Lucian...
__ Essa mulher me tira do sério!
__ Calma filho. - Alma tentava me acalmar, porém suas tentativas eram falhas.
Ao sair daquele lugar, tive que me conter para não matar Isabel. Quando chegamos em casa ela agiu como se nada tivesse acontecido e foi para seus aposentos, pro seu bem, foi o melhor que ela fez.
__ Ela chamar todo mundo de imprestável, foi o auge. - Felipe se joga no sofá rindo, feito uma hiena.
__Ela é muito sem noção. - Lídia revira os olhos, mostrando seu descontentamento com Isabel.
__ O dia hoje foi muito stressante e agora temos um problema muito mais importante para resolver do que ficar falando de Isabel. - Digo.
__ Qual é mesmo? - Perguntou Felipe.
Lídia dá um tapa em sua cabeça.
__ Ai, ruiva. - Ele resmunga.
Alma sorrir dos dois.
__ O problema é a volta do assassino, algo me diz que dessa vez ele tem um alvo em específico. - Ela diz.
__ Acho que ele sempre teve. - Diz Felipe...
Ouço a conversa em silêncio, até sentir falta de uma pessoa.
__ Onde foi que o Romeu se meteu?- Pergunto.
Logo vi, a porta sendo aberta por ele.
__ Estava no hospital ajudando com os feridos. - Ele diz.
__Como estar por lá? - Perguntou Felipe.
__ Estável, parece que a filha do Alfa tem o dom dá cura e está ajudando a amenizar a situação.
__ Aurora? Falou com ela? - Tive a sensação de meus olhos terem crescido, como os de um filhote.
__ A vi. Mas...
__ Por falar nela. Que mulher admirável em, salvou o dia e ainda enfrentou Isabel para salvar aquela loba. - Alma o interrompe.
__ Verdade. - Lídia me lança um olhar discreto, pois até o momento, apenas ela sabia do meu interesse em saber mais sobre aquela mulher.
__ Ela é muito bonita. - Disse Felipe.
Segurei um rosnado.
__ Sim. Mas, o que você ia falar Romeu?
__ Eu ia comentar que a vi no hospital, pouco antes de se trancar em uma sala com Santiago. - Ele deu de ombros, como se aquilo não fosse nada.
__ COMO É? - Falei tão alto que todos me olharam com o cenho franzido, exceto Lídia que segurava o riso.
__ O que houve querido? - Alma pergunta.
__ Repete o que disse Romeu.
Ignoro os olhares curiosos e as perguntas de Alma.
__ Eu disse que vi a filha do Alfa pouco antes de se trancar em uma sala com Santiago, por quê?
Respirei o mais fundo que consegui tentando me controlar.
" Que ciúmes"
__ Lucian.
__ O QUÊ?- Gritei.
__ Está rasgando o sofá. - Romeu aponta para minhas mãos, onde agora estavam minhas garras completamente de fora.
Perdo o resto do controle que ainda me restava. Meu lobo entra em cena.
__ Lucian, a onde você vai?
Não respondo.
Saio de casa com um destino em mente, corro pela a estrada cercada por luminárias. Minha respiração estava pesada, estava tão rápido, que não sentia o chão embaixo de minhas patas.
...
Já estava em frente ao hospital, não me importava com os olhares curiosos sobre mim.
Volto a minha forma humana e entro sem falar com ninguém, estava cego pela a ira que se emanava dentro de mim.
__ Supremo! Posso ajuda-lo em algo? - Perguntou uma médica com um misto de surpresa estampado no rosto.
" Pode. Não falando comigo, obrigado"
A Ignorei e continuei a andar pelos corredores cheio de sobrenaturais feridos. Todos me olhavam espantados, mas não dei a mínima. Fui em outra ala do hospital, onde avistei de longe a amiga de Aurora lendo alguma coisa.
Me aproximo rápido dela, assim que ela percebe minha presença,tenta recuar.
__ Pare onde está, garotinha. - rosno - Onde está sua amiga?
__ Por que quer saber dela? - Ela se encolhe.
__ Eu faço as perguntas aqui. - Me mantive sério, mesmo com o peito queimando de ciúmes e de raiva por está dessa forma, por uma mulher que nem ao menos troquei duas palavras direito, eu não queria assustar a garota a minha frente.
" Se ela colaborar"
__ Na... na...
__ Onde Vanessa? - Me controlava para não gritar com ela.
Ela arregala os olhos, quando me ouve falar seu nome, mas com rapidez engole seco e se esforça, para falar:
__ Na... na... na sala no final do corredor. - Ela se tremia toda.
Passo por ela, e vou em passos largos até a sala indicada.
...
Quando chego em frente a uma grande porta branca, farejo o ar e sinto o cheiro maravilhoso de Aurora.
