Capítulo 5

Rodrigo se arruma e sai, para se encontrar com Letícia.

— Querido, que bom que você veio. Como está o Cássio?

— Chateado. — Fala ao entrar.

— Mais porquê? Aconteceu algo?

__ A mocinha que te falei foi embora.

Não perguntei nada, pois estava muito chateado.

— Tadinho do meu lindo.

— Se eles se gostam, isso vai se resolver. 

Letícia vai até à cozinha abrir uma garrafa de vinho. Ele vai atrás dela perguntando:

— E seu filho, qual o nome dele?

— Antônio, mais sempre o chamei de Tony.

— Conversou com ele?

— Ainda não querido. Estou muito chateada. — Ela lhe entrega uma taça.

— E, porquê? Ele fez algo? — Tomando o vinho, ela coloca suas belas pernas no colo de Rodrigo, ele passa a mão na panturrilha dela.

— Meu filho está indisponível. Geralmente quando não consigo falar com ele, está fazendo seus serviços sujos.

— Não desista.

— Não vou. — Sorrindo docemente ela o puxa pela gola da camisa.

— Vem aqui bonitão.

— RS... sim, professora.

Ela para e o olha, depois da uma boa gargalhada.

— Bem que eu desconfiava, que quando eu dava aula, vocês me olhavam diferente.

— Não tinha professora mais formosa na escola que você.

— Dei aulas até para o meu querido Cássio. Que também me olhava com intenções o danadinho, RS.

— Até o Dito e o Benê. O Daniel era mais sossegado. — Ela volta a gargalhar.

— Meu Deus, até meus bebezinhos? Eram uns fofos. — Ela encosta no sofá de novo. — Até me lembrei do meu falecido marido. Que Deus o tenha!

— Ele foi bom para você?

— Maravilhoso. Por isso não quis ter mais compromisso sério. Nunca, nem ninguém irá substituir o amor da minha vida. — Ele volta a passar a mão nas pernas dela.

— Que bom! Eu, por outro lado, quando vi minha namorada com outro na cama, não sei como não quebrei a cara do sem vergonha. Me controlei ao máximo.

— Que bom querido. Pois, essas situações, nos deixam sem chão na hora.

— É… e depois ela me procurou. Disse querer voltar. Cada vez que a olhava me dava nojo do que ela fez comigo.

— Aquela mocinha não prestava. Você namorou alguém depois dela?

— Não, ninguém. Teve uma moça na escola que me paquerava. Bom, fiquei mexido, mesmo assim não quis nada com ela.

— Às vezes poderiam ter dado certo.

— Talvez sim, talvez não. Achei melhor ficar na minha. — Segura a mão dela.

— Até o dia que descobri que seu marido tinha falecido a um tempo. Não ia mais dar aulas, não demorou muito nos trombamos no cemitério.

— É sim, sempre partilhamos nossa dor juntos. Você ainda vai no cemitério ver o túmulo dos seus pais?

— Vou pouco, ainda dói bastante.

— Vamos esquecer isso por agora.

Letícia se levanta e abre o penhoar Rodrigo também se levanta e tira o chapéu.

No dia seguinte logo cedo, Rodrigo está um pouco tenso e acaba descontando nos meninos que estão fazendo hora no café.

Reclama para terminarem logo, sinceramente já está cansado dos rapazes quererem que ele vá para o Bar dos Primos. 

Não é esse tipo de homem e pronto. É muito sério, sempre na dele e ele tem Letícia. 

Mesmo que eles não saibam, e não interessa a eles.

Enquanto espera observa a Hillux de Lucas chegar. Esses meninos não têm jeito, já estão tagarelando de novo.

— Ontem a noite fui pegar a minha carteira... 

Rodrigo escuta e fica preocupado, nada que vem de Marcela presta. Exige que Benê conte o que aconteceu quando viu o patrão conversando a noite com a ex-esposa.

— Mais que merda. Porque não disse isso antes Benê?

— Eu achei que estava tudo bem. — Rodrigo chama a atenção deles. E liga para a prima, que é a delegada da cidade.

— Oi gatão. — Fala a delegada Karen.

— Karen corre para a fazenda Lírio do Vale.

— O que ouve?

— Ainda não tenho certeza. Mais acredito que a ex do patrão o drogou ontem a noite e ainda está aqui.

— Tudo bem, mais se for um mal-entendido, você vai me dever um café.

— Fechado!

Desliga e entra no casarão, encontra Lucas e conta o que está acontecendo.

Rodrigo e Lucas segue para o quarto do patrão.

Encontram Érica transtornada por ver Cássio na cama com a ex-esposa. Rodrigo explica para o patrão sobre os planos de Marcela, que acredita que ela o drogou para fingir que passou a noite com ele.

Em poucos minutos a delegada chega e leva Marcela detida.

— Agora teremos paz. — Fala sozinho e pega o celular.

Manda uma mensagem de agradecimento para a prima. A tarde Rodrigo percebe a tristeza de Lucas, coitado, um filho tão bom, não merece essa mulher como mãe.

Termina o serviço mais cedo e libera os rapazes, que estão combinando com Lucas de ir para o Bar dos Primos. Vai para casa tomar um banho.

O patrão chega e começam a conversar sobre o que a Marcela fez, Cássio pede para arrumar dois peões para ficar de olho na Érica e na fazenda.

Não quer que nada aconteça a sua pequena. E também quer uma policial feminina disfarçada e Rodrigo já sabe com quem conversar.

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