CameronOs pequenos braços de Eron e Riuk ao meu redor traziam uma sensação de conforto que eu mal conseguia explicar. Era como se, mesmo diante de tanta dor, a presença deles fosse um bálsamo para meu coração. Estar ali, cercada por minha família, me fazia sentir menos triste pela perda do bebê. Embora o vazio ainda estivesse presente, saber que eles estavam comigo me dava forças para continuar.Quando Ragnar voltou, ele se deitou entre minhas pernas, apoiando a cabeça em minha coxa com a tranquilidade de quem sabia que aquele era o seu lugar. Ele olhou para mim com um sorriso suave e perguntou: “Então, qual filme vocês escolheram?”Eron foi rápido em responder: “Nenhum ainda! A gente estava esperando você!”Ragnar soltou uma risada, e eu percebi o quanto esse som me acalmava. Ele olhou para os meninos, e a conversa entre os tr&ec

RagnarEu estava tentando manter Cam calma, mas havia algo diferente em seus olhos, algo que me inquietava profundamente. Mesmo quando ela dizia que estava bem, eu sentia que não estava me contando tudo. Sua postura, o jeito como evitava me olhar diretamente, algo estava errado, mas antes que eu pudesse pressioná-la para obter respostas, meu celula

CameronEu coloquei Eron na cama, cobrindo-o com o cobertor até o pescoço. Algo na maneira como ele se afastou de mim fez meu peito apertar. Seus olhos, normalmente tão brilhantes e cheios de vida, agora estavam carregados de um peso que eu não conseguia ignorar. Sentei-me ao seu lado, observando-o por alguns segundos antes de perguntar suavemente: "Eron, o que aconteceu? Por que você está tão quieto?"Ele se virou para mim, os olhos cheios de tristeza e um toque de raiva. "Eu gosto de você, tia Cam... mas eu amo a mamãe Amanda. E agora, você está fazendo o papai se afastar dela também."Ouvir aquelas palavras me atingiu como um golpe. O fato de ele ter me chamado de "tia Cam" em vez de "mamãe" fez meu coração se apertar de um jeito que eu não esperava. Minha loba se contorceu dentro de mim, como se estivesse perdendo mais um filhote.

RagnarA casa estava em silêncio, um silêncio profundo que só as primeiras horas do amanhecer traziam. Cam dormia ao meu lado, seu corpo tranquilo e alheio a tudo ao redor. Meus dedos corriam lentamente pelas suas costas nuas, enquanto meu lobo interior uivava de satisfação. Ela era minha, completamente. Não havia dúvida disso, nem em minha mente, nem em lugar algum do mundo.O sol nascia, lançando sua luz laranja pelo quarto. Observei a cena, o brilho suave refletindo no corpo de minha Luna. Lentamente, ela começou a se mexer, o que imediatamente despertou meu lobo, ansioso para repetir os eventos da noite anterior. Ela se agarrou ao meu braço e o beijou, traçando caminhos delicados com os lábios.Eu ergui seu rosto para me olhar, mordendo suavemente sua boca. “Se você continuar assim,” murmurei, minha voz carregada de desejo, “teremos que começar tu

CameronSentávamos todos à mesa do café da manhã. O cheiro de pão fresco e café quente preenchia o ar, criando um ambiente acolhedor. Eu observava Eron e Riuk conversando, e meu coração se aquecia ao vê-los conversando como antes. Eles riam e trocavam olhares curiosos, até que, em um momento que fez meu coração parar por um segundo, Eron chamou Riuk de "irmão." Nossos olhares se encontraram, e vi esperança nos olhos de Ragnar. Um sorriso involuntário apareceu nos meus lábios. Talvez, estivéssemos construindo algo sólido, uma verdadeira família.Enquanto me perdia nesses pensamentos, Gabriel apareceu na sala. “Bom dia,” ele disse, com um sorriso contido. “Estou aqui para levar os meninos para a escola. E... o avião do Jordan acabou de pousar.”Os meninos pararam de mastigar e me encararam, os olhos arre