Capítulo 1 parte II

  Abro a porta do carona me sentando e colocando o cinto.

Ele me olhou revirando os olhos.

Resmungou vários palavrões, mas não me intimidou.

Observei quando ele estacionou em um lugar quase deserto atrás de um posto desativado de gasolina.

— Anda, o que você tanto quer comigo, que resolveu me perseguir?— Dessa vez, senti seu tom de voz amansar.

Suspirei aliviada.

Não sabia como começar esse assunto, então resolvi soltar de  uma vez  antes que eu me arrependesse.

— Quero que me ajude a perder minha virgindade! — Praticamente gritei de olhos fechados.

Quando reabri, observo Adam me olhar assustado. Seus olhos verdes estão em choque. Observo seu rosto tentando entender sua reação. Minutos depois ele jogou a cabeça para trás gargalhando em alto e bom som. Sua risada debochada me deixou furiosa.

— Você só pode estar louca! — Afirmou, sorrindo.

Cerrei meus dentes um no outro tentando segurar minha raiva.

— Imagino que isso seja um “não.”— Resmunguei.

— Um sonoro e redondo “não”. — Completou.

Retirei meu cinto ferozmente.

— Nesse caso, procurarei um que me ajude nesse assunto. — Berrei alcançando a maçaneta.

Adam segurou meu braço impedindo que eu completasse a ação.

— O que você quer dizer com isso? — Apertou os olhos em minha direção.

Sorri de forma mais descarada e maliciosa que consegui.

Adam arregalou os olhos e respirou fundo.

Quando dei por mim já estava no colo dele.  Suas mãos passeavam furiosamente por meu corpo me fazendo gemer em sua boca. Ele é tão intenso, tudo nele é. Seus beijos, seus toques…

Seus lábios macios me beijavam com maestria, sua língua alcançou a minha como se já a conhecesse há anos.

Nossas respirações cada vez mais alteradas.  Agarrei os cabelos dele tendo o acesso que precisava, deslizando minha língua por seu lábio inferior.

Observando seus olhos me fitarem desejosos.

Senti uma vantajosa ereção em contato com minha intimidade, já que estava com uma perna de cada lado do seu corpo e somente um fino tecido de algodão nos separava de elevar esse contato intimamente.

Continuamos nos beijando e senti quando uma de suas mãos alcançou minha calcinha a colocando de lado e brincando com minha intimidade.

Ofeguei e quase gritei sentindo algo estranho, mas deliciosamente bom.

— Alguém já te tocou assim, morena? — Sussurrou rouco em minha orelha e não consegui responder em palavras, apenas balancei a cabeça negando.

A resposta pareceu satisfazê-lo, já que me beijou com tanto ímpeto, fogoso.

Seus dedos se tornaram firmes acariciando minha intimidade, e um dedo foi introduzindo cuidadosamente na minha entrada.  Movimentos circulares e precisos me levando à loucura.

Uma sensação se formou dentro de mim e parecia que explodiria em milhões de pedacinhos.

Adam pareceu sentir, pois desceu seus beijos por toda a extensão do meu pescoço. Abaixou as alças do meu vestido alcançando um peito na boca, sugando com vontade.

Gemi loucamente arqueando o corpo querendo mais daquela sua boca deliciosa.

— Goza para mim, morena! — Não sabia como fazer aquilo, mas meu corpo sim! Obedeceu instantaneamente seu comando.

Fui arrebatada por uma sensação deliciosa, vertiginosa, que não saberia descrever nem em um milhão de anos. 

Tentando acalmar minha respiração, percebi que Adam enrijeceu o corpo e no segundo seguinte me empurrou para o banco vazio.

Com os olhos fechados berrou:

— Desce do carro!

Olhei para ele sem entender por que estava me tratando daquele modo.

— É surda? — Berrou mais uma vez.

Senti quando lágrimas molharam minha bochecha e não pude segurá-las.

Depois de me dar a primeira e mais incrível sensação da minha vida, estava me tratando como lixo, que usou e jogou fora.

Abri a porta da caminhonete sem olhá-lo nem sequer um segundo.

