Peter dirige até a casa de Melissa, que é uma das melhores amigas de Rebecca.
– Ah! Não acredito que você me trouxe para ver a Mel. Estou morrendo de saudades dela, mas pensei que esse tempo seria só nosso.
– Calma, gata, teremos muito tempo para isso. Se não te trouxesse aqui, tua amiga me mataria. Vamos entrar. – Ao entrarem na sala, todos os presentes gritam "surpresa", assustando Rebecca, que não esperava por aquilo.
– Ai meu Deus, não acredito! Vocês são demais! – Diz ela com a mão no peito, recuperando-se do susto, e sai cumprimentando cada um dos presentes. Quando avista suas duas primas, ela dá apenas um sorriso forçado e não se aproxima.
– Olha a minha linda universitária, que saudade, meu amor. Se forme logo, não aguento ficar longe de você e ficar de babá desse aí. – Diz Melissa, encarando Peter, que dá um sorriso debochado. – Ele dá muito trabalho, tem muitas mulheres babando por ele. – Ela dá uma gargalhada e abraça Rebecca.
– Não acredito que vocês fizeram isso! Amo vocês, seus doidos! Que saudades, Mel, você me faz tanta falta em Massachusetts. Eu disse para você ir à faculdade comigo. Onde estão Susan e André?
– É, eu sei, eu sei, mas não era o momento, amiga. Meus planos sempre foram outros. Eles não puderam comparecer hoje.
– Não vou perdoá-los por isso. Então, o que elas fazem aqui?
– Não me olhe assim, xingue seu namorado. Ele que as convidou, elas chegaram ontem de Massachusetts também.
– Então, querido, por que elas estão aqui? Sabe que não temos o melhor relacionamento.
– Desculpe-me, meu amor, eu só não quis me indispor com seu tio, ainda mais que estamos colaborando agora e prestes a fechar uma excelente parceria.
– Te perdoarei apenas por isso, Peter. Não faça mais isso, elas e eu não nos gostamos e você sabe muito bem disso.
– Certo, baby, não farei.
– Onde estão meus adoráveis amigos, que não vieram me receber?
– Becca, a Susan precisou fazer uma viagem para o interior, mas estará de volta amanhã. O André você conhece, deve estar com uma mulher qualquer. – Diverte-se Melissa, fazendo-a rir.
– André merece uns t***s, mas eu vou perdoá-lo, pois como ele diz, as mulheres antes das amizades. Estou morrendo de saudades deles.
– Amanhã vamos nos reunir com eles, colocar as fofocas em dia. – Conclui Melissa. Eles seguem confraternizando na festa, conversando sobre vários assuntos.
Em Boston, Sophia chega na mansão dos Ramsey para a festa. Todos reparam o quanto ela está deslumbrante. Ela avista Olga Shaw e suas duas filhas, Ana e Amanda, sorri e caminha até elas.
– Vovó, que bom vê-la aqui. Onde está o vovô? – Questiona ao se aproximar.
– Oi, minha querida, o Nicolas foi viajar para Seattle com o seu namorado, ele não te disse sobre a viagem?
– Ah, sim, ele disse! Vovó, acabei esquecendo. – Mente ela, pois ficou com vergonha de admitir que não sabia.
– Então, minha querida, como vocês estão? Enfim, vamos anunciar esse noivado? – Pergunta Ana.
– Ele ainda não me pediu, sogra, mas acredito que sim, estamos bem. Alex é reservado, mas sei que ele me ama. – Diz Sophia, escondendo suas dúvidas.
– Com certeza vão, olhe para você, é uma mulher maravilhosa, é perfeita para o Alex. – Conclui Amanda.
– Obrigada, tia Amanda. Eu vou tomar um ar, aproveitem a festa! – Sophia caminha em direção à varanda, pega uma taça de champanhe no caminho e sente a leve brisa no rosto, enquanto se questiona se realmente quer seguir com aquilo.
