza. Sua língua invade minha boca com fome, explorando, dominando, como se me marcasse por dentro.O calor entre nós se torna mais denso, mais real. Meus dedos percorrem os ombros largos, sobem pela nuca até se entrelaçarem nos cabelos escuros, puxando-o para mais perto.Ao lado, Luca se move como uma sombra quente e atrevida. Seus dedos roçam meu quadril, deslizam lentamente pela lateral do corpo e param na curva do seio, que ele segura com um carinho provocador. Seu toque não pede permissão. Ele reivindica.— Está tão sensível... — murmura junto ao meu ouvido, antes de percorrer o lóbulo com a língua e mordiscá-lo. — Ontem a gente só testou seu limite. Hoje, vamos atravessá-lo.Domenico se livra de sua cam

༺ Amara Wild ༻Meus olhos ainda estavam semicerrados, a respiração pesada, sentindo o peso de Pietro sobre mim e o eco dos gemidos que preencheram o quarto.A exaustão e o prazer se misturavam em uma névoa densa. Foi então que uma voz grave e conhecida ecoou no ambiente, quebrando a bolha de êxtase em que estávamos imersos.— Porra, vocês estavam se divertindo sem mim!Meus olhos se arregalaram. Os três, Pietro, Luca e Domenico, viraram-se em uníssono para encarar a figura parada na porta. Eu ainda estava ofegante e minhas bochechas estavam escarlates, sentindo o membro de Pietro ainda pulsando dentro de mim.O recém-chegado era alto, com cabelos loiros que ele passou a mão impacientemente, e seus olhos verdes eram intensos, quase selvagens.Ele me olhou de cima a baixo, um sorriso predador se formando em seus lábios.— Porra, coelhinha — disse, e eu senti um arrepio. — Tinha uma reunião no hospital, mas que se foda a reunião. Eu quero te comer também.Minha boceta latejou com as pala