Algumas semanas depois…E saber que aos quinze anos desacreditei de tudo. Para mim não existia mais príncipes encantados, montados em seus cavalos brancos, ou fadas madrinhas que realizavam os desejos da pobre garota romântica e sonhadora, nem mesmo bailes, onde a humilde e bela garota se tornaria a mais belas das princesas. Simplesmente desacreditei do amor puro e sublime, da felicidade plena e passei a acreditar que a vida era um parque de horrores, escuro e cheio de medo. Meu Deus, como pude me tornar tão incrédula assim? Como pude aceitar de bom grado a maldade das pessoas e do mundo e me esqueci de sonhar?Este é o meu conto de fadas, onde o meu príncipe encantado não veio montado em um cavalo branco, mas ele é totalmente apaixonado por mim e eu tenho não só uma e sim, muitas fadas madrinhas dispostas a realizar os meus maiores desejos.— Olha esse Val. Ele é lindo e combina perfeitamente com a sua estatura. — Gisele, a mãe de Amanda diz me tirando dos meus pensamentos. Ela põe o
— Como ela está? — Escuto a voz de Bel distante devido à sonolência. — Por que não me chamaram assim que aconteceu? — Ele parece bravo, irritado ou nervoso. Não sei ao certo. Abro uma pequena brecha dos meus olhos pesados de sono e provavelmente inchados de chorar, e o fito caminhar de um lado para o outro do quarto.— Bel? — O chamo baixinho e ele vem imediatamente para a cama, me puxa para os seus braços e beija o meu rosto delicadamente.— Como você está, meu amor?— Eu estou bem! Era ela, Bel.— Ela quem?— Passei parte da minha noite tentando lembrar de onde ouvi aquela risada. Era ela, a Ângela. — Bel não parece surpreso. É como se soubesse que Ângela poderia fazer algo em algum momento. — Você sabia. — Afirmo. Ele engole em seco.— Podem nos deixar a sós? — Ele pede e só então noto a presença de Alzira no quarto e de Amanda.— Claro, querido. Vou preparar algo para Val comer. — Ela sai e Amanda a segue, fechando a porta atrás de si.— O que está acontecendo, Bel? — Procuro os s
Primeira Parte.Dez anos depois…Chego em casa depois de um dia cheio no escritório e como de costume, sou recebido com abraços eufóricos e muitos beijos da minha família. Amanhã Valter completará dez anos. Sim, já está um rapazinho enorme, e é um garoto muito inteligente, e muito esperto também. É interessante dizer o quanto se parece com sua mãe e que tem olhos claros dela, porém, sua pele é morena como a minha.— Papai! Papai! — Essa linda voz infantil e feminina é da Raquel, minha caçula. Ela tem apenas seis anos. O contrário de Valter, ela tem os cabelos finos e cacheados nas pontas, que caem como uma linda cascata, batendo na sua cintura. É uma garotinha cheia de vida e adora falar. — Vem ver o que compramos para o aniversário de Valter, vem papai! — Ela insiste, puxando-me pela mão direto para a sala de visitas. Minha linda esposa sai da cozinha com a nossa Clarinha nos braços. Observo seus cabelos agora mais compridos e escuros, realçando seus olhos claros e com o meu coração
Segunda Parte. — Bom dia, Valquíria! — Katy diz assim que entra em meu consultório. Ela é estudante de veterinária e minha assistente a dois anos também. Katy tem apenas dezoito anos, é loira e tem a minha estatura. É muito ágil e inteligente. — Encontrei esses bichinhos atoa na grama da praça, quando vinha para cá — fala e tira três filhotes de gatos brancos com manchinhas pretas espalhadas por todo o corpo de dentro da sua bolsa. — Posso pôr na gaiola de doação? — pede lançando-me um par de olhos pidões e fazendo uma carinha de cachorro sem dono. Seu drama me faz abrir um sorriso complacente, pois, sei o quanto é apaixonada por esses animais e não suporta vê-los abandonados nas ruas ou sendo maltratados. — Não precisava nem perguntar, você sabe que pode colocá-los lá — resmungo para a garota, fingindo indiferença satisfeita. O sorriso que abre em seguida é uma grande satisfação para mim. — Obrigada, doutora! — diz e me dá as costas. Olho as horas no relógio em formato de p