Entro de uma vez fazendo ela se assustar.
__ Você?
Ela dá um passo para atrás.
Olho para a maca ao lado e vejo os lençóis bagunçados, meu peito se enche mais ainda de ciúmes, e lá no fundo estava magoado, meu lobo uivava triste.
" Eu só queria saber o motivo disso"
" Não faz sentido"
" Mas, eu a quero"
Olho sério pra ela.
__ O que está fazendo aqui? - perguntou ela, sem entender - Está ferido?
Sua voz era calma e suave.
Em um movimento rápido a pego no colo e a encosto na parede, ela grita com o susto.
__ Vou ser bem claro com você Aurora- Me abaixo ficando centímetros próximo ao seu rosto - EU não sei o que está acontecendo comigo, mas eu não quero te ver perto de nenhum homem, se isso que aconteceu naquela maca- me seguro para não usar força demais e acabar a machucando - voltar acontecer, eu mato o infeliz que tocar em você.
__ Qual o seu problema? - Ela se altera.
__ VOCÊ! ... VOCÊ É O MEU PROBLEMA.
Aperto sua cintura.
__ Você é louco? Por que está fazendo isso?
__ Porque você minha Aurora, MINHA! ouviu bem?
Seus olhos me encaram em confusão, e pela primeira vez em séculos, não via medo no olhar de alguém.
__ Não meu querido, Eu não sou de ninguém! E nem lhe conheço pra você dizer o que eu faço ou deixo de fazer. - Ela me empurra.
A olho incrédulo.
__ Você está me contrariando?
__ O que você acha supremo?
__ Você é muito corajosa. - Me segurava para não acariciar seu rosto, outro em seu lugar, já estaria morto por tamanha ousadia.
__ Digo o mesmo- Ela põe as mãos na cintura- Por acaso você não é comprometido com a mulher que apresentou hoje para o seu povo?
" É o que todos pensam"
Ela estava furiosa, mas parecia nunca perder a elegância em seu modo de falar e agir.
__ Isabel é só mais uma dor de cabeça em minha vida, eu tenho outros interesses. - A olho com admiração de cima abaixo, e ao imaginar aquele lobo sarnento a tocando, fecho as mãos com força.
__ Vá embora supremo, acho que errou o endereço. - Ela vira de costa.
__ Sei bem onde estou.
Volto a me aproximar abraçando possessivamente sua cintura.
__Ai.
__ Meu aviso está dado, a partir de agora você me pertencerá, esteja ciente disso. - Sussurrei em seu ouvido e encostei o nariz em seu pescoço sentindo seu perfume inebriante.
Não dou espaço pra ela me contrariar outra vez.
Saio dá sala e encontro a amiga no corredor, ela me olha assustada, não falo nada e vou em direção a saída com o coração cheio de ódio, desejo, ciúme e principalmente, confusão.
" Ah Aurora. Você me deu provas o suficiente de que é a mulher ideal pra mim, doa a quem doer e morra quem tiver que morrer você me pertencerá para todo o sempre"
(...)
Aurora...
__ Isso não voltará a acontecer Santiago, fui clara?
__ Sim, mas poderíamos tentar reatar nosso noivado.
Ele estava tão cabisbaixo.
__ Não seria justo com você, comigo e com os nossos companheiros, já pensou nisso alguma vez?
__ Eu não estou nem aí pra companheiros.
__ Pois deveria. O que faríamos se os encontrássemos estando noivos?
__ Rejeitava? - O lobo a minha frente, falava como se fosse óbvio.
__ Impossível, pois morreríamos. - Digo, não acreditando que de sua boca tivesse saído aquela resposta.
__ Isso é só uma lenda idiota, Aurora.
__ Sendo lenda ou não, nossa história encerra hoje, definitivamente.
__ Aurora, eu te...
Somos interrompidos por alguém batendo na porta.
__ Entre. - Digo, logo uma médica de cabelos ruivos e olhos verdes, entra na sala.
__ Doutora pode...
Ela para de falar para farejar o ar. Olho para Santiago e ele também fazia a mesma coisa.
__ MEU.
__ MINHA.
" pelos os deuses, que vergonha"
" Logo agora?"
" Que ironia do destino"
O clima ficou tenso. Santiago não sabia o que fazer, a moça olhava pra ele esperando alguma reação, mas a que veio provavelmente a destruiu.
__ Me dêem licença. - Diz Santiago saindo com pressa dali, deixando todo o constrangimento dá situação, em minhas costas.
Ele se foi irritado. Talvez pela conversa que estávamos tendo pouco antes de sua companheira aparecer ou pela forma inusitada que ele a encontrou.
__ Eu sinto muito. - Digo.
__ Vocês estavam juntos?
__ Eu...
Não sabia onde enfiar minha cara.
