Cap.40: A humilhação de Hanna.— Quero ver quanto tempo vai continuar com essa petulância. — sorriu Liara com crueldade, seus olhos fixos em Hanna por cima dos ombros.Seguindo com sua postura arrogante, Liara conduziu Hanna até um vestiário, onde lhe entregou um uniforme novo.— Eu não vou vestir isso! — protestou Hanna, cruzando os braços com raiva.— Você tem escolha por acaso? — retrucou Liara, enfurecida, ainda segurando o uniforme estendido. Diante da recusa de Hanna em pegá-lo, Liara a agarrou pelos cabelos e a arrastou até o banheiro.— Vista agora! — ordenou ela, com a voz carregada de desprezo. — Você acha que tem algum privilégio aqui? Tanto Morgan quanto sua tia a deixaram comigo. Morgan não se importou nem um pouco com a sua situação, não se iluda pensando que ele se importa com você. Ele está lá cuidando da sua prometida.As palavras de Liara acenderam um fogo de raiva nos olhos de Hanna. Ela apertou os punhos, jurando se vingar de Morgan por sua traição.— Não me import
Cap.41: duas prisioneiras não podem se ajudar. O segurança seguiu por um caminho diferente do de Lory, apenas para despistar que a estava seguindo pelo mesmo local. Assim que chegou à porta, ele a trancou, impedindo que ela pudesse sair. Lory ainda não havia percebido que estava trancada. Ela apenas se sentou no sofá, esperando que o tempo passasse para poder sair e ir atrás de Hanna. No fundo do jardim abandonado, Hanna olhava para o balde e a escova com desdém. Ela sabia que o trabalho era árduo. — Bom... ao menos vou tentar, mesmo que eu não goste... — pensou ela consigo mesma, caminhando pelo limo sem ter ideia de como limpar aquilo apenas com uma escova. Ela até tentou, mas a camada grossa e a densidade daquilo pareciam até mesmo uma gosma que fazia seu estômago revirar. — Não! Eu não posso ficar aqui, logo hoje que eu ia até o hospital... — lamentou ela, desistindo de esfregar o chão. Ela subiu a escada e tentou entrar, mas para sua surpresa, estava trancada. Como se já não
Cap.42: Morgan percebe a ausência de Danica (Hanna) A tarde agonizava, mas Hanna não desistia. Lutando desesperadamente por uma saída, gritava "socorro!" com a garganta seca e batia na porta com força, mas a cada tentativa, a imensidão do lugar a desanimava. A escuridão caía lentamente, encolhendo o espaço e intensificando seu medo. O ar abafado do local a sufocava. Em seu quarto, Liara, com um sorriso cruel nos lábios, observava a noite tomar conta da casa, sem nenhuma preocupação. Maya, com um olhar cúmplice, acompanhava a mãe — Mãe... não acha que deveria ir buscar aquela... hum... "maltrapinha"? — perguntou Maya, balançando uma taça de vinho enquanto seus pés descansavam no braço da poltrona em que se encontrava relaxada. — De maneira alguma! Ela deve permanecer exatamente onde está. — retrucou a Liara, escovando os cabelos com um ar de determinação. — Mas e se Morgan desconfiar? Com ele pensando no acordo, isso não pode atrapalhar tudo? — Maya indagou, pensativa. — Não, Morg
Cap.43: Antes tarde do que nunca.Ele convocou alguns seguranças. Com voz grave e tensa, perguntou onde Liara havia levado a sobrinha de Lory. Os homens, atordoados pela situação, negaram conhecimento. Informaram apenas que a menina não havia saído da mansão. Diante disso, Morgan deduziu que ela ainda estivesse no andar de cima.— Com determinação, ordenou aos seguranças que a buscassem. Eles assentiram em silêncio e partiram em direção aos quartos, vasculhando cada canto com meticulosidade.— Não façam barulho, — Morgan os alertou antes que subissem as escadas. — E se Liara os vir, não revelem o motivo da busca. Ela não pode saber o que está acontecendo."Os seguranças, cientes da gravidade da situação, moveram-se com cautela pela mansão, cada passo ecoando na imensidão da casa, enquanto a apreensão pairava no ar.Após vasculhar cada canto da mansão, a busca por Hanna se mostrou infrutífera. Morgan, tomado por um receio inquietante, lembrou-se da área isolada nos fundos, um local p
