Timothy Minha cabeça ainda dói, aparentemente o remédio que Catarina me deu não fez efeito algum.A tempo não tinha olheiras tão profundas como as de hoje. Um lembrete para eu não virar a noite bebendo mais. Uma idiotice pensar que o álcool fosse amenizar o que estou sentindo por Isabella.Passo as mãos pelos cabelos após fechar a porta da biblioteca atrás de mim.Depois da conversa com Catarina tenho plena certeza de que nada que eu faça vai me fazer deixar de sentir. E um desejo inconsequente de viver esse sentimento toma conta de mim, juntamente com o medo.Medo que já não é mais de me ferir, e sim de machucá-la. Isabella merece algo verdadeiro e eu tenho de não ser capaz de lhe dar isso. Tenho medo de que em algum momento eu posso agir como meu pai.Eu fui um idiota por ter me afastado daquela forma na primeira vez que a beijei, e ontem à noite eu se quer fui capaz dizer algo quando ela disse para não me aproximar mais. Eu deveria ter falado de como eu quero ficar perto dela, de

Isabella Não deveria me sentir assim. Não quando eu não tenho nada com Timothy, foram só dois beijos, intensos e deliciosos.Balanço a cabeça tentando afastar as lembranças do gosto dos seus lábios e de toque firme das suas mãos.Eu sou patética por estar pensando nele dessa forma logo depois de ver aquela mulher dependurada em seu pescoço.Enfio a pá na terra do vaso com força.Não consigo não ligar. Eu estou decepcionada, e com raiva. Raiva de mim por pensar que ele poderia mesmo estar apaixonado por mim. Sendo quem eu sou, está óbvio que ele só quer que eu seja mais uma em sua cama.Sandie e Catarina também se enganaram.Só queria entender por que dele ter dado um quarto como aquele para Tomas e ainda me permitir ficar no quarto ao lado. Talvez para conseguir me levar para cama mais rápido e me descartar com a mesma velocidade.Sinto um nó na garganta, junto das lágrimas que depois de muito tempo sendo seguradas descerem pelas minhas bochechas.— Argh! Eu não devia estar chorando

Isabella Estou uma pilha de nervos, não consigo raciocinar bem desde de manhã, desde que Timothy me disse tudo aquilo.Estou feliz por saber que o que sinto por Timothy é recíproco, e em alguns minutos estaremos jantando juntos, mas não me deixa menos nervosa, eu e ele jantando, só nós dois.Eu sempre sonhei em viver esse momento como nos meus filmes favoritos, mas eu não sei como agir e me portar diante disso.— É claro que seria mais fácil nos filmes — passo os dedos pelos fios de cabelo.— O que disse? — Sandie pergunta erguendo corpo sem se levantar da cama.Timothy lhe contou sobre o nosso encontro e ela não saiu mais do pé o dia todo. Tifany e Catarina trouxeram o pouco que eu e Tomas temos para os nossos quartos. Não assimilei o fato de estar no quarto ao lado do de Timothy, mas terei tempo para isso.O quarto é igual aos dos demais hóspedes, jamais imaginaria dormir em um quarto tão grande e elegante como esse. Já que desde sempre divido meu espaço Tomas, não que isso seja

IsabellaTimothy subimos as escadas de mão dadas.Confesso que estou um pouco decepcionada por ele não ter tentado me beijar em nenhum momento durante o jantar ou quando voltávamos para casa.Eu não vou ser hipócrita de fingir que está tudo bem, e que isso e só um detalhe, mas eu estou louca para beijá-lo, louca para sentir o seu toque e o turbilhão de sensações que toma o meu corpo quando estamos tão perto.— Você gostou do jantar? — pergunta.— Não só do jantar — sou sincera.— Posso dizer o mesmo — sorri, beijando a minha mão.O simples contato faz meu corpo se arrepiar.Paro de frente a porta do meu quarto, dando um sorriso fechado.— Acho que posso crer que aceitaria um convite para um segundo encontro. Prometo fazer algo mais cinematográfico da próxima vez — dá uma piscadela.— Foi um ótimo primeiro encontro — respondo, dando uma risada.Ele realmente se empenhou, para que tivéssemos um jantar especial. Pude conhecer um pouco mais de Timothy , de uma forma diferente do que eu i

Timothy Acordei em um sobressalto, e entrei em pânico em não ver Isabella dormindo ao meu lado.Me levanto, vendo a mancha um pouco mais escura sobre o lençol, a prova de que tudo tinha acontecido e eu não tinha vivido um sonho. Tinha feito o melhor sexo da minha vida, é estranho chamar assim, porque não foi só sexo, vou além disso, foi conexão, desejo, amor. Algo que talvez eu nunca tenha sentido antes. Mesmo sendo um homem que não tem nenhum pudor quando se trata de sexo, o que vivi com Isabella foi diferente, som dos seus gemidos, a forma como se entregou a mim, o seu toque delicado e ao mesmo tempo desejoso, sensual. Foi mágico.Olho para meu pau duro, com uma gota de excitação na ponta, pulsando, necessitado de estar dentro daquela boceta apertada.É enlouquecedor saber que foi o primeiro homem a tê-la, o sentimento de posse, de necessidade de ser o único.Definitivamente não posso mais ficar longe de Isabella, eu quero tudo com ela.Fazê-la sentir todo o prazer que sou capaz