Contratempo, contra o tempo

Como se não bastasse o zumbido na minha cabeça, o dia que se seguiu havia começado com o chiado constante de um temporal. Para mim, era como se eu estivesse dentro de um canal de tv mal sintonizado, que exibia mais estática do que a programação em si. As vozes que eu ainda ouvia estavam notas mais altas pelos corredores, no refeitório e por fim no pátio onde o barulho era ainda mais ensurdecedor, já que a tormenta despejava uma amostra sua bem em frente aos nossos olhos.

Estávamos todos amontoados ao redor de onde caía o aguaceiro. Protegidos da chuva mas já sofrendo pelo frio que o ambiente emanava.

O marinheiro gritava e se segurava em uma das colunas. - Virar à estibordo! Virar à estibordo!

Eu me desviava daquela pequena multidão indo em direção a velha mesa de refeitório. Na esperança de avistar Amanda. Mesmo que ela

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