Seis meses haviam se passado desde aquela tarde em que Antonella havia dado à luz em casa. A lembrança ainda vivia vívida na memória de ambos, mas agora os dias eram mais calmos, ou, ao menos, pareciam ser. Naquela tarde ensolarada de domingo, a família decidiu aproveitar um raro momento de descan

Oliver estreitou os olhos e deu um passo à frente, seu semblante estava tenso, sombrio. O maxilar travado, as mãos cerradas. Ele parecia prestes a explodir a qualquer segundo. — Quanto vocês querem? — perguntou sem hesitar, a voz rouca, grossa, quase como um rosnado. Judite pareceu murchar ao ou

A tensão no ar era sufocante. Oliver trocou um olhar rápido com Antonella, sinalizando que estavam prontos para qualquer coisa. E, lá fora, entre as sombras, a polícia se movia silenciosamente, esperando o momento certo para agir. Antonella então deu um passo, o corpo tremendo, mas o olhar firme c

— Amor... olha pra mim, por favor... — sua voz saiu fraca, sufocada por um nó que parecia rasgar sua garganta por dentro. Oliver manteve os olhos fixos no pai, as mãos ensanguentadas pressionando o ferimento que parecia jorrar tudo o que ainda restava de vida. Ele mal piscava. Era como se, naquele