Henry M I T C H E L - Narrando ♛ Eu estava aceitando aquilo tudo, porque achei em Hana uma nova oportunidade para continuar. Ela me fazia querer viver e me tornar uma pessoa melhor e mesmo sabendo que essa frase é um dos mais clichês, eu não conseguia mudar meu pensamento. Mas Hana parecia ter se apagado ao ouvir Su-Jin falar comigo e eu não tive como me explicar. Quando ouvi o nome do meu pai e Su-jin planejando me ajudar, já logo me liguei no que aconteceria a seguir. Antes de eu conhecer a família Backer, meu pai e o senhor Kang já eram sócios e como de costume dos Coreanos, eles costumam juntar seus filhos em casamento, para fortalecer os laços. Naquela época, eu pedi meu pai que não me fizesse isso e ele atendeu. Mas quando Hana cogitou sobre a separação e meu pai percebeu o que estava acontecendo, ele se uniu ao senhor Kang. Conhecendo ele bem, ou o senhor Mitchel está fazendo isso para que eu e Hana nos resolvamos logo, ou para nos separar de vez. Então, fiquei em silênci

Henry M I T C H E L - Narrando ♛ Depois daquela terrível conversa em família, como dizia meu pai; Hana e eu voltamos para o quarto e nos deitamos juntos para assistir um filme. Eu preferia quando tínhamos mais liberdade em nossa antiga casa, sempre me lembrava do dia em que Hana voltou a cidade na véspera de natal, com roupas frescas e os cabelos amarrados de forma irregular, bebendo aquele vinho. Ela não se lembra, mas foi a primeira vez que a ouvi dizer que me amava. Hana estava embriagado e como a minha tolerância para álcool é alta, eu me lembrava de cada detalhe. Hana estava a vontade, dançando e sorrindo; nunca tivemos um momento assim antes. Aquela foi a primeira vez que eu a vi tão natural, como a menina de antigamente. E foi assim que me apaixonei por ela, mais uma vez! Depois daquele dia, eu fiz de tudo para me manter ao lado dela, até o dia do acidente. Hana me fez querer isso de novo e de novo! Ela abaixou o volume da televisão e deitou apoiada em meu peito; come

Hana B A C K E R - Continuação....♛ Eu fiquei anestesiada com aquela notícia, não tive reação alguma além da surpresa. —O que foi? Não vai falar nada? - Perguntou Every me estendendo a folha. —Vou! Não ouse contar isso à ninguém. Respondi a vendo me olhar assustada. —Como assim? Não vai contar para ele? - Perguntou ela me vendo balançar a cabeça em negação. —Ele não precisa saber. Você me disse que está prestes a se casar e eu não quero atrapalhar isso! - Respondi cabisbaixa, vendo o silêncio tomar conta de todo cômodo. Voltei a olhar para a comida e tentei mais algumas vezes comer com calma, mesmo sentindo uma lágrima escorrer dos meus olhos. Eu as limpei, sendo abraçada em seguida por Every. —Você sabe que não conseguirá manter por muito tempo certo? Sabe também que não será fácil e que teremos que reformar o nosso apartamento, mas eu estrei com você tá! - Disse ela me fazendo chorar. Eu não sabia se aquele sentimento era bom ou ruim, a sensação de ter um bebê no meu ventre

Hana B A C K E R - Narrando ♛ Acordei com o meu celular tocando distante; esfreguei meus olhos algumas vezes tentando despertar e ao olhar ao redor, vi uma imagem ereta sentado em uma poltrona. — Onde estou? - Perguntei fraca, tentando me sentar, mas a minha cabeça parecia tão pesada, que voltei a encosta-la no travesseiro. Notei um acesso em meu braço e quando ia puxa-lo, uma voz grave e de quem eu menos esperava me impediu. — Se eu fosse você, não faria isso! - Disse Henry com um timbre frio. — Mas você não é! - Respondi puxando e ao me sentar, senti meu corpo rodar. Ele se levantou e veio apressado até mim, apertando o lugar onde sangrava com o indicador, enquanto me segurava firme. —Você pode ser menos teimosa, por favor? - Perguntou ele, entre dentes. Levei meu olhar até ele de forma fria e em seguida desviei o olhar. — Por que está aqui? Onde está Every? - Perguntei ainda sem o encarar. — Sua cumplice está lá fora conversando com Vicktória. Ia fugir antes de me contar, H

Hana B A C K E R - Narrando... Eu estava me sentindo entediada, já faziam quatro dias seguidos que eu estava presa na casa de Henry, cuidada por Iolanda, a governanta que veio da Mansão Mitchel por minha causa. Já eram dezenove horas quando recebi uma ligação de Every, pedindo que eu a encontrasse no teatro principal da Geórgia em uma hora. Como eu já havia tomado banho, apenas vesti um jeans com um casaco e cachecol, completando o look com uma bota. O clima de Atlanta havia mudado de repente para Boas-vindas ao inverno e eu gostava de climas frios; blusas, toucas e botas sempre foi meu ponto fraco para vestes. Terminei de me trocar e sequei meus cabelos, saindo em seguida na ponta do pé. Resolvi até pedir um táxi, para que ninguém reportasse a Henry o que estava acontecendo. Fui até a entrada da mansão e ao sair pelo portão, vi o carro amarelo parado na porta. — Boa noite, senhorita Backer? - Perguntou o motorista. Ele parecia jovem e foi simpático. — Isso! - Respondi vendo-o v