Ezra me olhando sentada na cama, olhares confusos, fugazes, os seus olhares mexiam comigo de uma maneira inesperada, eu a quis, a desejei, estando a algum tempo ser estar com uma mulher, ainda assim não havia esquecido como é estar.A noite foi fugaz, sem beijos na boca, não havia porque haver, embora lhe ver me olhando sedutoramente na madrugada, enquanto a cama sucumbia a rangidos, gemidos baixos fugindo da sua boca, ela não parecia ser nada experiente, o seu corpo não revelava sinais que houve muitos homens.- Ah, estou...- Avisou abaixo de mim com uma voz fraca, os olhos marejados e quebrados, falhando em seguida. Senti o seu estremecer em baixo de mim, mas ainda não está a satisfeito, e ainda que ela alcançasse o orgasmo novamente, eu quis mais.- Continue!- Avisei estranhando a minha voz rouca, na claridade que denunciava o fim da noite, a chegada do dia. Ela é linda sem apetrechos, embora tenha durado tão pouco o momento. - Estou fraca.Disse por fim, recuperando o fôlego a boc
Eva Sollis Após uma noite de sujeição e exigências, não vi quando Mason Dasílis deixou o quarto, simplesmente apaguei na cama, havia mais que três anos que tive contato com um homem, e foi o único, além de ter sido poucas vezes, era inexperiente, e talvez ele tenha percebido isso, pela maneira impaciente que envolveu os meus cabelos em sua mão, enquanto a outra com certa força tentou empunhar com firmeza o meu quadril na cama.Mason não é apenas um rosto, é corpo, um homem feito, cheio de experiências e exigências que eu não consegui acompanhar. - Não minta para mim! Onde ela está? - Acordei com o tom de voz feminina elevador.Ainda me recuperava, quando a voz foi ficando mais alta, mais perto. - Ela te disse para não me receber?- Abri os olhos ao reconhecer de onde veio. Mas era tarde, mal levantei da cama me sentindo ainda meio fraca das pernas, que cambalearam indo para frente e para trás.Ele me aplacou de primeira, eu estava mais que acabada, vesti a camisola rapidamente, nem sab
Eva SollisEra um dia cinza, ameno, qualquer, mais um dia nublado e cinzento de Nova York, a cidade do encanto. Isabela Sollis: — Vai terminar o pequeno príncipe? — Fui desperta pela delicada voz, meio que atropelando as palavras na frase, sorri vago ao ouvi, abaixo a cabeça para olhá-la, a meu lado, mais baixa, ereta dando passo a passo como um soldadinho, começando um diálogo, na sua cabeça um gorro vermelho de linho, os cabelos lisos negros, presos a trança lateral caída por cima do ombro, usando um uniforme short e saia quadriculado amarelo e marrom, a blusa azul-marinho em destaque o dourado e vermelho o brasão da escola, nos pés o coturno marrom. Eva Sollis: — Essa pressa é para lermos o novo livro, Isa? — Os lábios pequenos, finos e rosados, se curvam num gesto fraco formando covinhas em ambas as bochechas, é visível que ela está curiosa para ouvir a história da menina que roubava livros. Eu não tive um bebê gênio ou qualquer outro do tipo, a minha filha nasceu com espectr
Mason Dasílis — Senhor Dasílis, o seu desjejum está pronto. — A voz do mordomo interrompe o meu momento de reflexão. Viro-me deixando o campo de visão de lado, não havia nada em específico a ser observado, há sempre o mesmo pessoas indo e vindo num dia comum desejando que a sorte surja em seu caminho. Me visto, preparando para mais um dia de trabalho. — Deseja que eu leia a sua agenda agora, senhor? — Afirmo ao descer a escada, indo em direção a comprida mesa, primeira refeição do dia, os meus dias são organizados com antecedência, não há espaço para perder tempo, cada segundo é válido, é precioso. A mesa em que me sento é grande com dezesseis cadeiras, todas vazias, ouvindo o que irei fazer durante o dia, faço a minha refeição matinal em silêncio, buscando organizar meus pensamentos. — Senhor Dasílis, o senhor Müller estará na empresa em uma hora, deseja encontrá-lo? — A dívida do Muller está em atraso há anos, ele não tem como me pagar de nenhuma maneira, é um pobre miserável f