– Olá, priminha. – Diz Bryan próximo do ouvido dela, ela se assusta e derruba a taça no chão.
– Aí, meu Deus, Bryan! O que você quer? Me matar do coração? – Ele dá risadas e entrega a taça que segura para ela.
– Não foi a minha intenção. Então prima, como você está? Cadê o babaca do seu namorado? Vi apenas a família dele.
– Qual é, Bryan, não comece. Você sabe que o teu irmão não vem nos eventos da família Ramsey. Não começa a me incomodar com isso.
– Ok, ok, não está aqui quem perguntou? Que tal entrarmos e nos divertirmos essa noite?
– Agora não, eu preciso de mais um pouco de ar.
– Certo, conte-me o que está acontecendo? Eu te conheço, você não está feliz.
– Eu não sei, todos esperam que o Alex e eu ficamos noivos no fim do verão, mas eu não sei se isso irá acontecer! Eu nem sei se quero que aconteça, e parece que meus pais só esperam isso de mim.
– Opa, espera aí um pouquinho, como assim? Você estava tão feliz, o que houve?
– O que houve? É simples, Alex. Ele que não me faz feliz. Tem muito tempo que eu não estou feliz, o Alex ele é tão sem sentimento que eu nem sei se me ama. Ultimamente, ele é mais rude do que o normal. Quero me sentir amada, eu não me sinto. Estou com tanta raiva, que eu não sei se ainda o amo. Eu me esforço por ele, e ele nunca retribui. Estou exausta. – Sophia suspira contendo as lágrimas.
– Prima, dá um pé na bunda dele. Você é uma gata, não precisa dele. Você sabe que nossa família encara seu casamento apenas como um negócio, eles não ligam se você está infeliz. É tudo sobre dinheiro, gata. Enquanto você tiver o babaca do Alex Shaw nas mãos, a nossa família estará feliz.
– Acho que deixei o nosso relacionamento virar um negócio. Em algum momento, Alex e eu nos amamos, pelo menos eu acho, mas agora parecemos estranhos um para o outro. Eu odeio o fato dele sempre se esconder. Por que ele simplesmente não pode ser o Alex Shaw? Em todos os eventos, eu tenho que estar sozinha, porque ele não quer se expor. Eu odeio isso, o quanto ele nunca está satisfeito com nada.
– Meu irmão sempre foi um palhaço, principalmente com essa frescura de não usar o nome da família, para não se expor. Ele só é quem é por ser o único neto da família Shaw.
– Ele é esquisito, ou talvez eu que sou, por estar tanto tempo num relacionamento com ele. – Ela bebe todo o champanhe num gole. – Vamos entrar, eu quero me divertir. Não vou ficar pensando nisso hoje à noite. Esquecerei Alex por algumas horas e amanhã pensarei com calma sobre o nosso futuro. – Ambos retornaram ao salão e foram à pista de dança juntos. As Sras. Shaw observavam de longe os primos.
