***3 meses depois... ****
Eu estava eufórica, nervosa e não conseguia esconder isto dele. Eu tinha que conseguir resolver tudo hoje. Aliso o vestido em meu corpo, calço meus saltos e desço as escadas. Ele está sentado no terraço, falando no telefone. Me aproximo lentamente e escuto ele com uma voz um pouco irritada.
_... Sem chances, Pietro escuta, eu não tenho paciência e você sabe disto. Eu já disse que terá que ser do meu jeito. _ ele faz uma pausa. _ Eu deveria ter quebrado a cara daquele imbecil novamente...
Ele leva o cigarro na boca e solta o ar pesadamente. Ele está atento ouvindo o que Pietro está dizendo e eu amaldiçoo que não esteja no viva voz. Ele então fala novamente.
_ ... Não existe ninguém melhor do que eu para treiná-la. Ela está se saindo muito bem, seja em luta corporal como em atirar. Eu estou orgulhoso
Recuso ser escoltado por meus guarda costas. Eu acendo um cigarro e caminho lentamente seguindo o alvo dos meus desejos. Eu aperto o passo para não a perder de vista. Ela parece estar angustiada com algo, sempre olhando à sua volta, eu mantenho distância para não ser notado. Alheia a minha presença, ela entrou em lojas caras comprando algumas coisas, mas não parece estar feliz com suas aquisições. Ela vira à esquerda e passa por uma rua quase deserta. Caminha até o terraço do pequeno restaurante, coloca suas compras em uma das cadeiras e lentamente se senta em outra. Diminuo meus passos, estudando o que farei a seguir. Eu caminho até o terraço, passo por trás dela e resolvo me sentar na última mesa ao fundo. Mantenho meu olhar nela o tempo todo. O garçom pega o pedido dela e vem até mim, peço um "macchiato longo."Café grande
Os russos seguem em direção à área industrial e param na frente de uma fábrica abandonada. Mantemos a distância até que eles entrem. Vejo um dos homens de Dimitry carregando Leona em seus braços. Ela ainda está desacordada e isto infla minha fúria. Aperto minha arma com força. Pietro adverte aos outros homens da equipe onde nos encontrar, mandando nossa localização. Pietro sorrindo me diz: - Finalmente vamos pegar o Russo! E quem diria que no mesmo momento vamos liberar a sua paixão de adolescente, aquela é a Leona... Eu lanço para ele um olhar mortal, mas antes que eu possa responder, ele fala: - Desculpe Chefe! Eu não devia ter brincado com isto, sei o quanto está tenso pelo que andamos de encontro. Anos seguindo pistas para che
Logo estávamos na porta do quarto 806, que eu conhecia tão bem. Era o meu quarto de hotel todas as vezes que eu ia a Paris. Eu sabia que Leona, por diversas vezes esteve neste mesmo quarto com o Dimitry. Mas todas as vezes que eu estava neste quarto, eu fazia festas regadas aos mais caros champagnes e fodia várias mulheres, tentando exorcizar aquele sentimento unilateral por Leona, a garota da minha adolescência, o meu desejo proibido. Eu sempre ficava neste quarto quando não estava ocupado e desta vez não era diferente. Isto significava que a interpol já sabia muito de mim. Mantive a calma. Mesmo não sendo formado em direito eu sabia me defender e tinha conhecimento na área. E sabia exatamente que eles queriam algo além de me prender e culpar. E como um bom homem de negócios, eu deveria escutar a proposta e fazer minhas exigências. Um agente armado até os dentes abriu a porta. Adentramos o local e um senhor de meia idade nos esperava. - Buon giorno Signore D
Atualmente... Leona Através da janela do táxi, observo a chuva que cai lentamente, deixando a cidade ainda mais fria. Os dias chuvosos sempre me deixavam desmotivada. Ultimamente ir para cama sem ter encontrado um prazer de uma noite, estava se tornando bem difícil. Afinal ter na minha cama somente a companhia do meu vibrador não me satisfazia. Eu preciso de muito mais. Estou frustrada sim, porque lembrar das últimas vezes em que fui para mais uma noite ao bar com Lais e depois voltei para casa sozinha e entediada, não me deixa muito animada.Não; não faltaram homens que me abordaram. Estes existiam sempre! O problema é que o que eu necessitava, era bem mais do que a típica abordagem. Eu não p
Lais e Paolo ainda estão ali. Apresento Lucca a Lais que sorri amplamente. Quando vou apresentar Lucca e Paolo ambos sorriem e Paolo fala._ Leona, o Lucca é meu amigo. Somos amigos do tempo da faculdade e meu pai o trata como um segundo filho.Respiro mais aliviada por ele já ser conhecido por Paolo. Mas admito que mesmo se eles não se conhecessem eu iria do mesmo jeito. Tomaria o cuidado de fazer Lais obter o número de placa e ter minha localização. Era o que eu fazia sempre. Mas desta vez era ainda melhor e eu poderia relaxar mais.Enquanto Lucca falava com Paolo, Lais me despejava um sermão:__... prometa que me chamará assim que voltar para a casa. Sei que nunca dorme com seus "escolhidos " então trate de me fazer ao menos uma mensagem. Não beba demais. Ok? Ela sempre foi assim, hiper protetiva, desde o calvário que passei com o meu ex. Algumas vezes ela exagera um pouco e me trata como uma adolescente, se esquecendo que já passamos dos trinta.
