“Ricardo”Já haviam se passado vários dias desde que a Taís foi embora. Meu pai me convenceu de que era melhor deixá-lo lidar com isso e focar na Anabel e nos bebês. Ele me garantiu que ela havia voltado e que já estava trabalhando no lugar que ele conseguiu pra ela e que estava quieta e parecia que ia aproveitar bem essa oportunidade. Isso me deixou aliviado, eu não me perdoaria se ela continuasse se afundando e também não ficaria confortável com ela naquela vida. A escolha era dela, mas eu precisava fazer alguma coisa.O Leonel também já havia sido transferido para o lugar que o Don arrumou, agora era totalmente dependente de enfermeiros para tudo. Enquanto ele esteve no hospital a Anabel o visitou diariamente, mas agora na casa de repouso ela decidiu que iria apenas de vez em quando. Ela andava muito chateada com a situação em que ele ficou. Mas, como disse a Melissa, nós precisávamos seguir em frente.Então, eu procurei a Melissa e nós terminamos de preparar tudo para que eu pudes

“Anabel”A idéia das meninas de ir para o SPA foi ótima, eu adorava receber massagens e coisas do tipo e depois de tanta coisa que andava acontecendo, foi um presente ganhar essa massagem para relaxar. Mas eu achei estranho o SPA estar tão vazio em pleno sábado, aliás, o SPA só não, o clube inteiro estava silencioso demais e estava um dia lindo.- Muito bem, agora que já estamos todas relaxadas, se preparem porque... – A Mel olhou a tela do celular e parou de falar, estalou a língua e atendeu. – Fernando, que não seja problema. – A Mel escutou. – Entendi. Tudo bem, só me avisa.- Está tudo bem, Mel? – Eu perguntei, vendo que ela ficou olhando para o celular por um momento.- Ah, vocês sabem, os homens não são tão habilidosos quanto nós. – Ela sorriu, mas eu podia ver que a cabecinha dela estava funcionando a velocidade total. – Meninas, vamos fazer as unhas e os cabelos? Aparecer lindas e maravilhosas para almoçar com esse bando de homem lento? – Ela sugeriu e as garotas concordaram r

“Anabel”É claro que as garotas apareceram no dia seguinte para começar os preparativos do casamento, era como se estivessem tão ansiosas quanto eu. Mas eu sabia exatamente o tipo de casamento que eu queria, seria simples, pequeno e com a presença somente das pessoas que nos queriam bem de verdade, eu não precisava de mais do que isso.- Isso é piada, Anabel? Você quer que eu prepare um mini casamento? É isso mesmo? – A Melissa me olhava com descrença.- Mel, eu só tenho o Don e vocês como família e se vocês estiverem comigo será o suficiente. E eu não tenho outros amigos, eu vivi uma vida muito solitária até o Rick aparecer. – Eu expliquei.- Ah, que linda, ela considera a gente família! Ah, vem cá, me dá um abraço. – A Melissa se levantou e abriu os braços pra mim. – Você também é nossa família, Ana, e você nunca mais estará sozinha! – Logo as outras se levantaram e eu fui envolvida em um grande abraço, eu nunca me senti tão cercada de amor e carinho.- Bom, então vai ser um mini

“Leonel”As palavras da Anabel doeram fundo na minha alma, tudo o que eu queria era poder chamá-la de filha agora e pedir perdão. Não haveria sofrimento suficiente para mim que me fizesse pagar pelo sofrimento que eu causei a ela. Mas eu não conseguia falar, eu nem conseguia me mover para abraçá-la ou ao menos segurar sua mão. Mas ela me surpreendeu de novo e tocou a minha mão, a que ainda não estava totalmente esquecida e ela apertou e eu fechei levemente os meus dedos sobre a mão dela. E ela foi em frente com suas palavras.- Pai, você foi a minha casa e disse que esperava que um dia eu pudesse te perdoar. Pois bem, eu estou aqui, com o meu coração aberto para o senhor, para dizer que eu te perdoei. Todos aqueles dias que eu te visitei no hospital eu estava trabalhando nesse perdão e hoje eu estou aqui porque eu te perdoei. E eu vou estar aqui, uma vez por semana eu virei te ver, você pode me esperar, eu vou me sentar aqui com você e te falar da vida ou só me sentar e segurar a sua

“Flávio Moreno”Eu estacionei em frente a casa da tal Viviane, a ex amiga da Ilana. Aquela moça havia ficado revoltada com a amiga que a colocou naquela furada. A Viviane tinha sido muito colaborativa conosco no caso da Ilana, veríamos se a mãe seria igualmente colaborativa, isso considerando que ela fosse a mesma Vanessa que eu precisava encontrar.- Ah, não! – A Viviane fechou os olhos e deu as costas quando me viu parado do lado de fora da sua porta.- Isso é alegria em me ver, Viviane? – Eu fui sarcástico e ela estalou a língua.- Por mais gato que você seja, delegado, eu sei que não está aqui pra me chamar pra sair. – A Viviane respondeu. – O que foi agora? Em qual roubada você vai me colocar?- Relaxa, Viviane, eu nem trouxe a Mel hoje! – Eu respondi e entrei na casa quando ela autorizou.- Melissa... aquela ali é doida. – Eu não podia discordar, mas eu achei graça.- Sua mãe está em casa? – Eu perguntei sem rodeios.- Não, ela não está. O que ela aprontou? – A Viviane cruzou os