Cap.44: Amanhecer NebulosoA noite transcorreu envolta em vigília para Morgan. Ao lado de Hanna, ele preparou uma sopa caseira, simples e nutritiva, para que ela se alimentasse sem riscos de engasgo. Somente após confirmar que a febre havia cedido, ele se retirou para o quarto, já eram três horas da madrugada e em seus olhos trazia o cansaço.Ao despertar, Hanna se deparou com uma silhueta contra a luz do sol nascente. Sentada à beira da cama, a figura a observava em silêncio. Antes de reconhecer Ametista, Hanna se assegurou de que estava em seu quarto, respirando aliviada por estar segura.— Bom dia, senhorita Danica — Ametista a saudou gentilmente. — Preparei um café da manhã para você. Deve estar faminta. Não se preocupe, não pretendo te causar mal. — avisou ao perceber Hanna um pouco assustada.— A senhora é a mãe de Morgan, não é? — Hanna indagou, ainda fraca e confusa.— Sim, meu nome é Ametista.— Desculpa, não queria causar problemas... — murmurou ela.— Não sei de nada do que
Cap.45: curiosidade em saber mais.Morgan seguiu para sua empresa, onde encontrou dois de seus homens de confiança: Gantz, seu segurança particular, e Oliver, seu segurança e investigador. Ele os havia chamado ali naquela manhã após a breve conversa com sua mãe.— Já podemos voltar à mansão? — perguntou Oliver, seu segurança. — Estou cansado de andar em círculos, talvez se interrogar Hanna... — sugeriu ele incomodado.— Pode ser... — suspirou Morgan, pensativo. — Queria tirar algumas dúvidas antes, sobre as investigações.Oliver o encarou com as sobrancelhas erguidas.— Você está interessado sobre as coisas de sua nova agora?— Não é que eu esteja, mas gostaria de saber algo mais detalhado, e quero que investigue a vida de outra pessoa. Siga-a, faça o que bem entender.— Ok... Mas o que você quer?— O que você descobriu que poderia ser relevante?Oliver coçou o queixo, pensativo, encarando seu amigo Gantz.— Bom... Hanna Ortiz — ele disse — ela trabalha na empresa de logística dos Far
Hanna se manteve agachada enquanto a enfermeira na recepção a observava confusa. Ela se arrastou no chão sem se importar, enquanto Morgan e o doutor se aproximavam.— O que Morgan faz aqui? — ela murmurou, cerrando os dentes enquanto engatinhava, entrando na área da UTI e correndo pelo corredor.— Ué? Mas ela estava bem aqui — comentou o médico constrangido.— Doutor... onde ela está? — perguntou Morgan, o encarando disperso sem entender.— Não sei, ela estava ainda aqui. Eu estava cuidando das mãos dela.— Mãos? — Morgan franziu o cenho.— Sim... ela estava com a mão enfaixada. Soube que ela teve febre. Acredito que ela esteja passando por maus bocados. Estava bem abatida também... — suspirou o médico apreensivo.Morgan ficou um tempo pensativo. Danica (Hanna) veio em sua cabeça, mas ele sorriu sem graça, tirando isso da cabeça. Seus pensamentos se voltaram novamente para a noite anterior.— Não pode ser... será? — ele resmungou pensativo.— O que? — perguntou o médico confuso.— Des
Cap.47: Intrigas e ciúmes.Hanna, por sua vez, rapidamente trocou de roupa após um rápido banho, enquanto Lory a observava com apreensão.— Será que ele não sabe que é você a moça? — perguntou a governanta, a voz carregada de preocupação.— Não sei... — murmurou Hanna, apreensiva. — Ainda assim, eu tenho que voltar à mansão e inventar alguma desculpa para conseguir despistar.Ela seguiu até o guarda-roupa, abrindo a sua caixa de joias. Lá, pegou a aliança e um cordão.— Já faz tanto tempo... Ele sempre gostou desse cordão. Devo levar para ele, assim ele não vai se sentir tão só... — suspirou Hanna, segurando o pequeno brasão de família cravejado com cinco pedras preciosas.Lory percebeu a joia e ficou curiosa. Hanna então lhe explicou que era uma joia de família que atravessava gerações, mas ela nunca conseguiu descobrir qual história por trás dessa joia tão bem guardada pela sua família.Ela seguiu para a mansão, mas pouco antes Morgan tinha saído de seu quarto, inquieto. Já estava p