ÁGAPE WALKEREu pedi. Súpliquei. Implorei a Deus para que o meu assento e o de Nathaniel não fossem um do lado do outro, como eu nunca tinha implorado em toda a minha vida, e… eu quase cogitei em dizer que eu acenderia todas as velas da primeira igreja que eu visse pela frente, caso o meu pedido fosse realizado, mas… não foi o caso, porque assim que eu fui checar o número do meu assento na passagem, eu vi Nathaniel, sentado enquanto olhava para a janela, bem ao lado do lugar que havia me sido resignado. Suspirei. O mundo me odiava. Essa era a única explicação plausível, porque parecia que a todo momento… ele só queria me prejudicar. Mas, eu tinha que sentar ali de qualquer forma, então assim o fiz em completo silêncio, até a aeromoça começar a dizer todos os procedimentos que precisávamos saber, e claro, para colocarmos os cintos, mas céus… eu não conseguia por o meu por nada. — Está com dificuldade? — Nathaniel me perguntou, enquanto colocava as suas mãos sobre as minhas, — eu
NATHANIEL BEAUFORTEu vi a minha chance escapar bem em frente aos meus olhos. Quando aquela maldita aeromoça nos disse para sentar, eu sabia que Ágape iria fugir, — mas também sabia que ela segundos antes, estava prestes a se entregar.Mas… ao chegar no hotel, Ágape não olhou na minha direção em nenhum momento, e por mais que uma parte minha não estivesse gostando disso… a outra sentia uma satisfação tão grande, que mal cabia no meu peito. E por quê? Bom... ela podia até ter fugido de mim, mas eu vi os olhos dela vacilarem, vi como o rosto dela parecia corado quando eu a puxei pela cintura, e o jeito como ela parecia ter pensado antes de me afastar e fugir de mim... porra, aquilo me fez ter uma breve esperança por míseros segundos. Claro, aquele sentimento não durou muito, mas ao mesmo tempo, também me deixou inspirado para conseguir mais daquilo, mais daqueles momentos relutantes, daquele olhar confuso... "Ah... mas como eu posso fazer isso?" Fiquei me questionando enquanto entrav
ÁGAPE WALKER Fiquei andando de um lado para o outro no meu quarto, depois daquele bendito convite para jantar que Nathaniel havia feito, e céus... tudo parecia me odiar naquele momento, deus, o universo, até a minha própria cabeça! Porque ao mesmo tempo que eu tentava me convencer de que tudo ficaria bem — de que eu estava bem — por já ter tido uma refeição com Nathaniel antes, uma outra parte de mim, ainda se questionava seriamente, porque se lembrava de como eu tinha reagido no avião, e claro, também dos sonhos malditos que me atormentavam ultimamente.No fim, a verdade era que eu não sabia se podia confiar em mim mesma. Não, na verdade, eu tinha certeza! Mas ao mesmo tempo... eu também sabia que tinha que comparecer ao jantar, porque seria um grande poupa tempo para mim, ou seja... eu poderia voltar logo para a minha casa, acabar com aquela loucura, e finalmente, ter o meu pequeno Aaron de volta. Então, eu tinha que me controlar. Eu tinha que me concentrar. Eu precisava...
