NATHANIEL BEAUFORT Quando escutei de Ágape que ela iria me escutar — mesmo que de um jeito completamente direto e nem um pouco gentil — eu ainda assim achei que aquilo era uma alucinação causada por todos os copos de whisky que eu tinha virado de uma única vez. Afinal, como eu não pensaria isso quando ela tinha me evitado a semana praticamente toda? — Vejo que você não quer me falar sobre, — ela falou ao virar o coquetel todo em sua boca, antes de pegar o palito com as cerejas em conserva, — bom, tudo bem, então eu vou para-... — Não! — Falei ao segurar o braço dela, — digo… espere… Ela se sentou novamente na cadeira, me lançando um olhar nitidamente impaciente. — Está bem, eu vou esperar o seu tempo. Respirei fundo. — Bom, por onde eu começo? — Eu ri, mesmo que não tivesse graça nenhuma no que eu iria dizer, — como você pode ver, eu não durmo a alguns dias, e o motivo… é que eu vou precisar voltar para a minha casa assim que essa viagem acabar. — Peso na consciência? —
ÁGAPE WALKERQuando Nathaniel me puxou para dentro e me beijou, eu senti o meu corpo esquentar, e por mais que algo me dissesse para afastá-lo… eu não consegui. Eu obedeci a maldita vontade que o meu corpo teve de corresponder a ele. E quando eu fui notar, as minhas mãos já estavam desabotoando a sua camisa, enquanto o meu coração batia tão rápido, que parecia prestes a explodir. — Calma… — ouvi Nathaniel ronronar, fazendo o meu corpo se sentar na poltrona, enquanto ele tirava as minhas calças, e se ajoelhava na minha frente, — não precisa de tanta pressa, querida…Ele soltou, mas a urgência que Nathaniel simplesmente colocou a minha calcinha de lado depois de ter tirado a minha roupa, me dizia o contrário. Mas não era como se eu tivesse muito tempo para pensar sobre isso, porque Nathaniel não perdeu tempo e logo colocou a sua boca na minha buceta, fazendo aquela sensação quente me invadir, enquanto eu sentia a sua língua se mover e chupar o meu clitóris. — Ah! — Acabei soltando,
ÁGAPE WALKER Eu tinha fugido de Nathaniel assim que eu acordei, enquanto eu sentia o meu rosto quente, enquanto me lembrava de tudo o que eu tinha feito noite passada, que eu tinha pensado. “Ágape Walker! Qual é a porcaria do seu problema?” Eu quase bati na minha própria cara ao pensar, e depois de me vestir de novo, e me trancar no meu quarto… céus… parecia até mesmo que quem tinha bebido na noite passada tinha sido eu! “Tá tudo bem, Ágape… vai ser só esse imóvel hoje, e você nunca mais vai precisar ver ele…” veio em minha mente, enquanto eu tentava respirar fundo, me enfiando em um banho frio, para ver se eu acordava e voltava pra realidade. Nathaniel Beaufort era casado. Sim. Eu tinha que me lembrar disso, e quando eu fosse na imobiliária com ele, eu tinha que deixar as coisas entre nós claras de novo, para que coisas como as da noite passada, não ocorressem novamente. Então, eu fiz o mesmo da primeira vez, eu não apareci no lugar onde serviam o café da manhã, muito meno
ÁGAPE WALKER Assim que tudo acabou, eu fugi dos braços de Nathaniel mais uma vez, e céus… o que eu estava fazendo da minha vida? Por que eu continuava cedendo? Por que eu continuava me entregando para aquele desgraçado? — Não, não, não, não! — Eu praticamente peguei um táxi às pressas enquanto arrumava o meu próprio cabelo e as minhas roupas. Claro, o taxista provavelmente achou que eu era doída pelo jeito que eu tinha entrado no carro, mas... eu não queria me deparar com Nathaniel depois daquilo de novo. Pelo menos... não até eu me convencer de que eu conseguiria dizer não para ele. Esse dia estava próximo? Eu não sabia. Ele realmente chegaria? Eu... honestamente desejava que sim. Mas enquanto ele não chegava, eu apenas me enfiei dentro do meu quarto assim que eu cheguei no hotel, novamente me jogando na cama, e encarando aquele bendito teto branco. — Burra, é isso que você é Ágape! Burra! — Eu fiquei rolando na cama ao dizer, enquanto os meus dedos praticamente puxavam os
