Não muito longe de onde ficava a casa dos Barzinni, Massimo Pellegrini acompanhava uma jovem e bela garota na Galeria Nacional de Arte Moderna. Depois de fazer o tour pelo local, Massimo havia decidido que fossem tomar um café, e a garota entusiasmada não fez objeção.— Massimo, meu amor! Vou ao banheiro, volto num instante.— Ok.Depois da morte de Pietro, muitas coisas mudaram na vida de Massimo. No mesmo dia em que os restos mortais de Pietro seriam cremados, Guadalupe havia desaparecido. Não disse nada, não disse adeus, apenas quando todos se deram conta de sua ausência, ela já havia partido. Ele pensou que ela havia aproveitado o caos da morte de seu irmão para ir embora, mais uma vez estava muito longe da realidade.Enquanto a garota ia ao banheiro, Massimo tirou um cigarro e o acendeu. Esse mau hábito havia se instalado nele e era impossível abandoná-lo. Pegou seu telefone e entrou na nuvem, procurou fotos de 20 anos atrás, encontrando uma que guardava com muito cuidado: Gua

Depois do jantar, Marco e Valeria levaram Emma a um hotel onde haviam reservado um quarto para ela, pois a casa ainda não tinha móveis. Marco queria ir com Valeria comprar tudo para seu novo lar, então eles dormiriam no chão. Queriam passar a primeira noite em casa, não importava dormir no chão, estar ali tinha um significado especial para ambos.Marco acariciava o corpo nu de sua esposa, enquanto se perdia em várias lembranças. Valeria havia adormecido profundamente. Ele, por sua vez, se levantou e foi ao jardim. De vez em quando gostava de fumar um charuto e hoje se sentiu tentado a fazê-lo.--- Azulmar, Solaria ---— Senhor... Não pode continuar assim. — disse Federico entrando no escritório onde Marco se encontrava.— O que acontece Federico? A que você se refere? — disse Marco enquanto estava sentado na cadeira atrás de sua escrivaninha e bebia um gole de conhaque.— Assim! — disse Federico apontando para o copo. — Não pode continuar tentando curar suas mágoas no álcool e na

Massimo voltou para casa, e embora tenha entrado com muito cuidado, Alessia já o estava esperando na sala.— De onde você vem? — disse Alessia aborrecida.— Tive uma reunião de negócios no centro e venho de jantar. — respondeu Massimo num tom indiferente.— Seu jantar foi com uma vadiazinha chamada Antonia?Massimo ficou em silêncio pensando como sua esposa havia ficado sabendo da garota.— Não queira me enganar! Você sabe muito bem que tenho olhos e ouvidos em todos os lugares.— Ah Alessia! Algo mais você deveria ter aprendido com a vovó Caterina, que mesmo já morta ainda a escuto com você.— Quem é essa pirralha? Outro possível processo? Pelo menos é maior de idade ou vou descobrir que você anda se envolvendo com uma menor de idade? Sério Massimo, não te entendo, por que me faz isso? Você não era assim, você me amava! — disse Alessia deixando cair algumas lágrimas que não conseguiu conter.— Alessia não vou cair nas suas chantagens, já te disse, não te amo e você também não!

Depois de desligar para seu pai, Pietro subiu em seu carro e se dispôs a ir para casa. Hoje havia visitado Luceria e não levou Guadalupe, porque se preocupava que ela sentisse o caminho muito longo. Primeiro foram à consulta com o ginecologista onde finalmente soube que o bebê a caminho era uma menina, depois dessa linda notícia a levou para casa.De lá foi para Luceria, era o relatório mensal e ele tinha que comparecer por suas ações e as de Barzinni. Terminando a reunião, saiu rapidamente e não pôde se despedir de seu pai já que este se encontrava revisando assuntos com Massimo, então preferiu ligar quando ia a caminho do estacionamento da empresa.Ia dirigindo quando por uma estranha razão começou a lembrar de sua vida, era como se pudesse ver as cenas em terceira pessoa, era tão nítido tudo que se formou um nó em sua garganta.Havia tido que passar por muito até conseguir encontrar a paz ao lado de Guadalupe, se sentia afortunado, o medo de viver havia se desvanecido, já não sen

Marco Barzinni, Federico e sua equipe de segurança estavam na entrada do Grupo Pellegrini. Marco olhou para cima e se deu conta da altura deste monumental edifício.— Tudo o que passamos por causa deste maldito lugar! — disse Marco a Federico.Federico não fez outra coisa senão afirmar com a cabeça e dizer:— Senhor Barzinni, está pronto para tomar seu lugar na diretoria?— Pronto, não. Ansioso, sim! — disse Marco sorrindo friamente.O homem que professava amor por sua mulher era completamente diferente daquele que estava prestes a entrar naquele edifício. Este estava faminto de vingança, queria ver correr sangue, mas não sujaria as mãos, faria com que eles mesmos fossem quem se despedaçassem. Seu retorno e seu ingresso na empresa era unicamente para poder mover as peças de dentro.Tempos atrás havia injetado bastante dinheiro em sua época de crise, o que o fazia mais dono dele que de qualquer outro acionista da empresa. Massimo Pellegrini era só a fachada, era o rosto bonito, ma