Cap.57: Quando te encontro.— Como assim eles encontraram alguém para fazer testes? Alguém com a mesma doença do meu irmão? — perguntou Hanna os encarando, desconfiada. — E se for algo perigoso? E se...O doutor seguiu até sua mesa e, mexendo na gaveta, trouxe alguns papéis. Hanna apertou os olhos por alguns momentos, em seguida desejando que não fosse seu irmão. Ela jamais permitiria que testassem algo incompleto nele.O professor entregou em suas mãos a cópia das informações do paciente. Ela as analisou e ficou aliviada ao ver que se tratava de um homem de vinte e cinco anos.Pediu todos os resultados que eles tiveram com os novos estudos e começou a estudar cada relatório e anotação naquele mesmo momento, afastando o fantasma do ciúme que a rondava enquanto se lembrava da cena.Morgan, por sua vez, estava em uma confeitaria. Parecia que ele tinha algum costume de levar mulheres para lojas de bolo. Misaluna comia sua fatia de bolo com alegria, como se fosse um banquete, enquanto Mor
Cap.58: No laboratório— Eu sinto muito... — ela disse com a voz rouca, mantendo a cabeça baixa enquanto os papéis agora estavam espalhados. Ninguém tinha visto aquilo do lado de dentro, então ela se abaixou na intenção de se esconder mais e começou a recolher tudo, até que viu por baixo do boné a mão de Morgan exibindo seu relógio de Arnold & Son enquanto ele pegava as folhas. Ao mesmo tempo, ela não podia ver a cara dele ao ver do que se tratava.— Quem é você? — ele perguntou, e Hanna apertou os olhos, pensando no que poderia fazer.— Ah! Senhor Farrugia! — Morgan ouviu a voz alta e animada do especialista, o mesmo que era professor de Hanna.— O que está acontecendo? — Morgan perguntou tranquilo, mas confuso, ao se aproximar do professor enquanto Hanna continuava agachada no chão. Ele segurava em mãos algumas folhas.— Lembra que eu tinha lhe falado sobre uma das minhas alunas prodígios? Essa é a senhorita...— Ane! — gritou Hanna de forma abrupta.— Ane? — questionou o professor,
quatro moças da mesma idade?Morgan chegou à sala do professor sem nem bater. Hanna ainda estava no banheiro, presa em frente ao espelho, pensando em como se disfarçar. Pelo menos, seus cabelos estavam escondidos sob o chapéu, mas ele poderia ver seu rosto se tentasse. Morgan era bem mais alto, ainda assim...Ele olhou ao redor à procura dela, até ouvir um barulho no banheiro. Alertou seus homens para ficarem em silêncio.Hanna saiu de cabeça baixa, até ver os pés de Morgan. Sim! Era ele. Ela o acusou, fechando os olhos:— Menina prodígio, não é? — perguntou ele enquanto ela criava coragem e se aproximava do outro lado da mesa. Morgan tentava observá-la por baixo do chapéu, mas a cabeça baixa o deixava intrigado.— Bom dia, senhor Morgan, novamente... — balbuciou ela com as mãos suando.Morgan encarou seus olhos, confuso. Não tinha ideia do que fazer com a reação daquela menina. Não podia encará-la ou ver seu rosto, o que o incomodava, mas não tinha o direito de se aproximar e revelar
Cap: 60: Oliver descobre sobre Hanna.Maya se levantou e, andando de um lado para o outro, demonstrava inquietude em relação ao plano de sua mãe.— Como assim engravidar dele? Não está indo longe demais? — perguntou Maya, sem reação.— Você mesma disse que queria ficar com ele, certo? — retrucou Liara.— Mas você nunca aprovou, queria vê-lo infeliz! Acha que ele vai ser infeliz ao meu lado, não é? Por ele não me amar e você querer ainda assim obrigá-lo a se casar. — Maya supôs, sentindo mágoa de sua mãe.— Deixa de ser ingênua, não é por causa disso. — Liara riu. — Uma das cláusulas do contrato diz que, se acontecer adultério e for comprovado no casamento, a parte traída pega metade de todo o patrimônio Farrugia. Isso é muito!— Você está querendo dar uma vida boa a essa mulher? — protestou Maya.— Ela não vai ter uma vida boa se morrer. — Liara comentou, de repente ficando sombria.Maya ficou em silêncio, em meio à perplexidade com o que sua mãe tinha acabado de falar, se sentindo re
