ÁGAPE WALKERAssim que os nossos respectivos pratos chegaram, eu notei os olhares de Nathaniel sendo lançados em minha direção, enquanto praticamente queimavam a minha pele. “Ágape, você só precisa ficar aqui até ele falar o que precisa, para você ir para casa mais rápido…” tentei me lembrar mais uma vez, ao respirar fundo enquanto cortava a carne que estava no meu prato, — e para a minha felicidade, parecia estar muito gostosa e bem ao ponto. — Você ficou muito bem nesse vestido. — Nathaniel soltou em dado momento, enquanto os seus olhos iam até as minhas mãos, depois para a minha boca, — parece até que foi feito para você.— Suspeitei a mesma coisa, acredita? — Falei, com um tom que eu reconhecia que havia sido um tanto passivo agressivo, — quase suspeitei que tinham tirado as minhas medidas quando eu não estava olhando. — Minha faca quase escorregou do prato por conta da força que eu coloquei enquanto cortava a carne, causando um som estridente. — Isso seria impossível. — Ele ri
ÁGAPE WALKER Quando o dia seguinte chegou, eu fui direto para a corretora, sem nem passar perto da parte onde os café da manhã era servido no hotel, para ter certeza de que eu não encontraria Nathaniel Beaufort sem ser em um local de trabalho. Não que isso tivesse me ajudado muito para evitar Nathaniel, muito menos para fazer ele se tocar de que eu queria distância, porque assim que ele me encontrou para começarmos a olhar os lugares com a corretora, ele já se aproximou com aquele sorrisinho irritantemente brilhante — que Aaron tinha nitidamente puxado dele — tentando puxar assunto. Claro, eu não dei corda para ele em nenhum momento, muito menos deixei ele continuar puxando conversa fiada — a não ser que fosse sobre os imóveis, ou sobre a amostra dos cômodos — e isso até o fez parar de certo modo, mesmo que os seus olhos continuassem queimando a minha pele, por conta da intensidade com a qual me encaravam.“Ágape, finja que não notou nada, que ele não está olhando para você…” falei
NATHANIEL BEAUFORT Quando escutei de Ágape que ela iria me escutar — mesmo que de um jeito completamente direto e nem um pouco gentil — eu ainda assim achei que aquilo era uma alucinação causada por todos os copos de whisky que eu tinha virado de uma única vez. Afinal, como eu não pensaria isso quando ela tinha me evitado a semana praticamente toda? — Vejo que você não quer me falar sobre, — ela falou ao virar o coquetel todo em sua boca, antes de pegar o palito com as cerejas em conserva, — bom, tudo bem, então eu vou para-... — Não! — Falei ao segurar o braço dela, — digo… espere… Ela se sentou novamente na cadeira, me lançando um olhar nitidamente impaciente. — Está bem, eu vou esperar o seu tempo. Respirei fundo. — Bom, por onde eu começo? — Eu ri, mesmo que não tivesse graça nenhuma no que eu iria dizer, — como você pode ver, eu não durmo a alguns dias, e o motivo… é que eu vou precisar voltar para a minha casa assim que essa viagem acabar. — Peso na consciência? —
ÁGAPE WALKERQuando Nathaniel me puxou para dentro e me beijou, eu senti o meu corpo esquentar, e por mais que algo me dissesse para afastá-lo… eu não consegui. Eu obedeci a maldita vontade que o meu corpo teve de corresponder a ele. E quando eu fui notar, as minhas mãos já estavam desabotoando a sua camisa, enquanto o meu coração batia tão rápido, que parecia prestes a explodir. — Calma… — ouvi Nathaniel ronronar, fazendo o meu corpo se sentar na poltrona, enquanto ele tirava as minhas calças, e se ajoelhava na minha frente, — não precisa de tanta pressa, querida…Ele soltou, mas a urgência que Nathaniel simplesmente colocou a minha calcinha de lado depois de ter tirado a minha roupa, me dizia o contrário. Mas não era como se eu tivesse muito tempo para pensar sobre isso, porque Nathaniel não perdeu tempo e logo colocou a sua boca na minha buceta, fazendo aquela sensação quente me invadir, enquanto eu sentia a sua língua se mover e chupar o meu clitóris. — Ah! — Acabei soltando,