Durante a madrugada em Seattle, Rebecca e Peter decidiram encerrar a noite com os amigos.– Amiga, obrigada por tudo. Eu te amo e é ótimo estar de volta. Vamos sair no final de semana, o que acha? Mas apenas nós, meninas!– Ótima ideia! Estou ansiosa para matar as saudades. Agora, vá com seu namorado. Parece que ele tem planos para vocês.– Que planos? Pare com esse mistério. Você sabe que não gosto disso. – Perguntou ela, curiosa.– Vamos lá, amiga. É hora de se divertir. Você sabe muito bem o que vocês dois andaram planejando enquanto você estava no MIT e trocando mensagens safadinhas. Aposto que ele só antecipou algumas coisas! – Melissa sorriu, observando o constrangimento de Rebecca. – Aproveite a noite, amiga. – Ela se afasta em direção aos outros amigos, avistando Peter se aproximando.– Pronta, baby? Vamos nessa? – Rebecca esboça um sorriso forçado e segue até ele. Durante o trajeto até o apartamento de Peter, ela se sente apreensiva, sem certeza se está pronta para o que está
Em Boston, na mansão dos Ramsey, a festa continua em pleno andamento.– Eu sabia que esta noite seria incrível, você só precisava relaxar e se divertir. Venha comigo. – Bryan segura a mão de Sophia e a leva para um local mais privado. – Então, o que você acha de aproveitarmos um pouco mais? Aposto que posso te fazer se sentir ainda mais satisfeita e feliz do que meu irmãozinho. – Sophia já havia bebido mais do que deveria. Suas inibições haviam desaparecido.– Então, o Alex é muito bom no que faz, estou completamente satisfeita nesse aspecto, você acredita que pode me satisfazer ainda mais? Duvido.– Por que você não experimenta, então? Assim você verá do que sou capaz e que todo esse tempo você esteve com o irmão errado.Sophia permanece em silêncio, levanta-se do sofá e caminha até Bryan, ficando em sua frente por vários minutos, até finalmente decidir beijá-lo. O beijo é cheio de desejo, como se ela esperasse por um toque de carinho. Bryan a carrega até o andar de cima, onde fica o
No shopping, Rebecca, Susan e Melissa estão terminando suas compras e decidem fazer uma pausa para um lanche. No entanto, ao fazê-lo, elas se deparam com Samantha, Sabrina e suas amigas. – Incrível, já vejo essas duas no campus e agora tenho que lidar com elas aqui também. – Olha só quem está aqui, a minha adorável priminha! Papai mandou um beijo para você. Mal podemos esperar pelo almoço de domingo, quando teremos toda a família reunida. – Olá, Samantha, mande outro beijo para ele. Nos vemos no domingo. Agora, estamos indo. – Samantha, provocando, puxa a sacola das mãos de Rebecca e começa a examiná-la. – Me devolva isso, não é seu. Pare de ser idiota. – Olhem só para minha priminha, planejando deixar de ser menininha com essas lingeries sensuais? Já era hora, não é mesmo? – As amigas de Samantha riem do embaraço de Rebecca, exceto Susan e Melissa, que puxam a sacola de volta das mãos de Samantha. – Você é uma idiota, Samantha. Deixe sua prima em paz. Supere essa inveja de uma ve
Alex está sentado no bar do hotel, encarando sua dose de uísque por vários minutos. Rebecca se aproxima do balcão e pede ao garçom a bebida mais forte disponível. Alex permanece imóvel, sem sequer olhar para o lado. Determinada a aproveitar a noite e esquecer por algumas horas tudo o que viu, Rebecca olha na direção de Alex, que continua encarando sua bebida. Ela se aproxima dele, pega o copo e toma todo o uísque em um só gole.– Dizem que quando alguém observa um uísque por tanto tempo, é porque não tem a intenção de bebê-lo.– O que você pensa que está fazendo? – Pergunta ele, sem desviar o olhar.– Apenas te ajudando. Mas, se você deseja beber, posso pagar uma dose de uísque para você. – Alex finalmente a encara, fixando seus olhos nela por vários segundos, deixando-a um pouco intimidada com sua expressão indecifrável.– Pagar uma bebida para mim? No máximo, você poderia me devolver a bebida que acabou de tomar. – Ele pede um uísque duplo ao barman, enquanto Rebecca dá de ombros.–
