Orquídea narrandoEu me ajoelho no meio do quarto, eu estava nua e já tinha colocado a coleira e prendi as menores em minhas mãos e pernas.Eu estou decidida que iria falar tudo a ele, meu coração chega está acelerado e eu só conseguia pensar em falar toda a verdade, ele entra dentro do quarto e não diz nada. Ele apenas anda pelo quarto em silêncio, eu continuo de cabeça baixa.Eu acho estranho a forma que ele está agindo, ele se aproxima de mim em silêncio e pega as minhas mãos colocando para trás, ele as prende uma na outra.- Rafael – eu falo baixo e ele não me responde – Rafael – ele coloca algo na minha boca e me impede de continuar falando.Ele me levanta e não olha em meu rosto, ele coloca os meus braços por cima da minha cabeça me deitando em uma poltrona que era em formato de onda, ele prende as minhas mãos para cima e prende os meus pés.Eu tento virar meu rosto para ver ele, mas eu não consigo, ele está atrás de mim. Eu tento me mexer ou negar com a cabeça para que ele tira

Orquídea narrandoEu tinha sonhado a noite toda com a minha mãe e com a Maria Flor, eu estava tão cansada e assustada que dormi com os testes de gravidez sobre a cama.- Isso são testes de gravidez? – minha madrinha pergunta.- Como você entrou? – eu pergunto- O porteiro abriu, estava preocupada com você – ela diz – quando fui atrás de notícias, descobri que você estava presa.- A mãe dele me ajudou a sair – eu falo.- Ele sabe? – ela pergunta- Eu não sei se ela contou – eu falo- E a gravidez? – ela pergunta- Eu não contei, descobri depois – eu falo – eu não sei o que fazer, eu pensei em ligar para ele, mas duvido que ele iria me atender. Eu estou perdida.- Vamos embora – ela fala.- Para onde? – eu pergunto – o que eu vou fazer com essa criança?- Sua mãe foi forte o suficiente para te criar sozinha – ela fala – você não vai ser forte suficiente para criar essa criança sozinha? – ela me encara – Sua mãe foi rejeitada por todos e não baixou a cabeça.- Só que meu pai morreu e dei

Orquídea narrandoFerdinando encara e ele encara ela.- Vem para cá Orquídea – Rafael fala – a policia está lá fora e seja o que você queira fazer com ela, você não vai fazer.- Calma – Ferdinando fala – Orquídea está em segurança agora.- Com você? – ele pergunta – você tentou estuprar ela.- Ele é meu pai – eu falo e Rafael me encara – ele é meu pai , eu quero ir embora daqui.- Vem comigo – ele fala.- Eu não quero ficar com você Rafael – eu falo e ele me olha – eu odeio vocês dois – eu olho para eles – Você estuprou a minha mãe e tentou me estuprar.- Eu achei que você sabia do plano – Ferdinando fala- Que plano? – Rafael pergunta- Não interessa! – eu grito – Você me humilhou diversas vezes – eu encaro Rafael – me humilhou com as suas palavras e com suas ações, você me humilhou desde o primeiro dia que me conheceu. Você sempre achou que eu era uma prostituta e sempre deixou claro isso com as suas palavras.- Me perdoa – ele fala- Eu não quero perdoar vocês dois, eu não quero e

Rafael narrandoYago entra na sala com vários relatórios.- Nossas vendas do carro elétrico estão a mil - Ele fala- Eu sempre disse que seria sucesso - Eu falo.Eu pego meu celular e tento ligar novamente casa e depois para Orquídea mas ninguém me atende.- Não parece feliz com as vendas - Yago fala.- Não é que estou tentando falar com alguém lá em casa e ninguém atende - Eu falo - Orquídea deve ter deixado o celular em casa e saiu com jasmine.Meu celular toca e era mamãe.- Você me ligou meu amor? - Ela fala.- Sim, mamãe. - Eu falo para ela. - Queria saber se você já está em casa.- Não. Eu vim comprar alguns presentes para o meu novo netinho - Ela fala. - Acho que isso vai animar Orquídea.Chega algumas fotos em meu celular que era das coisinhas que ela tinha compras.- São lindas - Eu falo.-, Orquíde anda tão para baixo que eu acho que isso pode animar ela - Ela fala. - Se animar com esse bebe que está vindo sabe.- Sim , eu vou conversar com ela quando eu chegar também. - Eu

Capítulo 73Orquídea narrando3 meses depois...3 meses se passaram desde a morte de Henzi e Maria flor, a gente ficou esperando até elas afundarem e ter certeza de que elas foram mortas, eu tinha pesadelos com aquela cena todas as noites.Só que eu confesso que muita coisa mudou dentro de mim também, depois que eu deixei ser tomada pela raiva e pela vontade de ver as duas mortas, algo dentro de mim mudou.- Me perdoa mamãe se eu perdi toda a inocência que você queria que eu tanto tivesse – eu falo segurando a sua foto – eu sei que você me protegeu de todas as formas possíveis.Eu deixo a foto de lado quando Jasmine entra no quarto caminhando e eu sorrio para ela.- Nene – ela fala apontando para minha barriga – Duda – eu sorrio para ela.- A Duda está a caminho – eu falo sorrindo.Era uma menina que seria linda que nem a Jasmine, teria os olhos de Rafael e os meus traços, eu já tinha até mesmo sonhado com o rostinho dela.- Vó – Jasmine fala correndo até a mãe de Rafael.- Vou levar