ÁGAPE WALKER Eu tinha fugido de Nathaniel assim que eu acordei, enquanto eu sentia o meu rosto quente, enquanto me lembrava de tudo o que eu tinha feito noite passada, que eu tinha pensado. “Ágape Walker! Qual é a porcaria do seu problema?” Eu quase bati na minha própria cara ao pensar, e depois de me vestir de novo, e me trancar no meu quarto… céus… parecia até mesmo que quem tinha bebido na noite passada tinha sido eu! “Tá tudo bem, Ágape… vai ser só esse imóvel hoje, e você nunca mais vai precisar ver ele…” veio em minha mente, enquanto eu tentava respirar fundo, me enfiando em um banho frio, para ver se eu acordava e voltava pra realidade. Nathaniel Beaufort era casado. Sim. Eu tinha que me lembrar disso, e quando eu fosse na imobiliária com ele, eu tinha que deixar as coisas entre nós claras de novo, para que coisas como as da noite passada, não ocorressem novamente. Então, eu fiz o mesmo da primeira vez, eu não apareci no lugar onde serviam o café da manhã, muito meno
ÁGAPE WALKER Assim que tudo acabou, eu fugi dos braços de Nathaniel mais uma vez, e céus… o que eu estava fazendo da minha vida? Por que eu continuava cedendo? Por que eu continuava me entregando para aquele desgraçado? — Não, não, não, não! — Eu praticamente peguei um táxi às pressas enquanto arrumava o meu próprio cabelo e as minhas roupas. Claro, o taxista provavelmente achou que eu era doída pelo jeito que eu tinha entrado no carro, mas... eu não queria me deparar com Nathaniel depois daquilo de novo. Pelo menos... não até eu me convencer de que eu conseguiria dizer não para ele. Esse dia estava próximo? Eu não sabia. Ele realmente chegaria? Eu... honestamente desejava que sim. Mas enquanto ele não chegava, eu apenas me enfiei dentro do meu quarto assim que eu cheguei no hotel, novamente me jogando na cama, e encarando aquele bendito teto branco. — Burra, é isso que você é Ágape! Burra! — Eu fiquei rolando na cama ao dizer, enquanto os meus dedos praticamente puxavam os
NATHANIEL BEAUFORT Quando eu senti o salto de Ágape deslizando pela minha perna, eu apenas pude sorrir, porque ao mesmo tempo que ela ficava fugindo de mim, ela parecia querer me manter por perto, querer o mesmo que eu a todo momento. E aquele olhar felino? Aquele rosto levemente corado enquanto me encarava? Ah… me deixava à beira da insanidade. — No que está pensando tanto, senhor Beaufort? — Aquela voz aveludada lançou, com um arquear de canto que me fez questionar a minha própria sanidade, — você parece um tanto... — senti o pé de Ágape subindo ainda mais, se aproximando do meio das minhas pernas, — desatento. Respirei fundo, porque se o que Ágape Walker queria era jogar… eu entraria em seu jogo, com todo prazer. — Se for esse o caso, senhorita Walker. — Eu me levantei para puxar a sua cadeira, a colocando perto da minha, — prenda a minha atenção, me entretenha. Assim que aquelas palavras saíram da minha boca, eu senti a sua mão no meio das minhas pernas, enquanto ela c
ÁGAPE WALKER Nathaniel apenas me levou para o seu quarto depois disso, e céus… como ele parecia conseguir se superar toda bendita vez? E como ele parecia sempre ter o mesmo efeito de uma droga no meu organismo? Uma que apenas me viciava cada vez mais, mesmo que eu desesperadamente, quisesse parar de chegar perto? Ele trancou a porta atrás de si antes de começar a me beijar de novo enquanto tirava as minhas roupas com certa pressa, e por impulso, os meus dedos também começaram a desabotoar a sua camisa, mostrando aquele corpo bronzeado e definido, que parecia ter sido esculpido. Mas eu mal pude reparar muito nisso antes de ser jogada para a cama de Nathaniel de forma brusca, e quando ele começou a beijar o meu pescoço enquanto a sua mão brincava com o bico do meu peito... eu senti o meu corpo esquentar mais uma vez, e a minha buceta ficar ainda mais molhada, ao ponto de ser doloroso. Eu queria Nathaniel. Eu queria aquele desgraçado dentro de mim, mas ele continuava ali, me tort