__ Eu ouvir vocês.- Ela diz.
Um nó se formava em minha garganta, por mais embaraçosa que fosse a situação, eu deveria falar alguma coisa, algo útil de preferência.
__ Eu lamento, me desculpe. - A culpa me consumia, tudo que eu poderia fazer naquele momento, era tentar me desculpar pelo o episódio que ela " presenciou".
__ Também lamento.
Ela sai dá sala chorando.
penso em ir atrás dela, mas isso só pioraria a situação e acredito que agora, eu sou a pessoa menos indicada para falar alguma coisa de consolo, para ela.
" Seria muito atrevimento de minha parte"
" E muito sem noção também"
Coloco as mãos sobre a mesa e abaixo a cabeça refletindo sobre a estupidez que meus instintos me levaram a fazer.
...
Não sei quanto tempo passei na mesma posição, mas eu me sentia péssima pelo o ocorrido.
ouvi passos apressados no corredor, achei que era algum médico ou até mesmo Vanessa, mas quando a porta foi aberta de uma vez, tive certeza que não poderia ser nenhuma das opções que pensei.
Com o susto me virei para ver quem era.
__Você?
Na entrada da sala estava meu supremo com a cara nada amigável, suas mãos estavam fechadas com força. Ele vestia apenas uma calça e seu peitoral bem definido estava de fora, seus olhos estavam em um brilho assustador, o ódio estava estampado em suas pupilas.
__ O que está fazendo aqui? - não entendia o motivo de sua visita - Está ferido?
" Duvido muito que seja isso"
Ele me olha sério depois de visualizar a extensão do lugar, com um rápido movimento ele me pega com a maior facilidade no colo e me encosta na parede.
" Mas, o quê?"
Eu nunca vi alguém tão furioso até esse exato momento. Ele estava aponto de cometer uma atrocidade, mas parecia que seu alvo não era eu exatamente. Por incrível que pareça eu não senti medo, apenas o achei muito atraente daquela forma.
__ Vou ser bem claro com você Aurora...
...
Lucian saiu sem me deixar falar nada. Uma confusão dentro de mim fez minha cabeça dá inúmeras voltas.
" O que foi que aconteceu aqui?"
A porta é aberta uma outra vez, achei que era aquele lobo maluco, mas para o bem está dá minha sanidade era apenas, Vanessa.
" Ufa"
__ Aurora - ela se aproxima - Você está bem? O que o nosso supremo queria com você?
__ Eu estou...
Não sabia o que dizer, não sabia se aquilo era real, mas meu quadril latejando me fez ter a certeza que sim, aquilo foi tudo real.
__ O quê?
__ Vanessa. Aconteceu uma coisa muito estranha, aqui.
Ela ficou atenta a cada palavra minha.
__ O que aconteceu?
Ela estava aflita.
Respirei fundo antes de contar como foi minha noite.
(...)
Depois dá conversa que tive com minha amiga, ela ficou em estado de choque e insistiu para que fôssemos embora o quanto antes. Eu não estava com medo, apenas uma grande confusão se instalou dentro de mim, concordamos que amanhã antes do sol nascer pegaremos a estrada de volta para San Francisco, o lugar de onde eu nunca deveria, ter saído.
Droga de destino.
__ Pegou todas suas coisas? - Questionei enquanto ela me puxava rápido para a saída do hospital. Vanessa estava tremendo mais que vara verde.
__ Sim. - Respondeu ela.
__ Vamos para casa então.
(...)
Lucian...Depois de sair daquele hospital, voltei pra casa e tive que aturar milhares de pergunta que eu nem me dei o trabalho de responder, passei direto pro meu escritório e peguei uma garrafa de uísque a virando de uma vez na boca.A bebida descia como um calmante que passou dá data de validade, pois de nada adiantou, estava igual ou pior que antes.Me joguei no sofá do escritório que fica de frente para a grande janela de vidro. As luzes estavam apagadas, a única coisa que iluminava o lugar, era a grande lua cheia. Coloquei o braço sobre a testa e fechei os olhos imaginando Aurora em meus braços." Essa mulher me faz perder o controle com uma facilidade surpreendente"
Lucian...Sentia meu corpo com uma dormência terrível, pensei que estivesse em uma masmorra, preso por correntes, mas não, aquilo era só uma sensação horrível; me dei conta disso quando acordei com os raios de sol que penetravam as cortinas escuras do meu quarto, refletindo sobre meu rosto.Demorei um pouco para perceber que não estava sozinho, olhei um pouco para baixo e vi Isabel abraçada em mim.__ Mas o quê? .... Isabel?... Sai fora.A tirei de cima de mim.__ Ai meu amor, isso é jeito de acordar sua companheira? - Ela resmunga, ainda de olhos fechados.Levanto rápido dá cama.__ O que aconteceu aqui?Ela abri os olhos e me analisa.
