Na manhã seguinte, quando o primeiro raio de sol bateu na sala da casa, Filipo acordou sentindo um perfume delicioso ao seu lado, estava abraçado a sua amada, seus cabelos longos estavam caídos sobre seus braços. Memórias da noite passada vieram à sua mente, ela era perfeita, a melhor de todas, como pôde demorar tanto tempo para tê-la assim, em seus braços? Como foi um bobo procurando por tantas mulheres na rua, mal sabendo que a melhor estava dentro de sua própria casa? Amália era sua, de alma e corpo.No lençol jogado ao chão, haviam marcas de sua pureza, esse era o sinal de ser só sua, jamais a deixaria ir, faria de tudo para conquistar seu coração, até que ela sentisse o mesmo por ele. Se levantou com o maior cuidado para não acordá-la, foi em direção ao banheiro tomar um banho quente, quando se olhou no espelho, percebeu seu semblante totalmente diferente, pela primeira vez na vida, se sentiu um homem de verdade, pelo simples fato, de que agora só queria uma mulher na sua vida, e

Após Filipo sair de casa, Amália resolveu ligar para Lisa, mesmo que as duas haviam combinado de sair só no próximo fim de semana, ela queria fazer alguma coisa fora, já que estava cansada de ficar em casa.— Oi, Lisa, que está fazendo de bom? — Falava ao telefone.— Nada, só estou em casa com os pés para cima, aproveitando nossos dias de férias.— Que tal se sairmos para fazer algo? Quero muito comer alguma coisa diferente, que tal? — Não sei, estou sem grana essa semana, que tal se fazermos outra coisa diferente?— Não se preocupa com o dinheiro, eu estou te convidando.— Não quero parecer a amiga que sai com você por interesse, eu sei que você é milionária, mas não gosto de me aproveitar não!— Ah, que é isso, não se preocupa não, se arruma, que passo aí agora para te buscar.— Tudo bem, mas já que vai passar por aqui, suba até meu apartamento, quero te mostrar uma coisa.— O quê?— Meus novos desenhos, seria bom escutar alguma sugestão sua.— Tudo bem, já chego aí logo, logo!Amá

— Como assim Lisa? — Perguntou atordoada.— Bem, não estou apoiando o que seu marido fez, mas saiba que largar ele agora, é o mesmo que colocá-lo numa bandeja e entregar para aquela mal amada.— Não seria tão mal, afinal, seriam dois mau-caráter juntos, um merece o outro.— Amália, você não ama o seu marido não? A pergunta lhe tocou em seu ponto mais frágil, se dissesse que não, estaria mentindo, mas de que servia o amor, se não estivesse ao lado do respeito?— Lisa, vou te confessar algo. — Então Amália contou tudo que aconteceu com ela, desde o dia que conheceu Filipo, até hoje, mais cedo, quando o pegou no flagra.Lisa estava com a mão na boca, após ouvir toda a história da amiga.— Amiga, essa história é a mais absurda que já ouvi na minha vida, eu nem sei o que dizer, seus pais, seus sogros, seu marido… Não sei quem são os piores.— Não fique tão chocada assim, infelizmente, é isso que se passa comigo, pode imaginar como estou me sentindo agora? Eu queria tanto acreditar que ele

A cara de Ingrid havia mudado, sua feição era assustadora e parecia ser possuída por algo muito maligno.Filipo sabia que deveria manter a calma, se não quisesse pôr tudo a perder, já que ela sabia muitas coisas sobre ele, que poderia estragar a sua reputação, não só com Amália, mas com toda a sociedade, entretanto, se a deixasse ficar no controle, saberia que estava perdido, então, resolveu usar um recurso que tinha ao seu favor, o poder.— Escuta Ingrid, não dê uma de maluca, vamos encerrar essa conversa aqui! — Você me tratou como um objeto Filipo, me descartando depois de não precisar mais de mim, não se importa com o que estou sentindo nem um pouco? — Eu nunca te prometi nada, nunca disse que o que tínhamos seria para sempre, então não me faça perder a paciência, não tem noção do que posso fazer quando me sinto ameaçado, acha que não posso fazer você sumir do mapa no simples estalar de dedo? — A olhou nos olhos fixamente. — Sabe que uma pessoa como você, é muito fácil de acorda

Era sábado pela manhã, quando Amália se assustou com Filipo na cozinha, preparando o café da manhã, ele estava pondo as coisas à mesa e arrumando os talheres, sua feição estava bem leve, parecendo estar de bom humor.— Bom dia, Amália, vejo que acordou mais cedo do que o costume, como dormiu a noite? — Disse com um sorriso receptivo, indo até ela e dando um leve beijo em sua testa.— Bom dia, eu dormi bem, obrigada! O que faz na cozinha numa hora dessas? — Perguntou curiosa. — Esse não é o serviço da Maria?— Resolvi dar folga a ela hoje, queria preparar o café pessoalmente para você. — Continuava com o sorriso no rosto.— Ah… — Disse desconfiada. — Existe algum motivo específico para isso? — Questionou desconfiada.— Bem… quero passar mais tempo com você em casa e quero me sentir mais familiarizado com o ambiente, sinto que não devemos fazer deste lugar um lar, preparar as coisas pessoalmente, fazem me sentir mais próximo.— Entendi… — Resolveu não questionar muito. — Sente-se aqui.