Dentro da caixa há dois pequenos baús de cristal. Em um deles está o olho esquerdo do deus Hórus. De acordo com a história que eles conhecem, Osíris, o pai de Hórus, foi assassinado por seu irmão, Seth. Em sua busca por vingança, Hórus perdeu o olho esquerdo durante uma série de confrontos com Seth. Entretanto, o deus Thoth, conhecido por sua magia e sabedoria, conseguiu restaurar o olho de Hórus, que, por sua vez, ofereceu-o a Osíris para trazê-lo de volta à vida. Por esse motivo, o olho de Hórus também simboliza sacrifício, recuperação e proteção. Então, como era possível que o olho do deus estivesse em posse da mãe de Jacking e por que ele nunca havia se manifestado até agora durante todo o milênio em que viveram? Jacking, transformado em Hórus, olha para o olho com perplexidade. Com muito cuidado, ele o pega em suas mãos e o abre. Naquele instante, uma luz intensa se espalha por todo o escritório, iluminando todos os cantos. O olho se eleva no ar e desliza para dentro de sua p

O Mat acena seriamente com a cabeça. Jacking, Amet, Horatio e Bennu sorriem e olham um para o outro, satisfeitos com seu Lobo Supremo Alfa. —Esse mesmo, não pense que esqueci o que ele fez com a nossa matilha. Ele nos levou para uma armadilha de demônios— Mat diz com determinação, lembrando-se do passado sombrio que sofreram nas mãos de Kel Tamajag. —Estávamos nos preparando para isso, Mat, mas agora estamos sozinhos—, responde Jacking, ciente da ausência de outros guerreiros de sua matilha nessa luta. —Irmãos, parece que toda essa paz fez com que vocês se esquecessem de quem realmente somos. Da última vez, tivemos de cuidar de nossas metades. Mas agora não precisamos cuidar de ninguém além de nós mesmos. Só precisamos lutar com todo o nosso poder e força—, acrescenta Mat, lembrando-se da importância de sua matilha e de seu papel como líder. —Isso é verdade, Jacking! Faz anos que não desenvolvemos totalmente nossos poderes, eles estão um pouco adormecidos— diz o beta Amet, animado

Uma onda de amor e saudade tomou conta de Mat quando ele sentiu o amor dela. Ele sentia muita falta de sua loba. Ele desejava estar com ela novamente, abraçá-la, sentir seu calor e seu cheiro doce e familiar. Mas ele tinha que concluir sua missão antes de poder voltar para os braços de sua alma gêmea. Com forças renovadas, ele partiria confiante de que o destino os reuniria novamente. Enquanto o vínculo deles existisse, ele sempre encontraria o caminho de volta para sua amada Ast.—Você já veio para ficar, Mat? —perguntou Ast, esperançosa.—Eu não voltei, minha loba. Só vim ver você e verificar se eles não mudaram minha essência de metade. Mas estou indo embora agora. Eu amo você, minha loba, espere por mim. Cuide de Jacking, minha loba.—Eu adoro você, meu lobo. Eu vou demorar muito para você voltar, meu lobo?—Não sei, minha loba— ele diz, mal encostando o nariz no dela. — Agora dê o controle à sua humana para que ela se despeça de você.—Tudo bem, meu lobo. Cuide de você e volte

O general Bennu, o chefe e lendário Celta, o único caçador no mundo sobrenatural dos lobos que ocupa uma posição de respeito e não menos do que ao lado do Alfa Supremo. Ele olha para seu Alfa, que o encara de forma zombeteira, como se o que ele fez não fosse uma ameaça à vida. Ele se vira para se acalmar sob o olhar de todos.—Você veio sozinho Jacking?— grita Bennu. —Não fiz nada disso, vim com Mat e olhe ali, os lobos das sombras— responde o Alfa, mais sério agora. —Mas você não deveria ter nos deixado, Jacking— reclama sua beta Amet, também irritada por ele tê-los deixado para trás.—Isso é o suficiente, não seja rude— ele os chama a atenção com seriedade. — Cumprimente Costel e seu primo Ionel.—Primo Ionel?— perguntam os três, confusos. Os três sabiam que o primo Ionel havia desaparecido e que o alfa Costel havia pedido ajuda para encontrá-lo. Por que ele não disse a eles que ele havia aparecido para que parassem de procurá-lo?—Sim, ele é meu primo. O único que eu tenho— Cos

Mat termina de secar o corpo mole de Sorín, mas algo incomum imediatamente chama sua atenção. Seus pés começam a sofrer uma transformação desconcertante, transformando-se gradualmente em algo completamente diferente. Cautelosamente, ele deixa Sorín deitado na cama e se dirige a uma cadeira no canto do quarto. Lá ele senta-se, observando com espanto enquanto a mulher-lobo se transforma lentamente em um ser extraordinário: um pássaro enorme com uma cabeça humana que permanece intacta. A surpresa e a perplexidade se misturam na mente de Mat enquanto ele observa a estranha metamorfose de Sorín. A maneira como seu corpo se transforma nessa criatura híbrida, uma combinação de bruxa e vampiro conhecida como Strigoui Viu, é ao mesmo tempo fascinante e perturbadora. O pássaro resultante é imponente e majestoso, com um tamanho que excede todas as expectativas. Suas asas abertas parecem abranger toda a sala, preenchendo o espaço com uma presença sobrenatural. No entanto, apesar dessa transfor