Íris 15 Anos antes Foi fácil adaptar-me a essa família, eles são muito carinhosos e livres, talvez por isso tenham tanta dor de cabeça com o seu filho mais velho Orian. Ainda não tivemos tempo de nos conhecermos, mas também não estou curiosa. Em um pleno sábado, enquanto a família preparava-se para ir a igreja. — Deixei tudo preparado ai na geladeira, qualquer coisa é só tirar e aquecer, tudo bem querida? — Diz a senhora Sara. — Tudo bem sim e obrigada — Respondo. — Vamos mamãe, não gosto de chegar atrasado — diz o Liam. Eles saíram e eu fui a posta acenar para eles. Tinha a casa só para mim por algumas horas, como será que a minha família está? Devo ligar? Eles devem estar bem, não preciso ligar, se não eles vão saber onde estou. Coloco os meus fones de ouvido, e uma música bem alta enquanto tomo o café-da-manhã, cereais adoces e açucarados, faz um tempo que não os como, na verdade nunca os comi, a minha avó é bem restrita quanto a minha alimentação. Desde pequena, fui diagn

Íris Na noite anterior Estou a ficar cada vez mais fraca, a tontura que tive ontem está cada vez mais notório. Não sou muito boa a fazer isso e todo mundo sabe, quem cuidava de mim era a minha avó, ela sempre o fez, e como é que eu volto a pedir a ajuda da Mayra se eu pedi para ficar longe das minhas coisas? Respirei fundo e ouvi a porta a bater. — Entra — respondi. E vejo o Henriques entrar no quarto. — Está tudo bem? Ignoro completamente a sua pergunta e me viro para olhar outra vez para cima. — O que você quer? — Saber de você, o teu quase desmaio me deixou preocupado. — Disse que estava bem, porquê insiste? Quer cuidar de mim agora? — Quero sim, o que foi? Tem alguma coisa errada? — Está tudo bem. Não precisa estar preocupado — me viro para o outro lado da cama — pode sair agora? Eu sei exatamente como é esse homem, nunca aceita ser o que não sabe das coisas, nem um “não” como resposta. Ele saiu, eu achei que foi para o seu quarto, mas momentos depois volta com uma b

Iris Há 15 anos Eu vou fazer aquele idiota pagar por ter fechado a porta na minha cara! Enquanto murmurava o Liam aparece por atrás de mim a toca no meu ombro entrando na cozinha para preparar o seu pequeno-almoço. — O que foi, porquê tanto murmura logo de manhã? Não conseguiu dormir durante a noite — Perguntou. — O seu irmão é um exagero em pessoa, como vocês aguentam isso? — Bem-vinda ao nosso inferno dentro de casa— falou, colocando água em um copo e bebeu logo em seguida. — Quando eu fui lá reclamar, simplesmente fechou a porta na minha cara, que pessoa mais mal-educada. — Ele foi muito bem-educado, só não gosta mesmo de ti, ele morre de medo dos nossos pais, sei que pode não parecer mas ele tem. — Ele tem namorada? — Gosta do Orian? — Não, nem pensar! Só perguntei por curiosidade mesmo! — Ele nunca tem só uma. Duas ou mais, ele nunca trás elas cá para casa, mesmo que quisesse não pode, uma das regras é nunca quebrar regras, e não trazer mulheres para casa é uma d

Há 15 anos — Você não é gay? — Perguntei ao homem ao lado de mim. — Gay? Eu sou muito hétero ok! — E as calcinhas que estavam por de baixo da cama? — Você mexeu nas minhas coisas? — Eu? — És bem intrometida sabes? E aquilo é uma coleção de calcinhas. — coleção de…? Você é algum pervertido por acaso? — sussurrei. — Pervertido? — Eu achei que você queria mudar de gênero, não esperava que fosse uma coleção. — Nesse momento acho que eu preferia mudar de gênero mesmo — diz ele brincando. — Os Tios vão matar você— digo. O Liam b**e a porta. — está tudo bem aí? — perguntou do outro lado da porta. Olhamos um para o outro e não respondemos. Ele bateu outra vez e o Ian sentou-se no criado mudo para esconder o objeto e o Liam abre a porta. — Vocês estão aí faz um tampão, aconteceu alguma coisa? — Muitas coisas na verdade— sussurrei. — Oque foi que você disse? — perguntou. — Ela não disse nada, você pode sair, está tudo bem. — Certo! Eu vou sair com a… — ok, boa saída —

Íris Eu me arrependo de me ter casado, afinal eu não conhecia, perdi tanta coisa em minha vida por conta desse casamento arranjado. Dei azar em nascer em uma família como essa. Meus pais erraram tanto comigo e mesmo não estando vivos, escolheram um último castigo para mim. Das três eu sou a mais azarada, sem sorte nas relações pessoais, na saúde e no amor para variar. Como alguém pode ter tanta má sorte.! Se eu pudesse escolher o que me lembrar, eu apagaria você da minha mente Henriques, você foi o meu pior pesadelo e o mais horrível desgosto que já tive. Ao acordar ouvi uma voz muito familiar, mas não sabia de quem era. — Você já está aqui faz dias, precisa ir descansar— diz a voz. — Ela vai precisar de mim quando acordar, não posso sair outra vez — respondeu a outra voz. — Então eu vou pegar algo pra você comer, tudo bem? — Agradeço — falou. Quando eu abro os olhos, tudo parece nublado, com a minha visão ainda turva e a minha voz baixa e roca eu pergunto ao homem p