Capítulo 162TessáliaSe estou ansiosa?Você não faz ideia.Desde que a Melinda me disse da possibilidade de ter mais um bebê que, em cada ultrassom que faço, respiro aliviada ao saber que não tem mais nenhuma surpresinha. Não que eu vá desprezar meu bebê se por caso acontecer, mas gente, vocês têm que concordar comigo que, cinco é de enlouquecer. Nem sei como ainda não surtei com os quatros!Se bem que, cada vez que falamos no quarteto e vejo o sorriso orgulhoso do meu marido, eu até esqueço os desconfortos que estou sentindo. Porque loucura ou não, nós temos mesmo do que nos orgulhar. Só peço a Deus paciência e controle para saber lidar quando chegar o momento de alimentar e trocar fraldas.— Preparados para saber o sexo dos bebês? — Pergunta Dra. Miranda quando nos sentamos a sua frente, como sempre fazemos, respondendo o seu questionário.Ela verifica a minha pressão arterial, me pesa para saber quanto eu engordei, pergunta sobre a alimentação, exercícios, enjoos... Graças ao pai,

Capítulo 164TessáliaOh céus!Mesmo com o tiroteio tendo sessado, meu desespero não diminui, pois ao chamar por Owen só o ouço gemer, ainda mantendo seu corpo colado ao meu e seus braços me abraçando, protegendo minha barriga e meu medo é que além dele algo tenha acontecido com meus bebês.— Owen! — Grito quando meu padrinho chega perto, assim como também o Gabriel e sou afastada de Owen, olhando em seguida para ele, vendo-o emborcado no chão, com o corpo coberto de sangue.— Não! Não! NãooooooMe desespero, soltando-me de Gabriel, voltando para perto dele, do meu amor, tocando o seu rosto lindo que faz careta de dor e parece ter dificuldade em respirar. Não ligo com as dores que estou sentindo em meu lado, que com certeza está machucado pela queda, olho para mim vendo que não estou sangrando e também não sinto dor em minha barriga, minha preocupação é ele.— Amor! Ursinho!— Tess! — Seus olhos estão nos meus e mesmo sentindo dor, sua preocupação é para comigo e nossos bebês, pois su

Capítulo 166KatrinaPoucas vezes saímos para ver a luz do sol. Poucas vezes somos deixadas no pátio para praticarmos algum exercício. Mas hoje por acaso, é um desses dias.Sentada, olho para os lados, procurando ver onde estão os guardas que nos vigiam e guardam os portões.Começo a me mover por entre as detentas, tentando não chegar perto daquelas com quem não devo me misturar, e procuro a todo instante uma falha, uma brecha, algo por mais pequeno que seja, que me permita sair desse lugar.— Procurando o que, sua loira azeda?— Não é de sua conta! — Respondo para Virginia que continua me encarando e devagar tento sair de perto, porém sem perceber acabo esbarrando em alguém e quando olho, vejo que se trata de Cameron.Poucas vezes em minha vida senti o suor frio e gelado, descendo por minha espinha, a maioria das vezes que tive esse sentimento foi aqui dentro, porém nenhum como agora.— Além de vaca, agora é cega!— Eu não vi que você estava aí atrás. — Digo e tento sair, mas sou seg

Capítulo 168OwenObservo Tess, enquanto vou respondendo às perguntas da enfermeira que checa os fios ligados a mim. Não sei direito o que aconteceu naquele estacionamento quando abracei Tess e tentei com meu corpo protege-la. Sei que em seguida eu senti alguém caindo em cima de mim, como se também estivesse me protegendo, porém não sei quem foi, pensei até ter sido Torres, mas lembro bem dele conversando comigo e com Tess, enquanto pressionava meus ferimentos e evitava que me esvaísse em sangue, naquela calçada.— O que aconteceu? — Pergunto, assim que a enfermeira sai.— Nada. Só estou informando para todo mundo que você acordou. O que a enfermeira disse? Ela foi chamar o médico?— Acho que sim. Tess, sabe dizer o que aconteceu lá, depois que fui baleado?— Não sei quase nada. Mas sei que a Lily sobreviveu, apesar da Shaw dizer que ela está em estado crítico.Lily!Quem poderia imaginar que aquela menina que foi criada praticamente dentro da casa dos meus pais, brincando junto com

Capítulo 170 Meses depois... Tessália Acordo mais uma vez com a vontade imensa de ir ao banheiro e busco na cama um jeito para me levantar sem que acabe acordando Owen, o que parece não ser possível. Minha barriga está cada dia maior o que não está sendo fácil, dormir. Aliás, nada tem sido fácil. — Pensando em ir pra onde? — Pergunta Owen abraçando minha imensa barriga, segurando-me junto a ele. — Tentando ir ao banheiro. — Sorrio. — Bebês, não tem te deixado dormir, hein! Vem, deixa que eu te ajudo. Já falei para me chamar e não ficar tentando fazer tudo sozinha. — Ursinho, só estou tentando ir ao banheiro. — Se ele pudesse carregava ele mesmo esses bebês na barriga. Com dificuldade me levanto e mesmo dizendo que posso fazer sozinha, ele vem se abaixa em minha frente e desce minha calcinha. — Você até pode fazer só, mas eu estou aqui e posso muito bem te ajudar. O que eu devo fazer, reclamar? Claro que não. Sorrio e após terminar, me secar e lavar minhas mãos, deixo um bei