“Muitas vezes não é preciso ter coragem para morrer, mas sim coragem para continuar vivendo.”✲ ✲ ✲Estados UnidosSão Francisco, CalifórniaCasa noturna ColiseuTrês anos haviam se passado e muita coisa mudou. Brandon se transformou em um homem ainda mais frio e cruel. Vivia apenas para os negócios da empresa e da Máfia. Tessa a cada dia que passava ficava mais preocupada com o homem que seu irmão havia se transformado. Ele mal parava em casa e as poucas noites que degustava de sua companhia, sempre discutiam. Tessa sabia que seu irmão sofria e se sentia impotente por não poder fazer nada. Brandon estava, nesse exato momento, no Coliseu, onde passava quase todas as noites, parecia fora de si. Logo ele, que sempre foi tão centrado, pragmático e metódico. Tinha bebido em demasia e cheirado mais de duas carreiras de pó branco. Encarava a anfitriã que se encontrava próxima a sua mesa, uma garota de cabelos negros como a noite e o rosto delicado, tão semelhante a ela. Sua mente prego

“O medo leva à raiva, a raiva leva ao ódio e o ódio leva ao sofrimento.”✲ ✲ ✲Estados UnidosSão Francisco, CalifórniaCasa noturna ColiseuEm um dos quartos do Coliseu, o cheiro de cigarro e álcool permeia o ar. A mesa de centro encontra-se repleta de garrafas vazias e cinzeiros transbordando. A atmosfera no local é densa, carregada de uma tensão palpável.Brandon, um mafioso de olhar penetrante, com cicatrizes que contam histórias de violência e traição, encarava Ekaterina, uma anfitriã de beleza estonteante, escolhida a dedo pelo gerente na tentativa de agradar o seu Dom, que a cada dia parecia mais insaciável. Uma mulher ardilosa que tentava a todo custo parecer doce e inocente, na tentativa de ludibriar o chefão. O mafioso está encostado na parede, observando Ekaterina com um olhar frio e calculista. Ela, com um sorriso nervoso, tenta se mostrar confiante, mas os olhos dela denunciam a incerteza. O som de um copo quebrando ecoa ao fundo, uma lembrança do caos que permeia a vida

“Tem muita coisa na minha cabeça agora, só estou tentando descobrir a coisa certa a fazer.”Léon Barker Já faz quatro dias que estou em Londres, apenas observando todos os passos da Chloe. Percebi no primeiro dia, que ela mudou completamente a sua rotina e isso me deixou um tanto intrigado. Por que ela fez isso? Chloe não é uma garota tola, ela sabe que estou a observando só não entendo o porquê de sua preocupação. Nesses dias, percebi que a relação entre ele e o mauricinho não passa de uma grande amizade. O cara tem uma namorada e essa jovem passa boa parte do seu dia no apartamento de Chloe, deve estar cuidando do guri que eles tiveram. Ainda não vi a criança, a única coisa que sei é que ela tem evitado sair com ele, o que é, no mínimo, estranho. Muitas coisas passaram na minha cabeça quanto a partida da Chloe no passado. Naquele dia no hospital, quando falei que não era mais importante para Brandon, pude ver a dor em seus olhos. Cara, ela ainda ama meu ami

"Descobrir que sou pai foi como sentir uma parte de mim sendo arrancada, um vazio profundo se formou ao saber que o filho que nunca conheci foi tirado de mim, antes mesmo de ter a chance de amar."Brandon Mitchell DixonUma bomba explode em minha mente. Levanto abruptamente, fazendo a cadeira ranger contra o chão. Aquela revelação me atinge como um soco no estômago e sinto o mundo ao meu redor desabar.— Meu filho? Que filho? ! Que porra você esta dizendo, Léon?— Brandon, agora não é hora para isso. Você precisa saber que tem um filho e que ele foi sequestrado. As palavras de Leon ecoam em minha mente, mas eu mal consigo processar a informação. A ideia da paternidade, algo que nunca imaginei, agora se mescla com a dor e uma raiva crescente. Controlo minha respiração, tentando organizar meus pensamentos. Trinco o maxilar e fecho meus olhos perguntando em seguida:— Onde estão? O que eles querem?— Eu ainda não sei, mandei a placa do carro para um dos meus homens analisarem. Acho que

“Nada muda o passado, mas nunca é tarde para resgatar aquilo que foi bom.”O armazém era um labirinto de sombras e mofo, com o cheiro de madeira podre e metal enferrujado impregnando o ar. Bernardo estava amarrado a uma cadeira, seus olhos grandes e azuis estavam assustados, iluminados pela luz fraca de uma lâmpada que entrava pelas janelas quebradas. Ele não sabia quanto tempo havia passado desde que foi sequestrado, mas cada minuto parecia uma eternidade. O medo o envolvia como um cobertor, mas havia uma sensação de espera, como se algo ou alguém pudesse vir para salvá-lo.Estava com medo, mas precisava ser forte. Lembrou do seu padrinho Nicolas dizendo que ele sempre deveria proteger a sua mamãe, mas naquele momento o que mais desejava era que ela chegasse e o levasse para casa. Os dois homens maus conversavam um pouco distante dele. Ele tentava entender o que falavam, mas não conseguia. Fechou os olhinhos e começou a chorar baixinho e enquanto pedia ao papai do céu que sua mamãe