Já fazia uma semana que tínhamos nos mudado para a mansão quando eu e Lina fomos passear no shopping juntas. Ela foi a minha única amiga que realmente ficou do meu lado durante a tempestade e também, se não fosse por ela, eu não teria arrumado o emprego e nunca teria tido a chance de conhecer o homem da minha vida. Estávamos comendo em um restaurante especializado em delícias mineiras quando eu ouvi uma pessoa gritar o meu nome: - Melina! Quanto tempo. Olhei pro lado e vi uma prima minha, que não falava comigo desde a morte do meu pai. Isso fazia tanto tempo que eu nem lembrava o nome dela direito: - Prima... Quanto tempo mesmo.- Eu nem acredito que te encontrei. Se existisse um detector de falsianes nos shoppings ela não teria conseguido entrar aqui.

Eu estava com a Lina no shopping e ainda estava chateada pela situação com a minha prima.Nem mesmo torrar todo o limite do meu cartão de crédito me acalmou.Estávamos na porta esperando o Rhavy quando eu vi o carro dele e a placa também era a dele. Quando acenei pra ele nos ver a Lina disse:- Isso é uma Mercedez?- Bonita, né?- Bonita é pouco, ela é linda.- É o xodó dele.Assim que ele parou eu vi que ele não estava sozinho, um cara muito parecido com ele estava junto.Abri a porta e nós duas entramos no banco de trás para irmos pra mansão:- Oi amor, se divertiu bastante?- Mais ou menos...- Tá vendo esse bundão no banco aqui do lado? É meu irmão, Radesh.- Prazer, Radesh. Meu nome é Melina.- Eu já sei tudo sobre você, o Rhavy me contou muitas coisas.- É mesmo?- Sim, meu irmão tá louco por você.- Essa daqui é minh

Radesh parecia um daqueles adolescentes pirracentos que preferem ficar provocando a menina que estão a fim ao invés de se declarar.Pro azar dele Lina odeia joguinhos e raramente fica com homens assim.Quando acordei na manhã seguinte a noite da pizza com maratona dos filmes Legalmente Loira 1 e 2, rolei na cama e percebi que estava sozinha.No final do segundo filme o sono bateu forte e eu pedi licença para todos e vim dormir. Foi só encostar a cabeça no travesseiro que eu caí dormindo igual uma pedra.Me levantei, me espreguicei toda e quando estava indo para o banheiro eu ouvi o Rhavy conversando com o Radesh na cozinha.Os dois pareciam bem animados para ser apenas oito horas da manhã. Fiz a minha higiene matinal, coloquei um robe por cima do meu baby doll de carneirinhos e desci as escadas.Assim que Rhavy me viu ele sorriu para mim

Eu e Lina nos sentamos na varanda do lado da piscina, eu olhei para ela e disse:- Então, você e o Radesh?- Foi a melhor noite da minha vida, ele sabe o que está fazendo.Ela deu um sorrisinho e disse:- Com certeza sabe.- Ih, tá apaixonada, é?- Apaixonada não - ela ficou séria - pelo menos ainda não.- Em que momento vocês pararam de tentar se matar e começaram a se amar?- Se amar é uma palavra muito forte, eu diria só transar.Dei uma risadinha e disse:- Mas como isso aconteceu?- Bom, depois do filme você e o Rhavy foram dormir e eu e o Radesh ficamos sozinhos na sala, ele começou a me provocar e acabou acontecendo, sabe?Vi os irmãos Himesh se aproximando e ela parou de falar na hora e percebi que ela ficou tensa.Rhavy abriu a porta e logo Radesh sentou do lado da minha amiga:- Então, você fez faculdade

Assim que Rhavy me disse que iríamos almoçar na casa dos pais dele eu me senti pesarosa.Eu nunca gostei da ideia de ter enganado os pais dele na cara dura, fora que essa sensação de ter feito coisa errada só aumentou quando eles se preocuparam comigo no hospital.Para piorar toda a situação Rad ficou insinuando que faria só um camarote com mulher bonita na balada e, apesar de Rhavy ter pulado fora logo em seguida, eu fiquei com ciúmes imaginando ele com outras mulheres.Assim que entramos na casa deles, Shankar e Lakshimi foram super simpáticos comigo e perguntaram como estava indo a gravidez depois de tantos traumas.Agora estamos aqui almoçando como uma linda e grande família feliz e é tudo o que eu desejava quando vivia sozinha:- Que história é essa de viajar sozinho pros Estados Unidos? Todos nós queremos estar lá na sua formatura - falou Lakshimi.- Não é uma coisa tão importante - falo