Cap. 61: eu sou casado com a garota prodígio.. — Deveríamos ter desconfiado, — Oliver disse, pensativo. — Afinal, a menina prodígio apareceu na faculdade pouco depois de você pagar o empréstimo estudantil.— Isso! — Morgan exclamou, com a cabeça ainda latejando. — Hanna me pediu cem mil dólares! Ela ainda não sabia que eu tinha pago o empréstimo dela. Soube que a faculdade a avisou sobre o pagamento naquele mesmo dia, e depois disso a garota apareceu na universidade.— Estava na nossa cara! — Gantz esbravejou, aliviado por mais um trabalho concluído.— Hanna... quem diria... — Morgan resmungou, levando as mãos à cabeça. — Então ela não é só uma mulher vazia interessada em dinheiro, certo?— Suponho que ela te peça dinheiro por algum motivo justo, — Oliver comentou. — Afinal, até onde sei, ela nem recebe nada pelas pesquisas que faz.— Olha... — Oliver continuou, hesitante. — Eu já não estava na mansão desde o primeiro dia que fui responsável em levar as coisas para o anexo e mostrar
Cap.62: identidade confirmada.Hanna sentia-se como se tivesse entrado em um pesadelo, sem pensar duas vezes, largou a mochila e correu o mais rápido que conseguia em direção a Morgan, que a encarou surpreso. No mesmo instante, ela o empurrou com força, fazendo-o recuar.Intuitivamente, ele segurou em seu braço, acabando por puxá-la junto, caindo no chão com ela por cima de seu corpo.Todos que estavam passando por ali perceberam a cena e correram para ajudá-los.O chapéu de Hanna tinha escapado e caído a alguns centímetros ao lado de Morgan. Seus olhos se cruzaram com os dele por alguns segundos até que ela colocou a mão no rosto o cobrindo, sem sequer cogitar a ideia de sair de cima de Morgan.— Mais uma... — ele resmungou baixinho, ao mesmo tempo que tentava se recompor, lembrando-se que aquela era sua esposa. Olhou para o lado e avistou o chapéu de Hanna enquanto as pessoas se aproximavam para ver se ambos estavam bem.— O que? — Hanna balbuciou ao sentir algo ser colocado sobre s
Cap.63: pensamentos presos nela.Ele mantinha as mãos nos bolsos, sem sentir nojo ou repulsa, mas sem se sentir no direito de tocá-la, mesmo sendo sua esposa.— Já está pronto, pode levá-la — Oliver entrou no laboratório, avisando Morgan que ainda hesitava sobre o que fazer.Oliver e Gantz se encararam confusos, com indagação no olhar.— Tudo bem, eu vou levá-la — avisou Morgan.— Tem certeza? Eu posso levá-la se estiver se sentindo desconfortável — Oliver ofereceu.— Não, Hanna é minha responsabilidade — Morgan avisou, pegando-a em seus braços. Ele pensou que ela despertaria, mas ela estava em um pico de exaustão. Seguiu pelo corredor vazio da universidade e entrou no corredor dos dormitórios. Ele havia pedido um quarto vazio e não foi difícil conseguir, já que Morgan era tão influente e conhecido.Entrou no quarto simples, com uma cama de solteiro e um beliche, e colocou Hanna na cama. Ela se aninhou, apreciando a maciez do colchão, enquanto Morgan sorria ao perceber isso.Ainda ass
Cap.64: pés debaixo da minha camaHanna ficou surpresa com o desânimo da amiga. Já que ela estava tão apegada a Morgan, não parecia que eles não se entendiam. Pelo contrário, Hanna poderia dizer que eles estavam seguindo tão bem quanto casal quando Morgan e Danica.— Você não parece feliz... — balbuciou Hanna, seguindo para a cama e pegando o celular.— Sabe... ele é lindo, gentil e de ótima família, mas não gostaria de me casar com ele.— Vocês... você não gosta dele? — perguntou Hanna ao mesmo tempo que pegava seu celular, ao ver uma mensagem de Lory.“Volte para casa, Morgan vai colocar homens para te buscar. Se ele não encontrar, vai convocar toda a polícia estadual para te encontrar!”Hanna ficou pálida quando leu.— Misa... depois a gente conversa, ok? Estou com problemas, tenho que tirar essa coisa da minha cara e me arrumar! — avisou Hanna ansiosa, começando a andar de um lado para o outro. Aquele não era seu quarto.Mas rapidamente, ela conseguiu ir até o armário, pegar suas