Aurora...Quando chegamos em casa já era quase duas dá tarde, o taxi deu um problema no caminho. Mas, esse tempo esperando foi suficiente para contar o que minha amiga já sabia, sobre o adormecer dá minha loba. Ela disse que conseguiria uma forma de me ajudar; O que foi gentil de sua parte! porém ninguém poderia fazer nada por mim, pois já sei como fazer isso, eu só tenho que encontrar meu companheiro. Até lá só posso usar meus dons de bruxa e algumas vantagens dá loba, essa é minha realidade no momento.__ Aurora, enquanto estive na sua casa, lá na alcatéia, observei umas coisas. - Disse Vanessa, chegando na cozinha, onde, eu estava preparando algo para comermos.__ Que coisas? - questionei, enquanto a observava secar os cabelos usando uma toalha. Suas mãos faziam os movimentos, frenéticos.
O sol já havia nascido a um bom tempo e eu ainda permanecia imóvel na mesma posição desde de que Lucian saiu, já começava a sentir uma dor no pescoço quando me obriguei a levantar. Corri até o banheiro para tomar uma ducha fria, meu corpo estava sensível e eu sentia a necessidade de sentir as mãos de Lucian sobre mim, outra vez."Eu o quê?""Eu não disse isso""Lucian é seu supremo Aurora e nada mais"Respirava fundo tentando fazer o sentimento de querê-lo perto, sumir. Mas, foi tão inútil quanto tentar enxugar água com a toalha. Como eu vi que não haveria jeito para o que estava sentindo, apenas fechei os olhos e passei a pensar em um outro assunto que estava me tirando a paz." Meus irmãos"Ainda tentava me acostumar
__ Você teve alguma visita ontem? - Perguntou Vanessa enquanto dava inúmeras voltas no macarrão com o garfo.Fiquei paralisada com a pergunta, pois, eu sabia que se contasse que nosso supremo havia entrado aqui, sem que ninguém o notasse, ela iria embora sem pensar duas vezes, e eu não estava afim de falar desse assunto, por alguma razão, ele mexe muito comigo.__ Não- respondi, mas não a olhei nos olhos - Por que?__ Bem, eu vi uma camisola sua rasgada, achei que tivesse recebido alguém.Gelei. Mas, minha amiga estava concentrada demais na comida, pra perceber, meu nervosismo.__ Eu a rasguei de propósito, tentando me transformar. - Minto.__ Você encontrou seu companheiro?__ Não.
Forçava minha mente a pensar no que fazer, até que comecei a andar por cima dos vidros quebrados para chegar até a varanda, meus movimentos eram tão rápidos que eu cheguei a duvidar se era eu mesma que estava no controle. Quando cheguei onde eu queria olhei para todos os lados tentando ver alguma coisa que pudesse me ajudar, mas diante daqueles inúmeros edifícios e de todo aquele barulho de pessoas conversando nada era possível.Uma movimentação estranha no beco escuro ao lado do prédio me chamou atenção.Farejei o ar e senti o cheiro dá minha amiga vindo de lá, até o momento que ele se misturou com cheiro de ervas, eu sabia que se descesse de elevador poderia ser tarde de mais, então fiz o que era arriscado nas minhas condições. Salteide onde eu estava. senti a brisa fria dá noite me cobrir como uma espécie flutuante de lençóis invisíveis.Caí de pé n
Lucian...__ Lucian?Alma bate na porta do escritório, onde eu tentava controlar meu fascínio por Aurora na base do álcool e tentava trabalhar lendo uma pilha de papéis das alcatéias.__ Entre.Alma entrou e parou em frente a minha mesa.Levantei a cabeça para fita-la.__ O que deseja?__ Dante e a protegida dele chegaram.__ Hum, estou contente, leve eles até seus aposentos. - Abaixei a cabeça.__ Lucian! - Alma me repreende.__ O quê?__ Seu primo chegou.Revirei os ol
Aurora...Meu corpo estava dolorido, e tudo estava escuro, escutava algo apitar bem distante, com um intervalo bem pequeno de tempo. Tentei abrir os olhos, mas estavam tão pesados quanto uma barra de ferro." Onde estou? "Demorou pra que eu tivesse consciência de que estava em um hospital. As imagens dá noite anterior me vem em mente, aos poucos consegui abrir os olhos. Tudo ao redor rodava, a cor branca do quarto onde eu estava, me causava um grande incômodo, assim como o cheiro ativo de desinfetante e remédio.Quando meus sentidos estavam todos no lugar, me dei conta de toda minha situação.__ Vanessa! - sentei rápido na cama- os fios que estavam sobre meu corpo, saiu todos, com o impacto. Logo a p