Ezra Muller Que eu nunca tive pretensão de me casar, isso nunca foi novidade para ninguém, pelo menos não em Caerleon, mas a empresa Muller faliu, o império que mamãe criou desabou, digamos que não há alguém competente para administrar o mundo das essencias, foram anos, vivendo sob o patrimônio que ela criou, pelo menos serviu para criar alguma coisa, já que foi péssima mãe para mim, evidente que isso fez com que o nosso sobrenome fosse importante por anos, mas o mundo é dos mais fortes, alguém maior e mais forte chegou. Para nos mostrar que não é somente de luxo e glamour que se é feita a vida, Mason Dasílis, todos falam sobre, mas poucos o vêem, cheguei a pensar que era uma invenção, quando a nossa fortuna foi acabando, foi neste homem que papai, se ancorou, usando o poder que o nosso sobrenome ainda tinha, fazendo empréstimos de valores altíssimos, inicialmente ele nos levou a empresa como pagamento, isso para mim, não era nada, nunca gostei dela, exceto pelos lucros, na verdade n
Eva Sollis No mero colocar os pés no saguão da residência Müller, olhei em volta, muito por aqui mudou, meus olhos passearam de um lugar a outro, um dia esta casa foi minha, da minha mãe, havia uma familia nela, mas hoje, é um lugar tão desconhecido, nem cheira mais a perfume de alecrim como antes. Minha mãe desenhou a mão a planta deste lugar, como o meu pai pôde colocar outra aqui dentro em tão pouco tempo após a sua morte? Nem ao menos respeitando a sua memória ao trazer a amante.— Ei amiga, de quem é essa casa? — O sussurro de Fatima me vez quebrar o elo de recordação que me inundavam, a olhei ao meu lado, assenti. — Sim, é dela, a gente vai pegar a Isa e ir embora logo em seguida. — Sorriu fraco, o alivio em evidência, o piso preto em branco um pouco empoeirado, nunca antes o vir assim, embora sabendo como Ivone é exigente com as empregadas, isso não é da minha conta, pelo menos não mais. Tudo que me importa aqui é apenas Isabela, a minha filha. — Olha, finalmente apareceu — A
Mason Dasílis Após a cerimônia, assinei os papéis, a mulher ao meu lado fez o mesmo com a caneta em mãos, num ímpeto de movimento da sua mão esquerda, a aliança em seu dedo caiu, enquanto eu assinava a terceira página, prestes a ceder a sua vez para assinar, o barulho do metal no chão, era mais audível que qualquer outro som. Completo silencio, olhei para o anel correndo pelo porcelanato. Arnold pegou a aliança de ouro, rolando no chão, lhe deu em seguida, ela não lamentou, parecia distante, nervosa, trêmula. — Está nervosa, querida? — A sua madrasta perguntou vindo até nós, notei como saiu do seu toque num afastar-se repentino. — Desculpe por isto, obrigado senhor. — Respondeu olhando para o anel em sua mão, o nervoso visível, mas não dei atenção ao gesto, ao pegar a aliança na palma da mão de Arnold, apenas fez o movimento. Muito trêmula, o olhei, o mesmo abaixou a cabeça, apenas lhe dando o anel dourado. A sua madrasta recolheu a aliança da mão dele antes que ela o pegasse, rápid
Eva SollisApós a cerimônia de casamento, fiquei olhando para o juiz, o senhor Dasílis se foi, sem nada a dizer, apenas guardou a sua caneta dourada em seu bolso, e se foi, a cerimônia não pareceu ser algo bom pra ele, mas porque querer se casar com Ezra? Ele exala poder em imagem e presença. As costas largas daquele homem no terno preto, foi sumindo a cada passo, havendo seguranças por ali, o homem que me entregou a aliança, olhou-me sério, num meio que ergui de lábios não saberia dizer se era um sorriso ou um lamento.Alto, cabelos pretos, olhos puxados, de aparência meio asiática, parece ser o mais próximo dele, Mas se Ezra está fugindo disto bom que não é, qual a sua intenção por trás disto tudo? Me humilhar, certamente. — Ótimo! Perfeito minha querida, você sempre surpreendendo e se sacrificando pela gente, Ezra. — Senti os lábios do meu pai em minha testa, senti isso tantas vezes, todas foram antes da mamãe morrer, após a partida dela, foram diminuindo, diminuindo até não exist