Alex continuava a beber, seu olhar fixo em Rebecca no bar, ambos mergulhados em frustrações e consumo excessivo de álcool. Ele não conseguia desviar os olhos dela, sentindo-se estranhamente atraído por aquela mulher. Seu devaneio é interrompido pelo toque de seu celular.– Alex, quando você vai voltar para casa? Notei você agindo estranho mais cedo. Está tudo bem? Sinto sua falta quando está longe.– Sophia, pare de me importunar com tolices. Não desperdice meu tempo com isso. – Alex desliga. Ele se dirige a Rebecca no bar, ela está mais corada do que o normal, claramente afetada pelo álcool, conversando animadamente com um homem.– Saia. – Ordena Alex ao homem.– O quê? Quem você pensa que é? – Alex não responde e se aproxima de Rebecca, segurando sua mão e puxando-a para perto. Ela reage impulsivamente.– Ei, o que você está fazendo? Me solte agora. – Ela mal consegue falar claramente, o homem para na frente de Alex.– Qual é o seu problema? – Alex mantém o silêncio, seus olhos fixos
Passavam das 9h da manhã quando Rebecca abriu os olhos. Ela sentia uma forte dor de cabeça e dores pelo corpo. Seu coração disparou ao perceber um estranho deitado ao seu lado, e logo notou que ambos estavam nus. Assustada, pulou da cama quando viu o homem ao seu lado, virando-se, mas ainda dormindo. Rebecca rapidamente vestiu seu vestido, pegou sua bolsa, celular, sapatos e a chave do carro que avistou em cima da mesa, e saiu do quarto, deixando apenas sua lingerie espalhada no chão, tamanho era o desejo que tinha de sair dali. No elevador, deparou-se com uma notificação de transferência de 30 mil dólares de sua conta, em nome de Pietra Dickinson.– Mas que diabos é isso? O que eu fiz? – Questionou em voz alta. Chegou à recepção e fez o checkout, perguntando à recepcionista: – Pietra Dickinson trabalha aqui?– Sim – Respondeu a recepcionista.– Ela está por aqui por acaso?– Deve estar se trocando, seu turno acabou agora.– Pode chamá-la para mim, por favor. – Pediu Rebecca. A recepci
Passavam das 10h da noite, quando Alex retornou ao hotel. Dirigiu-se diretamente à recepção.– Boa noite. Qual o nome da senhorita que eu trouxe até aqui ontem?– Senhor, não posso fornecer essa informação.– Vou pedir educadamente, pois hoje estou de bom humor. Quero o nome e o telefone dela. Caso contrário, vocês podem enfrentar um processo por permitir que uma estranha entrasse em meu quarto e me roubasse.– O quê?– Você não é surda, foi o que ouviu. Não me interessa quem abriu a porta para ela. Só quero os dados. – A recepcionista olha para Pietra, que estava presente na recepção, e entrega as informações. Alex vai até Pietra e pergunta apenas a ela. – Como ela entrou? Não minta, pois só tem uma chance. Se não gostar da resposta, chamo a polícia.– Desculpe, senhor. Ela me disse que vocês costumam fazer isso, mas que não gosta que ela beba. Ela me pagou 30 mil para abrir a porta.Alex apenas sorri e sai em direção ao seu quarto. Rebecca optou por passar a noite na casa de Melissa
Quando os amigos chegaram ao clube, avistaram Peter com um grupo de amigos em uma mesa reservada. Ao ver Rebecca, ele caminhou até ela.– Rebecca, o que faz aqui?– O quê? Achou que eu ficaria em casa sofrendo? Não, você fez sua escolha e eu fiz a minha. Apenas fique longe de mim.– Rebecca, vamos conversar agora! – André interveio.– Você é surdo? Fique longe dela. Ela não quer conversar, veio para se divertir. – Rebecca dirigiu-se ao bar e pediu uma dose dupla de uísque. Bebeu e pediu mais uma.– Amiga, não dê a ele a satisfação, deixe-o sofrer enquanto você se diverte. Fique calma. – Disse Susan.Eles pegaram várias doses de bebida, reservaram uma mesa, beberam e se divertiram. Melissa, Susan e Rebecca foram para a pista de dança. Peter ficou observando-as dançar.– O que deu em vocês? – Questionou um dos amigos de Peter.– Eu errei. Transei com outra.– Como é? Por quê? Você planejou ficar com ela neste verão.– Eu tentei. Ela desistiu na hora, eu me frustrei e dormi com a Samantha