Capítulos do meu próximo lançamento. Título: Liberte-me! O que é preciso para conquistar a verdadeira felicidade? Eis uma pergunta que eu não sei responder. A alguns anos atrás eu pensei ser a garota mais sortuda desse mundo pois estava me casando com um homem extremamente bonito, elegante, educado, extrovertido e rico. Essa última parte era irrelevante, já que nada me faltava. Além disso, eu tinha uma família que amava e amigos eu amava. Mas isso ficou no passado. Meu nome é Eva Cross e para você entender melhor a minha história, terei que voltar um pouquinho para momentos bem tempestuosos, logo após a melhor lua de mel que qualquer mulher desejaria ter... Ele entrou em casa como sempre faz e imediatamente um empregado se aproxima, e segura o seu terno escuro, depois, o seu chapéu e seus olhos correm imediatamente para os meus. Como sempre, estou em pé feito uma estátua no centro da enorme e luxuosa sala de visitas, minhas mãos estão unidas na frente do meu corpo e no meu rosto tem
Eu queria que esse momento passasse tão rápido quanto um raio e que eu não sentisse nada, mas sei que ele fará questão que eu sinta cada dor, cada aperto e cada sensação de humilhação. Como um cão adestrado acato a sua ordem, pois sei exatamente o que faria comigo se o desobedecesse. Silenciosa, eu subo na cama, engatinho sobre ela e me posiciono bem no meio do colchão. Daqui o observo abrir os punhos da camisa e em seguida ele se livra do tecido deixando-o caída pelo chão. Foco o meu olhar no peitoral e no abdômen bem definido. Como mencionei, Logan é um homem bonito, viril e extremamente atraente, e se não fosse essa sua personalidade fria, possessiva e abusiva, talvez seríamos um casal feliz. Ele leva as mãos ao cinto da sua calça agora, desafivela e o arruma cuidadosamente em cima do colchão. Engulo em seco apenas pelo fato de o objeto não ser descartado como as primeiras peças. Suas mãos seguem para o botão da calça social, ele o abre e depois o zíper, para enfim, livrar-se dela t
QUANDO TUDO COMEÇOU.Acordo meio atordoado e abro os meus olhos com dificuldade. Imediatamente a minha cabeça começa a latejar e sinto minha boca seca. Noto que ainda estou deitado no tapete do meu quarto e forço-me a levantar do chão. Meu corpo inteiro está dolorido. Com um rosnado estrangulado, olho ao redor do cômodo e observo os vestígios dos meus momentos mais insanos. Seu perfume derramado pelo chão, pedaços de suas roupas espalhados por todo o lugar e algumas joias destruídas. Com pesar, seguro um pequeno broxe de pedrinhas verdes em formato de uma borboleta e deslizo o meu polegar pelo objeto delicado por algum tempo. A recordação do nosso encontro casual me vem a memória no mesmo instante.(...)— Vamos mamãe, tenho certeza que a senhora vai amar esse restaurante! — comentei, tentando animá-la.Desde que papai faleceu a dois anos e meio, Clara Village perdeu o gosto pela vida. Então eu e meu irmão Alex nos revezamos em passeios para que ela não se sinta sozinha. Na entrada do
Já são quase duas da tarde e bufo olhando para o cômodo quase vazio, sem saber ao certo o que fazer. Vou até o bar de canto e me sirvo uma dose generosa de uísque. Bebo cada dose observando a grande Paris através dos vidros transparentes das paredes do enorme quarto de hotel. O líquido amargo parece adoçar a minha alma amargurada. Tomo mais um gole e caminho pelo ambiente ansioso demais. Algumas horas depois, estou sentado em uma poltrona, com a garrafa de uísque vazia em uma mão e um copo menos da metade da bebida na outra. Tomo o resquício do meu copo e sinto o meu estômago reclamar. Droga, não comi nada desde ontem a noite e confesso que não sinto fome. Não quero nada, eu só quero que a porra dessa dor passe logo.( ... )— Você é muito linda, Ângela, e muito gostosa também! — sussurro. E droga, eu não consigo não me maravilhar com esse sorriso lindo que insiste em abrir para mim! Meus olhos passeiam ávidos por seu corpo nu, deitado em minha cama e em meus braços. Estamos suados e