ÁGAPE WALKERAssim que os nossos respectivos pratos chegaram, eu notei os olhares de Nathaniel sendo lançados em minha direção, enquanto praticamente queimavam a minha pele. “Ágape, você só precisa ficar aqui até ele falar o que precisa, para você ir para casa mais rápido…” tentei me lembrar mais uma vez, ao respirar fundo enquanto cortava a carne que estava no meu prato, — e para a minha felicidade, parecia estar muito gostosa e bem ao ponto. — Você ficou muito bem nesse vestido. — Nathaniel soltou em dado momento, enquanto os seus olhos iam até as minhas mãos, depois para a minha boca, — parece até que foi feito para você.— Suspeitei a mesma coisa, acredita? — Falei, com um tom que eu reconhecia que havia sido um tanto passivo agressivo, — quase suspeitei que tinham tirado as minhas medidas quando eu não estava olhando. — Minha faca quase escorregou do prato por conta da força que eu coloquei enquanto cortava a carne, causando um som estridente. — Isso seria impossível. — Ele ri
ÁGAPE WALKER Quando o dia seguinte chegou, eu fui direto para a corretora, sem nem passar perto da parte onde os café da manhã era servido no hotel, para ter certeza de que eu não encontraria Nathaniel Beaufort sem ser em um local de trabalho. Não que isso tivesse me ajudado muito para evitar Nathaniel, muito menos para fazer ele se tocar de que eu queria distância, porque assim que ele me encontrou para começarmos a olhar os lugares com a corretora, ele já se aproximou com aquele sorrisinho irritantemente brilhante — que Aaron tinha nitidamente puxado dele — tentando puxar assunto. Claro, eu não dei corda para ele em nenhum momento, muito menos deixei ele continuar puxando conversa fiada — a não ser que fosse sobre os imóveis, ou sobre a amostra dos cômodos — e isso até o fez parar de certo modo, mesmo que os seus olhos continuassem queimando a minha pele, por conta da intensidade com a qual me encaravam.“Ágape, finja que não notou nada, que ele não está olhando para você…” falei
NATHANIEL BEAUFORT Quando escutei de Ágape que ela iria me escutar — mesmo que de um jeito completamente direto e nem um pouco gentil — eu ainda assim achei que aquilo era uma alucinação causada por todos os copos de whisky que eu tinha virado de uma única vez. Afinal, como eu não pensaria isso quando ela tinha me evitado a semana praticamente toda? — Vejo que você não quer me falar sobre, — ela falou ao virar o coquetel todo em sua boca, antes de pegar o palito com as cerejas em conserva, — bom, tudo bem, então eu vou para-... — Não! — Falei ao segurar o braço dela, — digo… espere… Ela se sentou novamente na cadeira, me lançando um olhar nitidamente impaciente. — Está bem, eu vou esperar o seu tempo. Respirei fundo. — Bom, por onde eu começo? — Eu ri, mesmo que não tivesse graça nenhuma no que eu iria dizer, — como você pode ver, eu não durmo a alguns dias, e o motivo… é que eu vou precisar voltar para a minha casa assim que essa viagem acabar. — Peso na consciência? —
ÁGAPE WALKERQuando Nathaniel me puxou para dentro e me beijou, eu senti o meu corpo esquentar, e por mais que algo me dissesse para afastá-lo… eu não consegui. Eu obedeci a maldita vontade que o meu corpo teve de corresponder a ele. E quando eu fui notar, as minhas mãos já estavam desabotoando a sua camisa, enquanto o meu coração batia tão rápido, que parecia prestes a explodir. — Calma… — ouvi Nathaniel ronronar, fazendo o meu corpo se sentar na poltrona, enquanto ele tirava as minhas calças, e se ajoelhava na minha frente, — não precisa de tanta pressa, querida…Ele soltou, mas a urgência que Nathaniel simplesmente colocou a minha calcinha de lado depois de ter tirado a minha roupa, me dizia o contrário. Mas não era como se eu tivesse muito tempo para pensar sobre isso, porque Nathaniel não perdeu tempo e logo colocou a sua boca na minha buceta, fazendo aquela sensação quente me invadir, enquanto eu sentia a sua língua se mover e chupar o meu clitóris. — Ah! — Acabei soltando,
ÁGAPE WALKER Eu tinha fugido de Nathaniel assim que eu acordei, enquanto eu sentia o meu rosto quente, enquanto me lembrava de tudo o que eu tinha feito noite passada, que eu tinha pensado. “Ágape Walker! Qual é a porcaria do seu problema?” Eu quase bati na minha própria cara ao pensar, e depois de me vestir de novo, e me trancar no meu quarto… céus… parecia até mesmo que quem tinha bebido na noite passada tinha sido eu! “Tá tudo bem, Ágape… vai ser só esse imóvel hoje, e você nunca mais vai precisar ver ele…” veio em minha mente, enquanto eu tentava respirar fundo, me enfiando em um banho frio, para ver se eu acordava e voltava pra realidade. Nathaniel Beaufort era casado. Sim. Eu tinha que me lembrar disso, e quando eu fosse na imobiliária com ele, eu tinha que deixar as coisas entre nós claras de novo, para que coisas como as da noite passada, não ocorressem novamente. Então, eu fiz o mesmo da primeira vez, eu não apareci no lugar onde serviam o café da manhã, muito meno