POV FelixA presença da Luna viúva, mesmo que não fosse ameaçadora, deixava a sua marca pela sua postura e elegância. O alfa supremo não a escolheu sem motivos, a herdeira da maior rede hoteleira da Europa e uma loba criada para ser uma Luna. Desde a morte do alfa, e sem um sucessor, Esmeralda vinha administrando tudo, inclusive o território, sozinha, algo muito fora do comum entre os lobos, especialmente os que tinham fortes ligações com as antigas tradições. Por conta disso, a pressa em encontrar um alfa supremo havia triplicado.Chutei o lobo para longe e ele se encolheu em um canto enquanto a Luna viúva se aproximava com passos firmes, seus saltos batendo contra o chão e ecoando no pequeno cômodo.― Não é nada com o que precise se preocupar, Esmeralda. ― Disse com um tom firme, não deixando brechas para ela intervir em meus assuntos. Afastando o lenço, ela sorriu, estreitando os olhos.― Acredito que eu deva me preocupar, já que está acontecendo debaixo do meu teto. ― Rosnei baixi

POV AbigailNão sabia como reagir. Naquele momento, o silêncio da minha mãe começava a fazer sentido na minha cabeça. Mas ainda existiam muitas dúvidas, especialmente com relação ao que o médico havia medito, que houve o reconhecimento dos corpos da minha mãe e do meu junto ao de Lucian. Felix permaneceu em silêncio, observando meu pequeno ataque de pânico.― O que aconteceu com o alfa supremo? ― Perguntei com um fio de voz. Felix me analisou por um momento antes de falar.― Houve uma emboscada enquanto Lucian estava em uma viagem. ― Felix parou, pensando por um momento com a mão sobre a boca. ― Na verdade, podemos chamar de atentado. O carro onde ele estava explodiu, matando todos dentro e ferindo pessoas ao redor. Quando encontraram e analisaram o local encontraram o corpo de uma loba e um bebê, que foi confirmado serem a concubina e o bebê recém-nascido dela. Por se tratar do Alfa supremo, a aliança conseguiu abafar para que nada saísse na mídia humana, mas foi impossível esconder

POV AbigailClaro que Felix não dormiu no nosso quarto. Acreditava que tinha sido melhor daquela maneira, afinal seria estranho dormirmos juntos depois daquela discussão. Henrique veio logo cedo pegar as malas enquanto eu terminava de me arrumar para irmos embora.― Onde está o alfa? ― Perguntei saindo do banheiro e prendendo meus cabelos em um rabo de cavalo. Henrique não olhou para mim, continuou separando as coisas como se eu nem estivesse no quarto.Bufei e me voltei para as minhas coisas, arrumando minha bagagem de mão e verificando se não estávamos esquecendo nada. Quando acabei, deixei Henrique no quarto e saí para o lobby do hotel, que estava muito movimentado. Mensageiros corriam para todos os lados carregando malas, uma fila de caros esperava na entrada do hotel e muitas pessoas se amontoavam na recepção.Não sabia exatamente o que deveria fazer, então decidi ir até a recepção e me informar, mas senti uma não segurando meu pulso. Me virei e Felix me olhava de uma forma estra

POV AbigailA mão que segurava o pulso de Rafael era bronzeada, um tom de dourado que eu nunca tinha visto antes. Um lobo alto, com olhos negros profundos e cabelos ondulados levemente dourados. Mesmo com uma aparência tão jovem, estava claro que aquele lobo carregava anos de experiência e muito poder. Sua presença me fez sentir mais segura, mas minhas pernas ainda estavam muito fracas para me levantar. Rafael rosnou, puxando seu braço com força.― Sua comitiva está te esperando, Angenna. Melhor você ir. ― A postura do lobo era impecável. Não havia hostilidade como em Rafael, ele estava apenas de pé entre nós, com um tom suave em sua voz.― Achei que não se envolvia nesse tipo de problemas, Ironclaw. ― Rafael respondeu, arrumando suas roupas e voltando a sua máscara de serenidade.Assim que ouvi aquele nome, eu soube quem era o lobo diante de mim. O alfa da alcateia de Nova Orleans, um dos alfas do sul, Edgard Ironclaw. Sua personalidade calma muitas vezes era confundida como permissi

POV AbigailSeus lábios deslizaram sobre os meus, provocativo. Minhas mãos deslizaram em sua cintura estreita, sentindo os músculos rígidos de seu corpo, até as suas costas. Arrastei minhas unhas, subindo lentamente meus dedos até a base de suas escápulas e então descendo novamente. Felix sorriu, apertando mais sua perna entre as minhas, me fazendo gemer um pouco mais alto. Mordi o lábio para conter os sons, mas o polegar de Felix o soltou, abrindo minha boca.― Não vai me privar desses lindos sons, Abigail. ― Felix colocou seu polegar dentro da minha boca, o esfregando contra a minha língua. ― Cada vez que você tentar conter a sua voz, eu vou te punir.Meu corpo vibrou, a expectativa aumentando junto ao meu desejo. Com um ronronado, Felix se afastou, deitando na cama com os cotovelos apoiados, olhando para mim. Fiquei confusa e tentei me aproximar, mas ele ergueu um dedo, me parando.― Tire suas roupas. ― Meu coração disparou, todo o meu corpo ficando quente, especialmente a minha in