A noite chegou rápido e Sasha e eu estávamos nos arrumando para a festa, não contei sobre o episódio dessa manhã, preferi deixar em segredo, ou ela contaria para os outros e me alugariam, já basta o tal do Nickolae no meu pé. Ela quem me deu as coordenadas, eu nunca fui a uma festa Dmitriev, então não sabia o que vestir.— O que as pessoas usam nessas festas, Sasha? — fiquei olhando meu closet que tinha poucas opções. — Por mais chiques que os Dmitriev pareçam, não exigem trajes elegantes, e se for muito arrumada pode virar piada — ela passou entrando no meu closet e sacou de lá um vestido laranja, corte princesa, lindo, ganhei de presente da minha mãe no natal, era de mangas compridas, se ajustava por toda a cintura e caia levemente nos quadris, descendo até o meio das coxas, gostei da escolha, ressaltava meu tom bronzeado, ai nunca pensei que diria isso, mas que saudades do sol do meu Rio de Janeiro. Nunca teria pensado nesse vestido. Preparei meu cabelo primeiro, apenas lavei e s

Voltei para a festa e procurei meus amigos, vi que todos dançavam, Juan com algumas pessoas desconhecidas, Sasha com um gatinho, Aimee estava com Czar! Me peguei sorrindo, ele me viu e levantei o polegar em aprovação, Czar rolou os olhos. Caminhei pela festa, para ir até o banheiro, estava surpreendemente vazio, ainda bem, assim que entrei senti um toque quente em meu braço e virei para olhar.— Oi, tudo bem? — um moreno alto, com sorriso de comercial de creme dental me parou.— Oi, tudo bem sim obrigada, mas esse é o banheiro feminino — alertei tentando me desvencilhar de seu toque.— Eu sei. Me chamo Charlie e você é a famosa Diglaviev — se aproximou.— É, parece que todo mundo aqui já me conhece — tentei soar divertida, seu aperto estava me machucando. Ele foi se aproximando e eu me afastava à medida que avançava, até que meu espaço acabou e bati na parede. Seus braços bloquearam a passagem, ele era forte.— Sim, e devo dizer que você é uma tentação… é gostosa, sempre quis saber qu

Entrei esbaforida na sala e o professor Sidorov riu.— Ora, Gianna. Bom dia, querida!— Bom dia! Desculpe, tive um…. contratempo — falei recuperando fôlego.— Soubemos, não imaginei que seria tão rápido — ele olhou para o canto da sala e gelei ao avistar ninguém mais, ninguém menos que Nickolae encostado na parede com os braços cruzados sobre o peito. Lindo demais para a minha sanidade, meu Deus! Seus cabelos caíam sobre os olhos, a camisa preta justa, desenhava seus músculos do abdome e a tatuagem no braço reluzia com a luz do sol.— Já sabem? Do que aconteceu há dois minutos? — os fitei incrédula, como assim gente?— Sim, Nickolae estava lá e viu tudo, a propósito. Gianna, este é o Conde Nickolae Dmitriev. Nick, essa é Gianna Diglaviev — o professor parecia gostar muito dele.— Garotinha — Nickolae me cumprimentou rapidamente e já me tirando do sério com essa coisa de garotinha. Mas era sexy, devo admitir.— Oi! — falei simplesmente.— Já se conhecem? — o professor coçou a cabeça li

Depois que voltei para o quarto, tive que dar explicações aos meus novos amigos, que me aguardavam ansiosos para saber sobre minha conversa com Alek, os tranquilizei e disse que Alek me alertou sobre Ekaterina e garantiu que ele e seus irmãos me protegeriam.— Aquela loira sem sal deve ter contado a Ekaterina, que Nickolae te defendeu e te trouxe no dormitório depois que Charlie deu uma de tarado — Juan concluiu e rolei os olhos pela maneira que descreveu a coisa toda.— Ela é perigosa, Gianna e tem imunidade, pois usou a persuasão em você e nada aconteceu — Aimee estava preocupada — Tome cuidado.— Mas eu não entendo por que essa doida resolveu pegar no meu pé, não fiz nada — me defendi.— Você nasceu, Gianna, é linda e o Nickolae está babando por você, como nunca fez com ninguém — Sasha finalmente falou, estava mais séria do que o normal.— Eu não diria isso, hoje tive aulas com ele, professor Sidorov acha que pode me ajudar com o lance de persuasão — Recebi três olhares espantados.

— Gianna! — Nickolae surgiu do nada, como sempre. Estava sério, mas sua expressão estava mais para orgulhoso do que qualquer outra coisa — Sabe o que acabou de fazer? — ele olhou para os lados para ver se tinha alguém, no entanto, estávamos sozinhos.— Me defendi! Viu o que aquele cara disse? — falei rapidamente e ele deu aquele sorriso de tirar o fôlego e estava tão perto. Sacudi a cabeça para afastar esse sentimento estranho. — Foi um pouco mais do que isso, não ouvi o que ele falou, quando cheguei vi você trabalhando sua mente — se aproximou, muito. Mas logo se afastou. Caminhamos até a sala de refeição e um professor o parou no caminho, ali nos despedimos. Porém, senti seus olhos sobre minhas costas.Na sala do professor Sidorov, vi que ele tinha razão, havia alunos sentados no chão e pareciam empolgados.O professor entrou e cumprimentou a turma.— Olá, meus queridos, vamos começar. Hoje falaremos dos tipos de persuasão — começou e o silêncio caiu sobre a sala, todos atentos — T