RavennaA ansiedade me consumia enquanto voávamos de volta para Shelton. Cada pensamento meu era uma facada de medo e culpa. Rubi. Minha filha pequena e inocente, perdida em algum lugar, provavelmente assustada, sem entender por que seus pais não estavam lá para protegê-la. Eu precisava chegar em casa. Precisava ver com meus próprios olhos que ela não estava lá.O som da voz de Benjamin e Connor conversando no jato era um ruído distante para mim, palavras que não consegui absorver. Meu mundo estava preso em um ciclo interminável de pavor e desesperança, uma espiral que me arrastava para mais fundo a cada segundo que passava. Tudo o que eu conseguia fazer era imaginar o pior, cada cenário mais horrível que o anterior.Quando aterrissamos em Shelton, uma enorme orla de seguranças cercava o jato. Eles formaram um corredor enquanto descíamos, mas eu só conseguia ver isso como mais uma evidência do quanto estávamos cercados pelo perigo. Não importava quantos guardas estivessem ao nosso redo

BenjaminA raiva de Ravenna queimava como uma fogueira descontrolada enquanto corria em direção à sede. Gritei seu nome, tentando alcançá-la. “Ravenna, espera! Ravenna, pare!”Ela não diminuiu o passo, a determinação feroz em seu olhar refletindo sua única prioridade: encontrar Rubi. A entrada da sede estava cheia de rostos familiares, todos sombrios e tensos. Os olhares pesados das pessoas ao nosso redor me cortavam como lâmi

EsterA cela na mansão de Mason era fria e opressiva, cada pedra das paredes parecia carregada de dor e desespero. Estávamos aglomerados no espaço apertado, prisioneiros de um homem cujos desejos de poder superavam qualquer limite de moralidade. Eu observava os outros detentos, compartilhando a mesma miséria, tentando manter a esperança viva, mesmo que a realidade insistisse em arrancá-la de nós. Era uma constante batalha para não ceder ao medo e à desesperança.A porta da ala das celas rangeu, e um soldado entrou, carregando algo que chamou minha atenção. Um bebê, envolto em um cobertor. Minha mente tentou processar o que estava vendo, e meu coração acelerou. Quando o soldado colocou o bebê em uma cela lateral, um pânico familiar começou a crescer em meu peito. A princípio, não entendíamos o que estava acontecendo, até que meus olhos se focaram nos cachos dourados e nas pequenas mãozinhas. Meu coração parou."Rubi." o sussurro saiu de meus lábios.Senti o chão desmoronar sob meus pés

RavennaEu estava desolada. A casa dos pais de Benjamin, estava tranquila, mas meu coração estava em pedaços. A dor era um poço sem fundo, e cada minuto que passava parecia me afogar mais nele. A perda de Rubi era um tormento constante, uma ferida aberta que eu não conseguia suportar. E agora, aqui estávamos, tentando li

RavennaA sala de estar da casa da família de Benjamin estava impregnada com uma tensão sufocante. O ar parecia denso, quase palpável, carregado com o peso da dor e da incerteza. As conversas eram baixas, abafadas pelo luto, e os rostos ao meu redor refletiam uma mistura de desespero e angústia. Eu estava afundada no sofá, as lágrimas escorrendo silenciosamente pelo meu rosto. Liby, a irmã mais nova de Benjamin, de apenas 8 anos, estava ao meu lado, abraçada a mim, tentando com seus braços finos oferecer algum consolo. Eu mal conseguia registrar a presença dela, perdida em um turbilhão de emoções.Os pequenos dedos de Liby apertavam a barra da minha camisa, e seus olhos azuis me fitavam com uma preocupação esmagadora. “Vai ficar tudo bem, Ravenna?” sua voz era um sussurro trêmulo, carregado de uma inocência dolorosa.Tentei forçar um sorriso, mas a mentira quase me engasgou. “Sim, Liby. Vai ficar tudo bem,” menti, sentindo um aperto em meu coraç