Corri em direção a minha casa, e jurava que havia escutado ele gritar meu nome.

— Mãe! Estou com fome! — ouço Blake resmungar, me tirando das minhas memórias passadas.

— Assim que avistarmos algum posto com conveniência, páramos, prometo!

A poucos metros de distância da cidade, avisto um posto. Parece recém inaugurado, ao observar pela pintura fresca, e o lugar ser bastante organizado.

Após abastecer meu carro e estacioná-lo em uma vaga segura, adentro a loja de conveniência do posto com Blake no meu encalço.

Pego algumas bolachas e uma caixinha de suco.

— Mãe, posso pegar batata frita?

— Faz bico sabendo que vou ceder a seu vício, e por consequência o meu também.

— Tá! Mas não exagera mocinho! — Advirto, apertando seu pequeno nariz, sem muita importância.

Podem me julgar, sou uma péssima mãe.

Não resisto aos olhos verdes brilhantes do meu pequeno.

Minutos depois, Blake aparece saltitando de felicidade com dois pacotes de batata fritas para meu desespero.

Levanto uma sobrancelha de forma a intimidá-lo.

— O que foi que te falei, moleque?

— Mãe! — Chama fazendo manha. — Só tinha esses nas prateleiras e o moço das tatuagens falou que essas são as melhores! — Justifica parecendo óbvio.

Reviro os olhos.

—  Você sabe também que não deve falar com estranhos, filho! — Repreendo-lhe e dessa vez foi Blake que revirou os olhos.

— Eu sei mãe! E não falei. Acredito que ele trabalhe aqui, só isso! — Resmunga cruzando os braços como se fosse um adulto.

Caminhamos direto para o caixa onde uma menina aparentemente de dez anos estava. Olho para os lados procurando o responsável pelo caixa.

Ele me olha por um segundo e murmura:

— Às compras!

Franzo o cenho sem entender.

Ela se inclina sobre o balcão agarrando minha cesta.

Começou a passá-las no caixa com muita destreza, suponho que a subestimei.

— Deu 28,90! Aceitamos cartões de crédito e débito. — Informou, sorrindo minimamente.

Passei meu cartão de débito pagando as compras. No segundo que pego as sacolas em minhas mãos e me viro, acabo colidindo com um peito muito musculoso.

Seu cheiro é maravilhoso e chego a fechar os olhos inalando todo seu perfume.

Meus olhos deslizam do seu peito subindo para o maxilar encontrando um par de olhos verdes brilhando feito, brasa.

Sinto minhas pernas ficarem fracas e sei que não durarei  muito.

— Adam! — Sibilo sem graça.

Melissa! — Sussurra, quase sem acreditar.

Seus olhos atravessando os meus como  uma navalha. Seu rosto foi se contorcendo de dor até se tornarem assustadores.

Sua expressão amargurada, dura, afirma que não sou bem-vinda.

— Pai, preciso levar a Luna no veterinário.— A garota loira de olhos castanhos-claros, fala suavemente.

Vejo ele se virar e sorrir ternamente para ela. Sua expressão se suaviza diferente de como estava a minutos atrás.

— Pode ir Bea, eu assumo daqui! — Responde para ela e foca novamente seu olhar afiado sobre mim.

— Precisa de mais alguma coisa, moça? — Questiona entre dentes. Seus olhos carregados de desprezo.

— Não. Obrigada, Isso é tudo.— Me forço a falar de queixo erguido.

Não deixarei ele saber que esse reencontro mexeu comigo, mais do que o necessário.

Forço minhas pernas a andarem mesmo sem elas obedecerem.

Blake sorri para Adam me deixando surpresa.

— Tchau, moço! 

Adam sorri sem jeito para ele e responde.

— Tchau, campeão!

Pelo menos com meu filho ele não foi hostil.

Espera ele saber toda a verdade.

Minha consciência grita.

Quando entro no carro desabo completamente.

Solto o ar que nem sabia estar preso.

Me viro olhando para o banco de trás, onde vejo Blake se deliciando com suas batatas.

Sorrio vendo meu menino comendo tranquilamente. Mal sabe ele o tamanho do iceberg que nos aguarda.

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