Capítulo 6

Arthur Drummond 


Escuto o sino da escola tocar informando que as aulas do dia haviam se encerrado, encaro o relógio do meu pulso verificando o horário.  Olho de um lado para o outro com um óculo de sol, estava vestido completamente de preto para que não seja reconhecido por nenhum membro inimigo. Alguns carros de pais e responsáveis esperam para os portões se abram e liberem as formigas. Os gritos de felicidade são ouvidos no lado de fora, observo a cara de velório dos pais, o ninho de formigas é solto, observo atentamente para encontrar os meus filhos, ao vê-los, eles se encostam no portão esperando a van que os levarão de volta para casa.

Quando a maioria das crianças e pais vão embora, eu me aproximo dos três em passo cautelosos, assim que Suzana e Estella me encaram, abrem um pequeno sorriso, porém Nikolai, me encara com uma certa desconfiança, ao tirar os óculos Estella sorri contra a chupeta rosa.se

— Homi do docinho!

— Olá pequena, - as cumprimento com um pequeno sorriso.

Minha vontade era de abraça-los com toda a força que habita em meu corpo, eu apenas os via através de câmeras de segurança durante cinco anos, isso me causa revolta por tudo que perdi, eu perdi o nascimento de Estella, os primeiros passos de Suzana e Nikolai, até mesmo o aniversário da noite anterior. 

— O que veio fazer aqui? - Suzana perguntou enquanto segurava a mão de Estella fortemente.

— Eu trouxe mais doces, - tiro do meu casaco três pirulitos enormes e entrego as duas.

No dia anterior eu havia lhes trazido três pirulitos como hoje, porem Nikolai não aceitou e dei as duas irmãs. Novamente estendo o terceiro doce para ele, com receio, ele cerra os olhos e segundos depois ele pega o pirulito da minha mão.

— Eu te conheço? - ele pergunta desconfiado.

— Sou papai Noel.

— E cadê a sua barba? - Suzana pergunta enquanto chupa seu pirulito.

— Eu a cortei, ela crescerá no Natal.

— Papai Noel...- Estella se aproxima puxando o meu casaco. — Eu quelo falar da minha listinha de Natal.

— E qual seria, pequena?

— Um caçolinho, um cavalo e poiquinho.

Não consigo entender a sensação que estou sentindo, ela era muito fofa, uma doçura que não havia duvida que era a copia fiel da minha esposa, naquele instante uma van se aproxima e os três vão para o veículo, observo-o de longe indo embora.

Ouço uma risada atras de mim acompanhando com palmas, viro o meu corpo e encaro Trevor com um olhar sério e maxilar travado, aperto meus punhos, me controlo para mão ir para cima dele.

— Oi papai! - ele afina sua voz caminhando na minha direção com urso sobre as mãos. — Não arranque meu coração por ter aconselhado a sua esposa. - Faz bico ao se aproximar.

— Você é mesmo um desgraçado! - lhe dou um soco no ombro

— Au! Doeu!

— Você merece mais do que um soco.

— E você não?

Ando para o seu veículo e sento no banco do passageiro logo, ele assume o volante.

— Sabemos que em poucas semanas ou dias, serei um homem morto. - suspiro enquanto Trevor liga o carro e começa a andar pelo trânsito. — ela vai me matar porra!

— Jogarei suas cinzas no mar.

Enquanto dirige, Trevor me explica o que Ariel havia lhe contado, era algo delicado que querendo ou não, causou inquietação em mim, juntos então decidimos investigar o que de fato aconteceu, minha mulher e filhos podem estar sendo alvos das máfias inimigas, provavelmente devem estra sabendo da minha aliança temporária coma máfia chinesa.

— Você está se arriscando demais, é estranho e perigoso falar com os seus filhos.

— O que eu posso fazer Trevor? Já passei muito tempo longe deles, não quero me privar mais de nada.

O carro dele é estacionado, paramos no meio do estacionamento e antes de sairmos, Trevor chamou a minha atenção.

— Para sua família você ainda está morto, e seus inimigos podem saber que você está em Los Angeles, não estou pedindo para parar de vê-los, mas de se ocultar.

— Por isso vamos ser rápidos, pretendo leva-los de volta para a Rússia ainda este mês.

Descemos do carro em torno do local procuramos algumas câmeras de segurança, mas não havia algum rastro. Trevor e eu decidimos andar pelas redondezas a procura de alguma câmera que tenha captado alguma coisa, andando por alguns minutos vimos um estabelecimento comercial onde havia câmeras de segurança, pedimos ao dono para olharmos as gravações da noite anterior, o homem ficou receoso em fazê-lo, mas demos uma quantia em dinheiro e logo liberou as imagens.

Em frente ao monitor Trevor começou a vasculhar cada vídeo de gravação que nos leve alguma pista, ele olhava para as gravações que nos leve alguma pista, ele olhava cada minuto com toda paciência do mundo, mas já estava ficando impaciente.

— Caralho Trevor, avança essas fitas!

— A impaciência e inimiga da perfeição, com cautela e cuidado nada se passará despercebido.

Enquanto ele fala da paciência encaro o monitor observando uma movimentação estranha.

— Tá bom senhor cauteloso, esse deve ser o homem. - Paro a gravação e aponto para a tela.

O vídeo mostra um veiculo preto sem placa estacionar longe da lanchonete onde estava minha mulher e meus filhos, dois homens descem do veiculo e começam a conversar um vestia um terno, o outro vestia roupas gastadas, calça jeans e camisa azul, o de terno entregou-lhe uma faca constatei ser a que Ariel usou contra ele, o homem pegou o objeto um pouco nervoso. A gravação não mostra bem o rosto dos suspeitos, também não podíamos ouvir o que falava, o que lhe foi estreado a arma andou na direção da lanchonete, o homem de terno entrou no veículo continuou no local, minutos depois o veículo de Ariel passou por ele, o veículo que estava parado ligou o veículo e foi embora.

— Com certeza as duas máfias estão por trás disso.

— Que porra..

— O que pretende fazer?

— Eu ainda não sei Trevor!

— Sabe que eles estão correndo perigo, é bom saber logo.

— Porra Trevor, eu estou ciente disso, por isso você está aqui.

— Que obra maligna você está inventado?

— Você vai ficar na cola dela até eu resolver o que vou fazer.

— Como é que é? ela não vai me querer por perto o tempo todo.

— A obrigue a aceitar! Se for possível frequente a casa e durma lá, ou melhor...

— Ah não Arthur, eu vou ficar sem transar por sua causa.

— Peça para que o seu namorado venha para Los Angeles, ele não sabe que estou vivo, com ele aqui será uma boa desculpa para que vocês fiquem no apartamento dela.

— Não seria mais fácil você falar para ela que está vivo e voltarem para Rússia. 

Deixamos o local e voltamos para o veículo, enquanto Trevor dirigia, tento explicar.

— Não é tão simples assim, o vídeo mostrou que estão na cola dela provavelmente estão vigiando tudo que ela faz, eu preciso tirar esses caras da cola da minha mulher.

— Isso vai ser difícil rastrear algum, bem conseguimos ver a placa do veículo que estavam.

— Use a cabeça Trevor, eles estão atrás dela estão muito bem informados do que ela faz no dia a dia, estão no trabalho dela, vigiando-a.

— Isso faz total sentido.

— E por que faz? - Pergunto desconfiado.

— Tem um cara no hospital que vive atrás dela, mostra que ele tem um certo interesse por Ariel.

— O vigie de perto, dobre os soldados para ficarem de olho nos dois, qualquer pessoa perto ou longe dela é um suspeito.

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