Capítulo 2

No único quarto que a casa que elas moravam tinha disponível, o espaço era dividido pelas três, tendo cada uma a sua cama de solteiro e um único closet, onde elas guardavam as suas roupas, as quais não podiam ser em grande quantidade. De frente para a porta do quarto, tinha uma grande janela, a qual permitia uma visão para as paredes elevadas de uma escola. De modo que a paisagem não fique completamente cinza, na época em que essa escola foi construída, a prefeitura ordenou que fosse plantada uma árvore em suas proximidades. E essa árvore desde então foi crescendo e proporcionando uma vista que tranquiliza cada uma das meninas nos primeiros minutos do seu dia. A cama mais próxima a janela é a de Joana. A do meio é a de Mary Anne e a cama que fica mais perto da porta é onde Ana Bel descansa.

Quando finalmente chegou o dia de viajarem e começarem a curtir as suas férias, Mary Anne acordou antes de Joana e de Ana Bel, como sempre, e ao olhar para a janela viu alguns passarinhos de peito amarelo que voavam livre e alegremente próximo àquela árvore, para onde eles se destinavam todos os dias de manhã a fim de comer os seus pequenos frutos alaranjados. Os pássaros cantaram com tanta força, que emitiram um som mais alto do que o que eles costumavam fazer ao longo dos dias. E devido a esse som, Joana e Ana Bel despertaram. E ao se espreguiçarem, esticando todos os membros de seu corpo, elas ouviram de Mary Anne, que por sua vez, já estava de pé, dobrando as cobertas e guardando o seu travesseiro dentro do armário:

– Bom dia, meninas! Vamos levantar, tomar o nosso café da manhã, porque hoje começam as nossas férias!

As meninas, por sua vez, ainda estavam muito sonolentas, mas com o som da voz de Mary Anne que insistia em vê-las rapidamente na cozinha, elas tiveram que se levantar. Enquanto Joana e Mary Anne foram caminhando para a cozinha, Ana Bel foi caminhando para o banheiro a fim de tomar o seu banho, o qual era responsável por ela se sentir verdadeiramente acordada, pois ao se molhar com aquela água morna que escorria pelos seus cabelos e por todo o seu corpo, ela se sentia mais relaxada. Conforme Ana Bel foi deslizando o seu sabonete pela pele de cada parte do seu corpo, ela sentia o perfume de lavanda que emanava daqueles movimentos, invadindo as suas narinas. Depois de se ensaboar por completo, ela observou que o vidro do boxe estava ficando completamente embaçado. Diante disso, ela foi dominada pelo medo de que ela poderia estar prestes a gerar um problema relacionado à resistência do chuveiro, o que faria com que Mary Anne perdesse a sua tranquilidade e paciência de forma muito rápida. Para evitar qualquer problema, Ana Bel resolveu acelerar o tempo que ela passava embaixo daquela água deliciosa do chuveiro, e cerca de alguns minutos depois ela o fechou e se envolveu em sua toalha verde. Caminhando de volta ao quarto, ela abriu o closet, e ao se direcionar para o setor que guardava apenas as suas roupas, ela pegou uma peça de verão na cor azul que tinha alças, bem como um short jeans.

Enquanto isso na cozinha, Mary Anne se dedicou a preencher uma boa parte do recipiente com um pó de café, o qual era um dos mais fortes que ela encontrou no mercado. Por outro lado, Joana estava retirando algumas fatias de pão de dentro do pacote e o prato que armazenava o queijo de dentro da geladeira. Tais ações tinham o objetivo de adiantar todas as três, pois Ana Bel estava demorando a se vestir e chegar até a cozinha.

Ao sentir aquela fragrância deliciosa do café que vinha da cozinha e que alcançava a Ana Bel em seu quarto, ela pegou rapidamente o pente, e separando os seus cabelos com a ponta dos dedos, ela os alinhou e em seguida, misturou as cerdas do pente à textura consistente que ainda restava dentro do seu recipiente original do seu creme de pentear. Quando ela se sentiu pronta, percebeu que o seu estômago estava reclamando, de modo a lembrá-la de que ela ainda não tinha tomado o seu café da manhã. Para sanar este problema, ela desceu as escadas e foi caminhando até a cozinha, sendo guiada pelo cheiro de café fresco.

Quando ela chegou, Joana e Mary Anne já estavam sentadas próximas uma da outra, degustando as duas fatias de seu pão de forma com uma generosa fatia de queijo, fazendo com que Ana Bel se sentisse com água na boca e se sentasse junto delas a fim de fazer o mesmo. Depois que Ana Bel se serviu com um pouco de café, ela se sentou e ficou observando o líquido que fumegava. Conforme a fumaça se elevava, misturava-se àquela atmosfera que estava cheia da ansiedade de todas as três de viajarem imediatamente e de se livrarem dos compromissos de seu dia a dia.

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