NATHANIEL BEAUFORT Quando eu senti o salto de Ágape deslizando pela minha perna, eu apenas pude sorrir, porque ao mesmo tempo que ela ficava fugindo de mim, ela parecia querer me manter por perto, querer o mesmo que eu a todo momento. E aquele olhar felino? Aquele rosto levemente corado enquanto me encarava? Ah… me deixava à beira da insanidade. — No que está pensando tanto, senhor Beaufort? — Aquela voz aveludada lançou, com um arquear de canto que me fez questionar a minha própria sanidade, — você parece um tanto... — senti o pé de Ágape subindo ainda mais, se aproximando do meio das minhas pernas, — desatento. Respirei fundo, porque se o que Ágape Walker queria era jogar… eu entraria em seu jogo, com todo prazer. — Se for esse o caso, senhorita Walker. — Eu me levantei para puxar a sua cadeira, a colocando perto da minha, — prenda a minha atenção, me entretenha. Assim que aquelas palavras saíram da minha boca, eu senti a sua mão no meio das minhas pernas, enquanto ela c
ÁGAPE WALKER Nathaniel apenas me levou para o seu quarto depois disso, e céus… como ele parecia conseguir se superar toda bendita vez? E como ele parecia sempre ter o mesmo efeito de uma droga no meu organismo? Uma que apenas me viciava cada vez mais, mesmo que eu desesperadamente, quisesse parar de chegar perto? Ele trancou a porta atrás de si antes de começar a me beijar de novo enquanto tirava as minhas roupas com certa pressa, e por impulso, os meus dedos também começaram a desabotoar a sua camisa, mostrando aquele corpo bronzeado e definido, que parecia ter sido esculpido. Mas eu mal pude reparar muito nisso antes de ser jogada para a cama de Nathaniel de forma brusca, e quando ele começou a beijar o meu pescoço enquanto a sua mão brincava com o bico do meu peito... eu senti o meu corpo esquentar mais uma vez, e a minha buceta ficar ainda mais molhada, ao ponto de ser doloroso. Eu queria Nathaniel. Eu queria aquele desgraçado dentro de mim, mas ele continuava ali, me tort
NATHANIEL BEAUFORT Os dias bons passavam rápido, — eu me dei conta disso enquanto estive naquele hotel com Ágape. Embora ela ainda me abandonasse em meu quarto todas as noites e se recusasse a me deixar entrar no seu, — eu a tive em meus braços diversas vezes, e a forma como ela me olhava, me abraçava e me prendia entre suas pernas… era o suficiente no presente momento, para me garantir, que essa mulher sentia algo por mim, nem que fosse mínimo. Eu não tinha ideia do que era, — mas o simples fato de não ser ódio, já era um progresso. Ágape Walker, não me odiava. Ela era fria, — às vezes me dava um sorriso lascivo, acompanhado de um comentário ácido, — mas eu seria um mentiroso se dissesse que isso não me fazia considerá-la ainda mais atraente aos meus olhos. Então, quando encarei a realidade: de ter que voltar para o inferno que eu chamava de lar, e largar aquele paraíso onde vivi pelos últimos dias ao lado de Ágape Walker, — eu tentei me apegar com todas as minhas forças, as le
ÁGAPE WALKER Eu não queria Nathaniel ali, na minha casa, pior ainda, próximo de onde poderia ver o meu filho, mas não tive como recusar e quando eu finalmente entrei em casa, o alívio tomou conta do meu corpo, junto da felicidade do meu filho ter sido a primeira pessoa que eu vi, assim que eu abri a porta. — Mamãe! — Aaron veio correndo em minha direção, com os braços abertos, junto de um sorriso largo, — taba com saudade… Eu me abaixei para o abraçar com força, enquanto o enchia de beijos e mais beijos pelo seu rostinho lindo e bochechudo. — Também senti muito a sua falta… — falei ao afundar o rosto nele, porque eu sabia que eu não havia ficado tanto tempo longe do meu filho, mas… pareceu uma eternidade, — muito, muito mesmo… — Também… — ele se afastou brevemente, abrindo aqueles pequenos bracinhos até o limite, — um tantão assim! — Um tantão assim? Quanta coisa! — Brinquei, o fazendo cócegas, — mamãe também sentiu, assim ó… — também estiquei os meus braços, fazendo Aaron ri