Senti uma profunda sensação de alívio no peito, que me fez perceber que estava preocupada com algo. — Eu sei que meu pai foi um bastardo, e ele machucou minha mãe e as mulheres em sua vida de maneiras irreparáveis. Mas eu não sou nada como ele. Não sou um alfa sombrio, e me recuso a ser um. Por favor, não deixe que o que descobrirmos sobre minha família e meu pai faça você sentir medo. Eu não sou nada como ele. — Ele disse, e eu encostei a cabeça no peito dele, deixando as lágrimas caírem livremente.— Eu sei, meu amor. Eu sei. — Eu o tranquilizei, e ele me abraçou, me apertando contra seu corpo. Senti quando ele ligar a torneira, e a água começou a lavar nossas peles. Tirei a camisa dele, e ele tirou as calças e os shorts, ajudando-me a retirar a calcinha, deixando ambos nus sob o chuveiro. A água lavava nossos medos e incertezas. Ele me beijou e me ergueu, enterrando-se profundamente em mim. Ele se movia suavemente, e eu sabia que, para mim, aquilo ia além do físico. Ele estava

~Tamia~Sylvester tirou a roupa, deixando apenas a cueca e deitou-se na cama, de costas, apoiando a cabeça na mão. Ele olhou para o lado e sorriu para mim. Fez um gesto, me chamando para ir para a cama. — Vamos, Olhos-verdes. Quero abraçá-la. — Disse ele, e eu sorri. Tirei a calça de moletom e fiquei com a camiseta. Era grande, e eu não estava usando nada por baixo. Subi na cama, e ele se sentou para me abraçar. — Aquilo foi intenso lá embaixo, né? — Perguntou ele, beijando meu pescoço, e eu acenei com a cabeça. — Então, você sempre resolve casos assim? — Perguntou novamente, e eu ri. — Nunca resolvi um caso de assassinato e motim na minha vida. — Respondi, e ele fingiu surpresa. — Você quer dizer que tenho uma amadora no trabalho? — Perguntou ele, brincando, e eu ri. — Então você está cobrando demais, Olhos-verdes. — Disse ele. — Eu é que vou cobrar mais. — Respondi, e ele me fez cócegas. Ri tanto que peguei o travesseiro e bati nele. O lobo dele brilhou, e eu

— Tenho certeza de que nenhuma mulher aguentaria metade do que sua mãe passou sem acabar se quebrando. Seu pai a tratou como lixo. Ele tentou trocá-la pela predestinada dele, depois a forçou a ser parteira da predestinada. Ele a traiu, matou a maioria dos membros da família dela e a deixou sem poder representá-los no conselho, quase apagando-os da existência só porque queria se divorciar e substituí-la. E não parou por aí; teve um caso com a melhor amiga dela e tentou tirar o lugar dela na família, privando seu filho do que era dele por direito e dando-o ao filho ilegítimo, o filho da mulher que causou tanto sofrimento à sua mãe. Não há tanto que uma mulher possa suportar, e esses são apenas alguns dos relatos que ela teve coragem de compartilhar. Quando olho para Stephanie, vejo uma mulher esgotada que aprendeu a lidar com tudo isso vivendo em negação. Tenho certeza de que, em algum momento, ela deve ter quebrado e tentado resistir, Sylvester. — Eu disse, e lágrimas se formaram nos ol

Havia seis diários ao todo, e de alguma forma não era um registro diário de sua vida; folheando as páginas, percebi que ela só registrava eventos significativos. — Leia em voz alta, Tamia. — Disse Marcel. Estávamos todos ansiosos por respostas, então nos sentamos na sala de estar, e eu peguei o diário mais antigo, pelo menos Segundo o que indicavam as datas, para ler. — Hoje foi o pior dia da minha vida. Eu disse a Maurice que gostaria de ter um filho com ele, e ele recusou. Disse que já tinha um bastardo, e que não podia ter outro. Isso me machucou muito, porque eu o amo tanto, e seria um presente ter um filho com ele. — Terminei a leitura. Não era muito informativo, mas agora sabíamos como Maurice se sentia em relação a ter um filho com ela; talvez fosse por isso que o bebê não aparecesse. Fui folheando, procurando algo significativo. Jenny parecia o tipo de pessoa que reclamava muito, e não me surpreendi. Ela passou a maior parte da vida sozinha, então era natural que desp

~Sylvester~Peguei o diário de Tamia e li a página na qual ela estava. Não conseguia acreditar no que acabara de ver. — E se essa mulher estivesse tentando incriminar minha mãe? A carta era anônima. E se fosse isso o que ela queria fazer? Jenny estava no conselho, e minha mãe não. Meu pai havia deixado a vaga no assento Balyaev em aberto, tornando os Lawrence a família mais poderosa do conselho. E se o conselho se unisse e decidisse perseguir minha mãe? Sempre há evidências para condenar alguém, seja culpado ou inocente. E se esse fosse o plano de Jenny? — Falei, ainda achando difícil acreditar no que Tamia me dissera. Ela se levantou e tocou em minha mão. — Não sei no que acreditar. Mas precisamos revisar os arquivos e esconder a correspondência sobre o assassinato do seu pai. Marcel e Theodore são leais a você, mas os pais deles também foram mortos. Eles podem não achar graça e exigir retribuição. — Disse ela, e eu sabia que ela estava certa. Então, deixei-a na sala e desci