Abro a porta e Lucca está completamente nu, ele está fumando. Olhando para fora da grande janela no quarto. Mesmo com pouca luz, consigo ver como aquele corpo é bem definido. Ele se gira calmamente e sua ereção não me passa despercebida aos olhos. Eu demoro um pouco mais do que realmente deveria olhando para "ele". Lucca sorri e me diz em tom sacana: _ Precisa de algo mais? _ ele diz enquanto apaga o cigarro no cinzeiro na borda da janela. Em meus pensamentos eu preciso sim. Preciso dele dentro de mim. Mas como adoro jogar, caminho lentamente até ele, deixo sua ereção tocar meu ventre, encaro seus olhos azuis de maneira sedutora e respondo: _ Sim Lucca. Preciso muito... Que você peça a alguns dos seus funcionários que me leve de volta para o cais. _ sussurrando em seu ouvido eu continuo: _acho que nosso tempo terminou... Ele puxa meu cabelo de maneira que eu volte a encará-lo. Ele parece estar contendo a raiva por eu ter ferido seu ego. Ele co
Eu tento reorganizar meus pensamentos. Repito a mim mesma isto foi só uma coincidência, ninguém sabe do meu passado com o Russo. A noite foi boa, mas agora era hora de tomar novamente o controle. Tomar um café da manhã com ele não me faria mal, mas assim que ele me deixar na cidade, vou virar as costas e partir sem olhar para trás. Esta foi uma noite maravilhosa, mas não pretendo repeti-la. Não quero me envolver, até arriscaria sair com ele novamente, se não fosse pela intensidade que senti em cada respiro dele. Algo me diz que existe muito mistério que o acompanha, e não quero pagar para ver o que posso descobrir. Muito menos correr risco que ele seja alguém ligado ao meu ex, afinal, Dimitry Koslov morreu deixando muitos inimigos e apesar de eu nunca ter participado de seus negócios, serei sempre sua viúva. Mergulho meu corpo mais uma vez sob o jato quente. Tenho que parar de ser paranoica. Respiro fundo e me deixo levar, nem sei quanto tempo fiquei ali sentido os j
Decido ligar para Lais. Depois de qualquer segundo ela responde animada: _ Finalmente! Acabou seu cárcere privado? Dou uma risada e falo: _ Foi uma tortura cada segundo! Bom, de qualquer maneira estou indo para a casa descansar e esta história já é passado! Lais ironicamente diz: _ Hum, acredito que isto apenas começou! Conversei com Paolo a respeito de Lucca. Ele disse que ele é bem decidido quanto ao que quer. E quando quer algo, vai até o fim para conseguir. Perguntei também se ele é algum bandido perigoso. Paolo me disse que você pode confiar nele. Sua família produz vinho e ele possui diversas empresas em diversos setores. É um grande investidor e vive disto. Achando engraçado todo o relatório que ela conseguiu com Paolo eu falo: _ Obrigada! Informações interessantes, mas nada relevantes para mim. Lucca já é passado e esta noite podemos sair se você quiser! Somente nós duas! Deixe seu namorad