– As vezes penso sobre minha vida com bastante tristeza mas com alegria também. Tristeza pois não poderei conhecer e viver tudo que quero e alegria pois não sou e nunca serei como você aliás penso que sou melhor. Não encare como presunção minha, pois não é! Apenas uma afirmação, será eternamente preso à um passado infeliz sendo esse homem amargurado e sozinho mesmo sendo rodeado por tantas pessoas, algumas coisas nunca mudam mas acredito que muitas não mudam por causa das próprias escolhas que temos, escolheu ser um monstro, e tenho certeza que continua assim porque quer e gosta. Em um momento de raiva empurrei o corpo de Cecília com tudo na parede segurando seu pescoço com tanta força que poderia facilmente quebrá-lo. Ela ficou olhando para mim como se esperasse essa reação, como se quisesse morrer apenas enquanto apertava o seu delicado pescoço. – O que você tem hoje? Está me enfrentando como se não tivesse medo de morrer, deixei você pensar que poderia dizer e fazer qualquer cois

Sabia que iria acordar de manhã e Dário não estaria aqui, imagino que não queira me ver ou pensa que vou implorar para ficar mas não irei fazer isso. Apesar de tudo ainda tenho orgulho e vergonha na cara, jamais iria implorar para viver desse jeito por isso resolvi fugir, só espero que este plano dê certo. Minha vida depende disso, penso que essa chance que o destino está dando para mim seja justamente para mudar e realizar todos os meus sonhos. Antes de ir vou em todos os cômodos da casa observando cada canto desse lugar que foi meu lar mas ao mesmo tempo minha prisão, sentiria falta daqui. Diferente da mansão Ferraz, nesse lugar conheci o grande amor da minha vida mas também meu pior algoz, seria difícil me acostumar com a vida fora daqui já que sempre fui prisioneira mas não seria impossível. Conhecer o mundo sempre foi meu sonho mas agora diante da proximidade de realizar esse desejo sinto medo, pavor e até mesmo pânico, será que vou conseguir me adaptar? – Preciso arrumar um em

Um ano depois Dário – Não vai contar? Tudo bem! Hoje é um ótimo dia para começar a usar meus novos brinquedos. Caetano, traga o taco. Um ano se passou desde do dia do meu maldito casamento, Nina se mostrou uma esposa exemplar mas ela não é quem eu queria ao meu lado, é apenas um meio para um fim como no começo.Como ela está protegida pelo contrato voltei à matar prostitutas depois do sexo, sempre que estava com elas via meu lindo brinquedo mas não era ela, por isso matava as malditas por ódio de não serem minha Cecília. Queria ir até aquele maldito bordel, tirar meu brinquedo de lá e levar de volta para mansão onde é o seu lugar mas a razão nunca permitiu, sabia que depois de um ano, ela não seria mais à mesma, tenho certeza que depois de ser usada por muitos e ser abandonada por mim seu amor agora deve ter se tornado ódio, mesmo assim algo dentro de mim grita por ela, chama por seu nome e clama por sentir seu corpo mais uma vez mas não posso fazer isso. Nina espera um filho meu

– Quer ajuda, Lu? – Nossa, Cecília! Já está tarde e esse povo não foi embora, senhora Conceição diz que eram poucos convidados só não comentou que eles iriam vir acompanhados! As mulheres são magras mas comem como se nunca tivessem visto comida na vida, pior são os homens que bebem feito gambás, pensei que Tomás viria me buscar, o que houve? – Até que ele ia vir mas aconteceu um imprevisto no armazém, Tomás teve que voltar! Mas já que estou aqui irei ajudá-la, assim vamos terminar mais rápido, poderemos ir embora. Luana acabou aceitando minha ajuda, apenas coloquei o avental do uniforme indo com uma das bandejas até a sala de jantar, como já é de costume senhor Bernardino está engolindo uma de suas inúmeras namoradas junto com outros homens com suas respectivas putas. Agradeço à Deus todos os dias por ter colocado Luana e Tomás em minha vida, com certeza teria o mesmo destino que essas coitadas. Começo a servir notando como os homens mesmo acompanhados não tiravam os olhos de mim

Dário Acordei naquela manhã sentindo uma sensação tão ruim que nunca senti antes, quando mandei Tomás levar Cecília sempre imaginei que poderia seguir sem ela mas a cada maldito dia desse último ano se tornava mais difícil não sentir seu cheiro, não conversar com ela ou até mesmo estar ao seu lado que percebi a necessidade que tinha de tê-la só para mim. Agora não havia como voltar no tempo impedindo minhas ações contra meu brinquedo, tudo estava acabado inclusive eu estava destruído por saber que nunca mais iria vê-la. Acabei ficando na mansão acordando no quarto que um dia foi dela tentando de alguma maneira sentir seu perfume naqueles travesseiros mas não havia mais nada ali que lembrasse minha Cecília. Vejo que já são mais de 09:00 da manhã, notando várias chamadas perdidas em meu telefone, algumas da minha mãe, de Caetano mas a que me deixo em alerta foi à do meu pai, o velho Albertini nunca me ligou. Retorno apenas a chamada de Caetano que assim que ouvi minha voz do outro lad