Capítulo IV

Marcos estava impaciente. Já passava de uma da manhã e até o momento nenhum contato. O canal da rede estava aberto.

“Não é possível, pensou. A codificação está correta, o canal está aberto e, no entanto, eles não fazem contato”.

O interfone tocou. Marcos atendeu já sabendo quem era do outro lado da linha o qual, inconformado, fez a mesma pergunta pela quarta vez.

— Não, Fredy! Nenhum contato até agora, respondeu Marcos enquanto acionava alguns botões de controle. Logo o satélite estará fora de operação pra nós...

— Não pode ser, retrucou Fredy com certo desespero na voz. Alguma coisa aconteceu!

Marcos procurou manter a calma, mas no íntimo também estava apreensivo. As últimas informações enviadas pelo Coronel Krismmel naquela tarde eram bastante preocupantes.

Marcos trocou o telefone de mão, reclinou-se na cadeira e tentou tranquilizar o Presidente.

— Vá descansar, Fredy, eu vou ficar aqui mais um tempo. Não pense no pior. Conheço bem aquela dupla. Perder não faz parte do conceito deles.

Fredy suspirou do outro lado da linha e Marcos continuou:

— De manhã, às onze em ponto, está marcado um novo contato que será feito do quartel. E fique sossegado. Por pior que tenha sido a situação, acredite, eles próprios enviarão a mensagem.

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