Capítulo 4
Enquanto tomava fôlego, seus olhos castanhos fitaram os olhos negros dele. Por um momento, ele pareceu tão surpreso quanto ela, mas logo o sorriso convencido voltou, e Kate percebeu exatamente o que estava fazendo.

Ela deslizou para baixo de seu alcance, empurrando os músculos firmes do peito de Colton. Não queria se envolver mais com ele. Não confiava em si mesma. A sensação que ele causava e aquela saliência dura contra ela a deixavam mais excitada do que ela gostaria de admitir. Ela não queria pensar até onde teria chegado se a postura convencida dele não a tivesse trazido de volta à realidade.

De volta ao interior do bar, Kate passou pela multidão, encontrando Paloma montada em Heath em um sofá nos fundos. Respirou fundo, torcendo para que sua amiga tivesse um momento de lucidez, embora duvidasse disso. Alguns copos de shot estavam espalhados pela mesa, e Kate sabia que Paloma estava mais do que bêbada.

“Paloma”, ela gritou sobre o barulho da música, puxando o braço da amiga. “Vamos, precisamos ir. Você pode ficar na minha casa, Heath pode vir também.”

Sua amiga arregalou os olhos, perplexa, obviamente sob efeito do álcool. “Eu tenho minha própria casa.”

"Eu sei, P, mas eu me sentiria melhor sabendo que você está segura."

Paloma olhou para o homem abaixo dela, que concordou com a cabeça. Ele lambeu os lábios, a boca voltando para o chupão vermelho no pescoço de Paloma. Ela jogou a cabeça para trás, um gemido exagerado ardendo na cabeça de Kate. "Ok, vamos embora."

Heath permitiu que Paloma escorregasse para fora de seu colo, arrumando-se antes de se levantar. "Me dá um minuto para encontrar o Colton."

“Ele não vai para a minha casa.”

“Não, ele vai para a casa dele, do lado”, Heath sorriu. “É por isso que a gente teve que vir aqui.”

Kate franziu as sobrancelhas. "O que você quer dizer?"

Heath riu, seu cabelo com gel chacoalhou de leve quando ele jogou a cabeça para trás.

Kate sentiu que estava perdendo alguma piada. Suas bochechas coraram, e ela balançou a cabeça. “Vou estar lá fora. Não demora. Vamos, P.”

Agarrando o braço de sua amiga, Kate a puxou pela multidão e saiu para o ar fresco da noite. Paloma resistiu, claramente não querendo deixar Heath para trás no bar, mas Kate estava menos bêbada que ela e conseguiu arrastá-la até o ponto de táxi sem muito esforço.

Quando o táxi parou, Kate deslizou para o banco de trás, puxando Paloma consigo. Seu coração acelerou. Ela precisava ficar longe de Colton. Tinha chegado muito perto de ceder aos seus desejos. Sua respiração travou na garganta quando ela ouviu o rosnado gutural dele, exigindo que o táxi parasse. O taxista obedeceu, permitindo que Heath e Colton entrassem. Houve um pequeno embate quando Heath fez menção a se sentar ao lado de Paloma, mas Colton venceu, acomodando seu corpo largo no banco de trás, sua mão descansando de maneira desafiadora na coxa de Kate.

“Sai de cima de mim”, ela disse com os dentes cerrados, empurrando a palma larga dele para longe. A pele se manteve aquecida por um momento antes do calor começar a dissipar.

Os olhos escuros de Colton a fitaram, com uma sobrancelha levantada: "Vocês estavam tentando ir embora sem a gente?"

Kate ficou em silêncio. Ela não conseguia impedir que o calor que se espalhava por entre suas coxas se refletisse na umidade suave de seus lábios. Odiava que seu corpo a traísse daquela maneira. Colton era problema. Ele era desrespeitoso, egocêntrico, totalmente egoísta, mas o cheiro de seu perfume fazia a respiração dela travar na base da garganta. Ele lambeu os lábios, e ela pôde sentir que ele sabia o efeito que causava. A mão dele acariciou a coxa de Kate mais uma vez, escorregando para mais perto da costura interna de sua calça jeans.

O táxi parou na frente do prédio, e Kate não perdeu tempo antes de tentar sair às pressas do banco de trás. As mãos de Colton esbarram em seus quadris enquanto ela passava por cima dele, sua bunda roçando a protuberância endurecida nos jeans do rapaz. Ela pôde ouvir o leve gemido que ele deixou escapar, mas o ar frio a trouxe de volta à realidade.

Longe dele, sua mente deu uma espairecida. Ela viu Paloma tropeçar do banco de trás, seus braços envolvendo Heath, que a estabilizou e começou a guiá-la escada acima. Kate seguiu logo atrás, tentando manter distância de Colton. Ela podia sentir que ele a observava e arriscou espiar por cima do ombro. Ele baixou os olhos, as bochechas tingindo-se de rosa por um breve momento antes dele recuperar a compostura arrogante. Kate sentiu um frio no estômago, seus músculos inferiores repuxaram, implorando para serem aliviados. Ela podia sentir a umidade em sua calcinha.

Assim que chegaram ao andar deles, Paloma se virou para Kate, dando-lhe um abraço bem apertado: “O colega de quarto do Colton está fora esta noite, então Heath e eu vamos ficar no quarto dele.”

Kate queria discutir com ela, mas não viu motivo. Paloma era teimosa e, uma vez decidida, não havia muito o que Kate pudesse dizer para fazê-la mudar de ideia. Ela não a culpava. Uma cama soava melhor do que o sofá-cama de Kate. Ela assentiu, vendo sua amiga se retirar para o apartamento de Colton, com Heath em seu encalço.

Colton estava no patamar da escada, os olhos escuros observando-a atentamente, esperando para ver qual seria seu próximo passo. Kate estava desesperada para continuar o que tinham começado no bar, mas sabia que não devia. Se ela achava Colton insuportável agora, não conseguia imaginar o quão pior seria se ela o deixasse ir para a sua cama.

"Eu espero que você consiga dormir com eles trepando", Kate sorriu, esperançosa de que ele provasse seu próprio veneno. Ela girou nos calcanhares, destrancou seu apartamento e entrou, certificando-se de trancar a porta atrás de si.
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